Tromba Trem: o filme, título que pode ter chegado de surpresa em muita gente que assistiu o elefante amarelo em um trem com cupins (e uma tamanduá) durante a infância, e que certamente supera expectativas de ser um filme genérico.
A trama do filme se desenrola no tempo certo, preparando o terreno com a premissa original do desenho: perseguir a "nave-mãe" que carregava Gajah, o elefante amarelo que caiu de um dirigível - a nave-mãe - e perdeu toda sua memória, unindo-se então aos cupins de um Trem e a uma tamanduá vegana, Duda. Após alguns acontecimentos caóticos, Gajah termina por desviar o trem de sua rota e acaba numa pequena cidade que se assemelha aos interiores semiáridos do país. Lá, torna-se uma celebridade e sai em busca da fama, sobre a qual, por razões de spoiler, não estarei dando detalhes.
Fato é que o filme conta essa história de uma forma envolvente, mérito de uma animação cativante e uma dublagem sensacional, contando com aquela que julgo ser a maior estrela desse elenco, Marisa Orth, por trás da influencer felina Mirela. Além disso, apresenta uma série de canções ao longo da narrativa que conseguem ser úteis para a história e ainda soar agradavelmente. Talvez o caráter musical possa ser um dos possíveis erros a serem apontados aqui,
Em meio a tantos revivals, remakes e spin-off's, Tromba Trem O Filme, da Copa Estúdios, surpreende pela qualidade primorosa, exemplo da capacidade honorável do cinema brasileiro em entreter o público sem depender inteiramente de seu saudosismo. Eu cresci assistindo ao Tromba Trem nos canais abertos, junto a outros incríveis e singulares desenhos nacionais, como Escola pra Cachorro e Meu Amigãozão. Logicamente, minha criança interior ainda grita de felicidade só de ver os personagens dessas obras, fator que se provou ser algo genuíno e não apenas um efeito colateral da nostalgia, visto que o filme conta com um elenco impecável de dubladore