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Anderson
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4,5
Enviada em 1 de dezembro de 2022
Quer uma das razões pelas quais vivemos esses dias incompreensíveis de hoje? Veja "Argentina, 1985" e sinta inveja, remorso e raiva por não termos tido a mesma coragem dos nossos vizinhos, que levaram a julgamento os seus criminosos. Nós, brasileiros cordiais, nos contentamos com uma anistia capenga que varreu para debaixo dos tapetes os crimes da nossa ditadura militar e deixou impune os personagens que os cometeram. Como ver neste filme o depoimento de Adriana Calvo de Laborde e não lembrar de Inês Etienne Romeu? As descrições dos atos dos ditadores militares Argentinos espelham ações idênticas dos ditadores militares Brasileiros. Basta substituir nomes, lugares e língua para que se perceba que não se tratam de meras coincidências. Será que houve alguma orquestração direcionando tanta similaridade? A impunidade que se tornou praxe cá entre nós não seria uma explicação para o que anda ocorrendo por aqui desde 2019? Nossos cadáveres ainda se mexem sob o tapete das nossas consciências em memórias que se esmaecem conforme passa o tempo. Quando teremos coragem de emitir o definitivo "Nunca mais"? Temos, hoje, uma presidência do País que agoniza na expectativa de que, mais uma vez, os seus crimes, que muitos e imensos foram cometidos, sejam relembrados com ironia em alguma mansão de algum bairro nobre de uma Brasília ainda impune. É duro de admitir: os argentinos fazem filmes muito melhores que os nossos. E justiça também.
Indicado a melhor filme estrangeiro! Elenco formidável e atuações idem! Roteiro apesar de cansar um pouco, mas entrega bem a história com suas premissas.
O Processo de Reorganização Nacional foi como ficou conhecido o período de 1976 a 1983, na Argentina, momento em que uma ditadura civil-militar foi instaurada no país. Durante este intervalo de tempo, como em outras ditaduras, as Forças Armadas argentinas - neste caso representadas pelas Juntas Militares - foram protagonistas de repressão, violências, torturas, prisões injustificadas e de crimes por motivação política contra aqueles que eram desfavoráveis ao regime que eles representavam.
O filme “Argentina, 1985”, dirigido e co-escrito por Santiago Mitre, retrata o pós-Ditadura militar no país, quando, no governo de Raúl Alfonsín, ocorreu o chamado Julgamento das Juntas. Em meio a pressões políticas e militares, a equipe formada pelos promotores Julio Strassera (Ricardo Darín) e Luís Moreno Ocampo (Peter Lanzani) e seus auxiliares/investigadores buscaram um retorno ao respeito e à justiça, com o propósito de condenar aqueles que foram os líderes das Juntas Militares.
O Julgamento das Juntas é inédito - e importante - em muitos sentidos. Principalmente por ter sido a primeira vez que comandantes militares que ocuparam importantes posições de poder foram julgados por um tribunal civil pelos seus crimes. 17 semanas de julgamento, 530h de audiências, 850 testemunhas, 709 casos julgados e sentenciados e uma certeza: a de que “nunca mais” a Argentina aceitaria se submeter a algo desse tipo.
Já falamos inúmeras vezes por aqui sobre a importância do cinema como um meio de resgate e de entendimento da história do mundo em que vivemos. “Argentina, 1985” não só é um belo exemplar nesse sentido, como também é um filme que inspira e que reforça que é fundamental que conheçamos a nossa própria história de forma a podermos evitar que os erros do passado contaminem o nosso futuro. Em tempos em que a Democracia sofre constantes ataques, “Argentina, 1985” é um lembrete! Não nos esqueçamos, jamais!
"Argentina, 1985" é um filme que acerta em seus aspectos técnicos e artísticos embora a nova obra de Darin e Mitre falta algo especial. O roteiro conta a história do procurador Júlio César, responsável por montar uma caso contra os militares que comandaram a Argentina durante sua sanguinária ditadura. As atuações são muito boas, principalmente de Darin, seu roteiro documental funciona muito bem apesar da montagem pesada, algumas cenas, principalmente as dos depoimentos são tocantes, frios e viscerais -tal qual sua fotografia escura - são passagens que funcionam bem mas poderiam ser muito melhor aproveitadas. Acho que tempo de tela são perdidos em troca de cenas que pouco acrescentam, principalmente no segundo ato, porém, seu terceiro ato é magnífico, seu final sem pombas e seco me agrada, traz uma sensação de continuidade da batalha pela verdade. "Argentina, 1985" é mais uma bela obra do cinema Argentino. 7/10
Mais um ótimo filme argentino. Não quero entrar no contexto de política ou ideologia pra falar sobre o filme, mas é uma história ao mesmo tempo triste e bela, e é forte em diversos aspectos. Um filme incrível.
Contar toda a história do que foi o julgamento dos militares que estiveram no poder durante o governo ditatorial da Argentina seria necessário quase que uma minissérie de 60 capítulos, mas nestes flash-backs já deu para se ter uma ideia da punição bem dada ao assassino Jorge Videla e seus comparsas. A ditadura do nosso vizinho não foi muito diferente do nosso, onde se matavam até avós, para que estas entregassem seus netos, caso algum fosse suspeito de subversão. Como gostaria de ver o Garrastazu Médici, Sylo Frota e outros militares que nos impuseram um regime de terror sentados nos bancos dos réus como vi neste filme; porém, a situação aqui foi outra, onde Tancredo Neves foi eleito graças a uma série de conchavos e dentre estes: "Revanchismo Não!". Torço para que este filme venha a ganhar o Oscar, numa forma de bradar a toda a América Latina: "Ditadura Nunca Mais!" Ao meu ver, nos letreiros finais, poderia ter se dito qual o destino que cada um dos julgados teve ao longo da vida, nem mesmo que o Videla morreu na prisão foi informado.
Um ótimo filme! Uma história magnífica de bravura e que foi passada para arte cenica de uma forma esplêndida. Um filme que trás uma grande reflexão. Principalmente a que nós, brasileiros, não devíamos ter anistiado esses bando de covardes.
Ótimo filme, corajoso e com mensagem muito importante para os dias atuais. A atuação excelente do Ricardo Darín. Além disso, gosto da forma que o filme consegue mostrar os horrores da ditadura sem ser melodramático, e dos leves toques do humor que o filme tem. Espero que seja lembrado pela academia na categoria de filme internacional.
Sabia da violência da ditadura argentina, mas desconhecia o bastidor tão bem relatado em Argentina, 1985. Acho importante os brasileiros assistirem a esse filme para ver o que deveria ter sido feito no Brasil.
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