"Operação Natal" chega ao catálogo com uma ambição clara: tornar-se a próxima grande franquia natalina. Contudo, apesar de contar com um elenco estrelado e um orçamento generoso, o filme falha em entregar uma história que realmente cative o público. A tentativa de trazer elementos folclóricos e natalinos para um contexto mais realista é interessante e até promissora, mas a execução revela uma falta de originalidade que compromete o resultado. Em diversos momentos, o filme parece estar prestes a engrenar, mas recua, tropeçando em sua própria pretensão de ser grandioso.
O elenco, que inclui nomes de peso como Chris Evans, Dwayne Johnson e J.K. Simmons, parecia ser a grande aposta para elevar a produção. No entanto, suas atuações demonstram uma sensação de desconforto em cena, como se nem mesmo o carisma inegável desses atores fosse capaz de superar as limitações impostas pelo roteiro e pela direção. Subtramas pouco envolventes, como a relação do personagem de Evans com seu filho, acabam prejudicando o ritmo e afastam o filme de qualquer chance de empolgar.
A direção de Jake Kasdan, reconhecida pelo dinamismo em "Jumanji", não consegue replicar o mesmo impacto aqui. O tom do filme é superficial, e o roteiro de Chris Morgan segue o mesmo caminho, introduzindo transições e subtramas que interrompem o fluxo narrativo. Além disso, os efeitos especiais, que deveriam engrandecer o espetáculo, deixam a desejar, comprometendo ainda mais a imersão. Apesar de sua temática natalina, a produção falha em explorar de forma significativa os mitos e folclores que poderiam diferenciá-la.
No fim, "Operação Natal" não consegue entregar o que promete. É um filme que tenta abraçar muita coisa – uma grande franquia, um espetáculo natalino e um blockbuster de aventura – mas não faz nada disso com competência. A sensação que fica é a de uma oportunidade desperdiçada, marcada por falta de foco e uma execução que não condiz com as expectativas. Um dos filmes mais caros do ano que, ironicamente, corre o risco de ser rapidamente esquecido.