"Ghostface está de volta mais brutal e sanguinário do que nunca"
Pânico 6(2023) consegue ser o filme mais ambicioso e diferente da franquia e ainda mantém os elementos que funcionam em seus antecessores.
O Pânico(1996) foi lançado em uma época em que os Slashers estavam totalmente em alta, tendo filmes que viraram clássicos do terror como Halloween: a Noite do Terror(1978) que popularizou esse subgênero do Terror. A partir daí foram lançados vários filmes que são considerados clássicos do cinema de terror como sexta feira 13(1980), A Hora do Pesadelo (1984), Etc........
Wes Craven assina a direção de Pânico(1996). O filme foi um sucesso e ganhou uma continuação: Pânico 2(1997) que também foi um sucesso, então teve Pânico 3(2000) que foi o pior longa e o qual os fãs menos gostaram. Esse longa finalizava uma trilogia. Onze anos depois Wes Craven decidiu fazer o Pânico 4(2011). Foi um sucesso. após 11 anos é lançado Pânico(2022) que é o quinto filme da franquia. Dessa vez é dirigido Matt Bettineli-Olpin e Tyler Gillet, Eles fazem um bom trabalho e conseguem homenagear o Wes Craven que morreu em 2015. O longa foi um sucesso, isso levou a ter uma continuação: Pânico 6(2023) que mostra que apesar de ter 6 filmes essa franquia está viva e ainda tem bastante fôlego para continuar.
Qual a história de Pânico 6?
Sam (Melissa Barrera), Tara (Jenna Ortega), Mindy (Jasmin Savoy Brown) e Chad (Mason Gooding) estão fartos. Depois de sobreviver ao massacre final de Ghostface em Woodsboro, os quatro se mudam sem cerimônia para Nova York. Lá, os dois irmãos querem começar uma nova vida, por assim dizer, e deixar a pequena cidade e suas experiências traumáticas para trás. Mas o maldito assassino com uma máscara de fantasma e uma lâmina afiada não pode ser abalado tão facilmente, porque de repente ele também aparece na Big Apple. Na rua, no metrô, no supermercado – aparentemente em todos os lugares ele aproveita a agitação da cidade grande para desaparecer na multidão com a mesma rapidez com que apareceu antes. E embora Sam, Tara, Mindy e Chad já tenham conhecido o assassino, desta vez eles não podem confiar em sua experiência. Porque quem está por trás da máscara tem novos truques na manga.
O filme tem um roteiro diferente dos anteriores, em certos momentos utiliza elementos que conhecemos e em outros utiliza algo totalmente diferente. A primeira cena é totalmente diferente dos outros longas, já mostrando que não será como os anteriores. Além de trazer muitas mortes, o roteiro consegue explorar muito bem a relação entre a Sam( Melissa Berrera) e sua irmã Tara( Jenaa Ortega) e mostra um amadurecimento desse relacionamento, Também é explorado o passado de Sam e como ela lida em ser o filho do Billy Lumis (Skeet Ulrich) O Ghostface original, e o medo que ela tem de ser como seu pai.
A fotografia do filme é boa, é assinada por Brett Jutkiewicz. a iluminação é escura temos um uso de cores mais frias e mais escuras, ajudando a ter um tom mais sombrio. A cena do metro é onde a iluminação mais se destaca. Em vários momentos as luzes piscam e apagam e depois acendem causando um medo grande e a partir dessas apagões temos o Ghostface se mexendo e cada vez mais se aproximando de sua vítima que não percebe que é o verdadeiro assassino está no mesmo local que ela, por ter um monte de pessoas fantasiadas de Ghostface.
O filme se passa na grande cidade de Nova York e com isso consegue criar um grande perigo e um espaço enorme para o Ghosface atacar. Apesar de se passar numa cidade grande, na maioria dos momentos temos locações pequenas deixando os personagens presos e sem saída e cria uma tensão maior.
Dessa vez temos um ghostface com uma máscara mais acabada, um pouco destruída. Foi uma ótima escolha, pois o assassino com essa máscara fica mais assustador e gera mais medo.
A trilha sonora é assinada por Sven Faulconer e Brian Tyler. Ela é muito bem utilizada e usada nos momentos certos. Ela consegue intensificar o que estamos vendo na tela aumentando a tensão e deixa o espectador com mais medo.
O longa flui bem de uma cena para a outra. Tem cortes precisos fazendo com que o a história siga um caminho claro sem deixar confusões. Jay Prychidny é o responsável pela a edição do filme.
A direção do longa é muito boa. Os diretores conseguem trazer seu próprio estilo. Enquanto no anterior eles tentaram utilizar o estilo de Wes Craven e funcionou muito bem. Agora Matt Bettinelli- Olpin e Tyler Gillet mantém o que tem de melhor no estilo de Wes Craven, mas também colocam em prática seu próprio estilo tornando esse filme o mais ambicioso da franquia.
A único coisa ruim do filme é trazer a Samara Weaving para ter um papel tão pequeno. Durante a divulgação do filme foi liberados fotos da atriz no longa e criou a expectativa que ela fosse ter uma participação maior, ou seja sua participação é bem decepcionante.
As atuações são boas principalmente de Jenna Ortega e Melissa Barera que estão mais seguras em seus papéis e conseguem ter uma química muito boa, e são o principal destaque. Hayden Panettiere volta como a Kirby Reed que agora é uma Agente do FBI e toda vez que ela aparece é incrível, roubando a atenção. Apesar de não aparecer muito Courtney Cox se destaca como sempre, todas as vezes que está em cena se destaca. A grande cena em que ela arrasa é aquela onde sua personagem é atacada pelo Ghostface em seu apartamento.
Apesar de nos dias hoje o gênero Slasher não estar tão em alta como no passado, principalmente por varias continuações de franquias do passado serem ruins e fracassarem. Pânico se mantém relevante e com fôlego para continuar. Bem os fãs mais antigos devem gostar do filme, apesar de não ter a Sidney Prescott( Nave Campbell) que recusou voltar por não concordar com o salário que ofereceram a ela, Mesmo assim o filme consegue funcionar de maneira muito boa.