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Kamila A.
7.498 seguidores
802 críticas
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3,5
Enviada em 16 de maio de 2022
Como autora de livros infantis (desenho e escrita), Julie (Amanda Seyfried) tem uma vida rodeada por cores e por um universo fantástico. Porém, de alguma forma, dentro de si mesma, ela não consegue enxergar a vida de uma forma colorida. Mãe de primeira viagem, Julie trava uma luta contra a depressão pós parto - a qual, na medida em que vamos entrando em contato com a personagem e seu passado, percebemos ter raízes na sua infância e na relação que ela própria estabeleceu com o pai (Michael Gaston).
A jornada de Julie e sua doença é justamente aquilo que iremos acompanhar no filme “Respire Fundo”, dirigido e escrito por Amy Koppelman (tendo como base o livro de sua própria autoria). A performance de Amanda Seyfried é excelente no sentido de nos fazer sentir na pele de Julie e dos seus conflitos mais íntimos, do medo que ela sente, e da dinâmica que ela estabelece de parecer bem e forte para não causar ainda mais sofrimento nas pessoas ao seu redor.
Filmes como “Respire Fundo”, que abordam um lado nem tanto positivo advindo da maternidade são muito importantes, ainda mais por debater um tema tão tabu quanto a depressão pós-parto. A maternidade é uma vivência difícil e solitária, mesmo que você tenha uma rede de apoio como a que Julie possui - um marido (Finn Witrock), uma mãe (Amy Irving) e parentes próximos presentes.
Assistir a “Respire Fundo” é uma experiência difícil e didática, por inúmeros motivos. O principal deles está no fato de ver alguém se desintegrando, apesar de ter um futuro todo pela frente e que experiencia, talvez, o momento mais bonito e sublime de sua vida, mas que não consegue enxergar nele os motivos de alegria. Além de ser um lembrete a todos nós sobre a dificuldade que é a depressão e como ela é uma doença que mexe, não só com aqueles que a vivenciam, como também os entes queridos ao seu redor.
Terminei de assistir a “Respire Fundo” querendo ter tido a chance de dar um abraço em Julie. Não sei se eu conseguiria assegurar a ela que tudo terminaria bem, mas o filme me deixou com a incômoda sensação o tempo todo que nós, da plateia, éramos as únicas pessoas que estavam escutando-a verdadeiramente em todos os seus anseios.
Ótimos atores, ótima fotografia e trilha sonora, mas é um filme que aborda a depressão de uma forma triste e que passa uma mensagem que pode ser perigosa se vista de forma romantizada. O filme deveria orientar que a depressão é sim difícil, mas pode ser tratada sim com ajuda e assistência, que não se pode desistir do tratamento. Mas o filme passa uma mensagem errada [spoiler]principalmente por conta do final trágico. Dando a ent eh uma luta que você perde. Mas não, a depressão pode ser vencida sim. Não desista.
A escritora Julie carrega o trauma de na infância, ter sofrido abuso sexual do próprio pai, a quem ela amava e confiava profundamente (se atenham a cena em q o pai está deitado na cama c ela e ao se levantar arruma as calças, ajustando o cinto). Ela carregou o trauma por toda a vida, se debruçando em tanto medo e pavor q tinha medo extremo no q pudesse acontecer aos filhos. Até rejeitou ter uma menina, em função do abuso q passou. Tais lembranças, medos e pavores a deprimidas imensamente e ela mal sabia ao certo oq tinha acontecido, até q ao revirar caixas antigas relembrou e afirmou os abusos q sofreu do pai. Muuuuito chocante a própria mãe dela, após anos, levar o pai abusador, à casa da Julie e falar p ela recebê-lo, a cena q o pai, já na casa da Julie a abraça e pede perdão é inconcebível. Ao final do filme, aparece o livro q a Julie deixou p filha ( Julie se suicidou ainda na infância dos filhos), nele aparece, o marido da Julie, o filho e a filha de preto no próprio funeral da Julie, oq denota tão dolorosa foi a vida sob a mancha do abuso sexual do pai e a ideia persistente do suicídio q n vezes tentou cometer e findou a vida da Julie, tempo depois do nascimento da filha. Triste demais a sociedade velar tamanha violência contra crianças, ao ponto de n perceber nem na ficção o ocorrido. Abuso sexual deixa marcas irreversíveis em mts casos, n há q ter tolerância, nem se deixar o abusador se aproximar de crianças. Não gostei do filme, justamente, pela tônica de querer uma reconciliação onde é descabível, perigoso e leviano. Pedófilo n tem cura.
A excelente Amanda Seyfried atrai a atenção antes mesmo da película começar, e não decepciona. Emociona. Entrega. Convence. Parabéns à diretora que não escolhe o caminho do final mais fácil.
O filme aborda a depressão (na minha opinião também aborda a ansiedade e fobia social), que é intensificada em razão estado puerperal. A personagem se sente vazia, sem capacidade de lutar pela sua melhora. Acho que o filme pecou em não enaltecer o trabalho da psicoterapia e atendimento psiquiátrico (a combinação de terapia e remédios poderiam tê-la salvo). Vejo uma outra mensagem também: se as pessoas ao redor não perceber e ofertar meios para o doente se recuperar o final pode ser trágico. Bem, em linhas gerais a trilha sonora é ótima bem como a fotografia e a atriz entrega muito em seu papel. Recomendo que assistam e tirem suas conclusões.
O filme é bom de assistir, as atuações são excelentes e o enredo provoca reflexões.
A abordagem da depressão no filme não é feita muito detalhadamente em relação à origem ou ao tratamento dado no caso da protagonista. O filme mostra alguns flashes de memória que nos fazem supor que a relação com o pai tem influência, mas não explica muito. Também são mostradas poucas cenas relacionadas ao tratamento do quadro. Mostra mais como afeta os relacionamentos.
A mensagem da importância do tratamento não é mostrada com muita força. O espectador precisa perceber com atenção nas falas das personagens:spoiler: que a protagonista continua sofrendo, mas tenta esconder para não preocupar os entes queridos; que ela parou de tomar os antidepressivos para não afetar a amamentação, ou seja, parou o tratamento por conta própria; e que sutilmente o filme passa a mensagem de que confiar que você está no controle da situação (sem tomar os remédios) e que vai perceber quando estiver piorando e saberá o momento certo de retomar o tratamento é muito perigoso.
Acho que o filme pecou nisso: poderia ter reforçado que se a pessoa buscar ajuda e fizer o tratamento direito ela pode vencer essa batalha.
Achei o filme perfeito. Eu já estava cansada desses filmes com finais felizes dando a entender que com um pouco de esforço e pó mágico todos os problemas podem ser resolvidos. O filme mostra o quanto um trauma pode ser devastador na vida de alguém.
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