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Lidiana C.
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5,0
Enviada em 31 de agosto de 2013
O que levou um ateu filmar a vida de Cristo? Modismo? Não. Depois de muito pensar, cheguei à conclusão que não foi por modismo e muito menos por fé, mas por política. Pasolini sendo comunista admirava a figura de Jesus Cristo que era um reacionário, lutava contra o sistema opressor, estava sempre à favor dos mais humildes e indefesos e não seria esta uma das premissas do comunismo? Não estou querendo dizer com isto caro leitor que Jesus era comunista, mas talvez era para Pasolini, ou talvez Pasolini acreditava na existência de Cristo e admirava o trabalho e a coragem que ele teve, ironicamente morrendo por questões políticas. Filmado em algumas terras áridas da Itália a fotografia é bela, olhares que expressam dor, alegria, a música que toca a alma. Pasolini conseguiu transformar a vida de Cristo em poesia. É uma obra imperdível de um dos maiores cineastas de todos os tempos.
Após muitas décadas revi no Natal 2022 essa obra de Pier Paulo Passolini, em homenagem ao papa João 23, filmada em 1964, em ambientes lúgubres como se Jesus fosse um pobretão, mas na realidade o Filho de Deus tinha cultura, clareza e tratava a classe sacerdotal intelectiva com firmeza e severidade devido às enganações que impunham ao povo. José era proprietário de conceituada carpintaria o que assegurava um viver tranquilo para toda a família. Os discípulos não entendiam tudo que o Mestre Jesus falava, daí decorreu uma interpretação sobre o Filho do Homem, prometido por Jesus para mais uma vez, trazer para a humanidade, o esclarecimento da Criação e o final dos tempos. Pedro acertou ao responder "tu és Cristo, o Filho de Deus". Jesus sempre se referia a outra pessoa quando mencionava o Filho do Homem, mas o erro de Mateus acabou sendo multiplicado por Passolini em seu filme. Para quem quiser compreender com clareza, recomendo a leitura do livro Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, de Abdruschin, que apresenta com toda clareza os acontecimentos relativos à vida de Jesus e suas explicações simples sobre as leis divinas da Criação, tomando a natureza na construção das parábolas.
feito por um cineasta comunista, ateu e anticlerical, que era também poeta e semiótico nas horas vagas, some tudo isso e temos um dos melhores filmes a serem assistidos em um ensolarado Domingo de Páscoa de uma bela Semana Santa!
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