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    Drive My Car
    Média
    3,9
    98 notas
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    12 Críticas do usuário

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    Carlos P.
    Carlos P.

    221 seguidores 362 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 6 de março de 2022
    A nota não seria tão alta se não fosse pelo ótimo final.
    Não é que o resto do filme seja ruim, só que quando eu vejo um filme de 3 horas de duração, espero que seja algo que seja muito grandioso. E apesar de muito bem feito, o desenrolar da história não foi "tudo isso".
    Mas eu acho que valeu a pena o final. Tudo se moldou de uma forma tão bonita e eu pessoalmente tenho um apreço em quando a história 'homenageia' uma outra obra e consegue fazer a associação entre essa obra e a história dos personagens - spoiler: no caso de Drive My Car, o filme cita muito a peça Uncle Vanya e termina com a lição dessa peça(contada em uma atuação perfeita) sobre seguir em frente, algo que foi desenvolvido pelos personagens de Drive My Car durante a história.

    O final engrandeceu o filme.
    Nelson J
    Nelson J

    47.980 seguidores 1.696 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 26 de abril de 2024
    Longo. Longo. Arrastado. Tem uma mensagem interessante, mas dá até para esquecer o encadeamento das ideias.Em noventa minutos seria bom.
    Ricardo L.
    Ricardo L.

    59.579 seguidores 2.776 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 12 de agosto de 2024
    Um filme longo, acredito que uma hora menos lhe tornaria mais atrativo e menos moroso, haja vista que tem uma ótima direção e atuações muito boas.
    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.518 seguidores 463 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 27 de março de 2022
    Drive My Car

    'Drive My Car' é um belíssimo drama do cinema japonês co-escrito e dirigido por Ryusuke Hamaguchi. É baseado e inspirado no conto de mesmo nome do renomado autor japonês Haruki Murakami, em seu livro de coletânea de contos de 2014, Homens sem Mulheres, enquanto se inspira em outras histórias. O filme segue Yūsuke Kafuku (interpretado por Hidetoshi Nishijima) enquanto dirige uma produção multilíngue de "Tio Vânia" em Hiroshima e lida com a morte de sua esposa, Oto (interpretada por Reika Kirishima).

    O cinema asiático está em bastante evidência nos últimos anos, principalmente após a vitória histórica de 'Parasita' no Oscar de 2020. Se naquele ano tivemos uma grande obra do cinema coreano, este ano temos uma grande obra do cinema japonês.

    'Drive My Car' é diferente de tudo que eu já assisti, um jeito totalmente diferente de se fazer cinema, praticamente fugindo de tudo que pode soar trivial no cinema moderno. Um filme contemplativo, intrigante, complexo, intimista, carregado dramaticamente e com várias camadas que sobrepõe cada personagem na trama, que nos confronta diretamente com o luto e a solidão em várias nuances e em diferente vertentes. O longa nos evidencia com a descaracterização e a desconstrução do ser humano quando lhe é imposto em diferentes consequências da vida. Uma obra profunda, tocante, singular, primorosa, que nos conscientiza sobre o medo, o trauma, a frustração humana em diferentes aspectos e em diferentes pontos de vista, e sempre com uma forma totalmente verossímil.

    O roteiro de Ryusuke Hamaguchi e Takamasa Oe é a verdadeira cereja do bolo, pois temos um roteiro coerente, formidável, com um texto muito bem escrito e muito bem adaptado, onde se dividi magistralmente em 3 atos que se conversam entre si. O enredo tem um ótimo desenvolvimento e uma ótima transição entre os 3 atos, nos apresentando e estabelecendo cada personagem que faz e fez parte da vida e da história de Yusuke. A narrativa é excelente, pois a forma adotada para contar toda a história é simplesmente perfeita, com um transporte temporal para nos elucidar sobre cada ponto de virada na trama, seja no primeiro ato, no segundo, ou no terceiro - genial!

    Outro ponto que me deixou completamente boquiaberto ao final do filme....suas 3h de duração que me pareceram 1. Vou ser bem sincero, eu não senti em nenhum momento que o longa tinha praticamente 3h de duração, pois o filme é tão envolvente que prende a sua atenção em todas as cenas, você quer buscar sempre além, quer ir cada vez mais longe - é incrível! Pois um filme com quase 3h de duração seria mais do que inevitável (e até normal) cansar o espectador e o fazer perder o interesse pela história que estava sendo contada. Mas não, pelo contrário, o longa não é arrastado, não é cansativo, por mais que seu ritmo seja lento, mas você se prende no texto, nos diálogos afiadíssimos e nas ótimas interpretações.
    Porém, vou entender perfeitamente quem não conseguir sentir o filme, quem não conseguir se prender na história como eu me prendi, quem achar o filme cansativo e arrastado, pois o longa foge completamente dos filmes triviais modernos, por se tratar de uma obra mais intimista que mantém um ritmo mais lento, mais profundo, que definitivamente não vai prender o espectador pelo dinamismo e sim pela peculiaridade que nos está sendo contada toda a história.

    Ryusuke Hamaguchi está completamente perfeito na direção do longa, um trabalho muito competente, onde em todos os momentos nos evidenciava sobre a dor, o sofrimento, a angústia, a frustração e o trauma de cada um ali presente, feito unicamente pelas lentes de sua câmera em diferentes takes certeiros - mais do que merecida a sua indicação ao Oscar. A fotografia de Hidetoshi Shinomiya é muito bem apresentada em cena, acompanha muito bem os diferentes locais imerso dentro desse 'road movie'. A trilha sonora da cantora e compositora Eiko Ishibashi é bem intimista, bem local, agrega ainda mais na obra, apesar de ser uma trilha mais modesta. Assim como a direção de arte de Kensaki Jo, que está muito bem montada e arquitetada.

    Em questões de elenco é outro show à parte!
    Temos um elenco afiado que entregaram ótimas atuações!
    Como no caso do Hidetoshi Nishijima (o Yusuke Kufuku), que fez um personagem carregado emocionalmente e que transplantava toda essa carga dramática em tela - ótima atuação! Toko Miura (que fez a Misaki Watari) é outra que esteve perfeita em praticamente 100% do tempo. Foi impressionante e gratificante acompanhar às idas e vindas de Misaki e Yusuke a bordo do Saab 900, onde nos evidenciaram com suas histórias semelhantes e que se conversava entre si ao final - cena belíssima aquela dos dois abraçados naquele cenário de gelo, e uma bela atuação de Toko Miura. Reika Kirishima (que fez Oto Kafuku, esposa de Yusuke) tem um destaque excepcional no primeiro ato do filme, sendo dela praticamente todas as cenas de maiores relevâncias naquela parte - belíssima atriz, aquela cena do sexo é um absurdo de interpretação, tá louco!!! Masaki Okada (que fez o Koji Takatsuki) foi outro ator que gostei demais, sua atuação condizia perfeitamente no que se propunha o seu personagem em cena - aquela cena bem dialogada entre Koji e Yusuke é outra barbaridade de interpretação de ambos os atores.

    Na temporada de premiações Drive My Car é o principal nome entre os filmes internacionais, inclusive já levou a estatueta no Globo de Ouro, no BAFTA e no Critics. No Oscar o longa está indicado em 4 categorias, sendo Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Diretor, Melhor Filme Internacional (principal favorito) e Melhor Filme.

    Desde que foi anunciado a lista dos indicados ao Oscar eu fiquei muito curioso com 'Drive My Car', afinal de contas o longa japonês foi indicado em Filme Estrangeiro e com certeza não foi à toa a sua indicação na principal categoria da noite, Melhor Filme. Assim como a indicação de Ryusuke Hamaguchi em direção, que a princípio eu fiquei me perguntando se realmente ele merecia estar entre os indicados nessa categoria, e hoje eu afirmo com toda certeza que sim, merece e muito. A princípio eu também me perguntei se por acaso o Ryusuke não estaria ocupando a vaga que deveria ser do Denis Villeneuve (Duna), e hoje eu vejo que eu estava completamente errado, a vaga que deveria ser do Denis Villeneuve quem está ocupando injustamente é o Paul Thomas Anderson pelo seu fraco filme 'Licorice Pizza'.
    Já na principal disputa da noite, 'Drive My Car' é sim um dos principais favoritos para levar a estatueta, apesar das atenções ultimamente estarem voltadas para 'Ataque dos Cães' e principalmente para 'CODA'. Meu favorito na categoria Melhor Filme é 'Ataque dos Cães', pois dentre os 10 indicados é disparado o melhor filme de todos e o que de fato merece ser o campeão da noite. Mas se por acaso a academia decidir premiar o longa japonês, pra mim não será nenhuma surpresa, afinal de contas 'Drive My Car' é um belíssimo filme e também é merecedor da principal estatueta do Oscar, mesmo não tendo a minha torcida.[25/03/2022]
    Anderson  G.
    Anderson G.

    1.301 seguidores 370 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 26 de março de 2022
    "Drive My Car" é, principalmente, um filme extremamente pessoal, seu roteiro otimamente bem construído deixa isso claro em diversos momentos, e são diversas as vezes em que o diretor através do seu roteiro fala com o telespectador, muitas vezes até para explicar recursos narrativos e visuais, sempre de uma forma metafórica e subliminar, o filme que fala sobre luto e remorso consegue as vezes, até de uma forma exagerada, tocar no mais profundo ato de sanidade de seu personagens, fazendo-os alimentar uma culpa em troca de esclarecimentos, sentidos e perdão. "Drive My Car" tem um primeiro ato problemático, o primeiro ato é bom e muito importante, mas é cansativo e em termos narrativos até dispensável, pois apesar de seus acontecimentos serem a pedra fundamental para o resto do longa, poderia ter sido trabalhada como uma lembrança do protagonista, isso ajudaria também a deixar o filme muito mais ágil, pois sua montagem e roteiro, apesar de em determinado momento prendem fortemente o telespectador, são um pouco cansativo, sua condução não chega a ser lenta nem extremamente contemplativa, mas sua construção narrativa é muito densa, são intersecções de grandes cenas contraponto com pequenas pausas visuais, muitos temas são tratados do ponto de vista artístico, buscando trazer, a ligação entre a arte e a vida, e principalmente sobre a dor.
    "Drive My Car" tem uma direção linear, com cortes secos, uma trilha bem pautada, e uma fotografia escura, sempre com lindos enquadramentos e ótimas atuações, principalmente do seu protagonista, Hidetoshi Nishijima, que consegue dar uma profundidade forte ao seu personagem, não apenas pela suas expressões, mais principalmente pela sua postura, olhares e falas, "Drive My Car" não é um filme para todos os públicos, mas seu poder narrativo e seu final poderoso compensam a longa jornada 8,5/10
    MAGRAOBL
    MAGRAOBL

    13 seguidores 350 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 7 de abril de 2024
    [06/04/2024 Download / Torrent]

    Fazia tempo que eu não assistia a um drama tão dramático.
    Gostei de tudo no filme, desde a direção quanto a atuação do elenco.
    O que mais se destacou para mim foi o roteiro que entregou uma sub trama em meio a relação do casal o que me fez querer assistir a história contada por sua esposa...
    Diogorib
    Diogorib

    3 seguidores 26 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 11 de fevereiro de 2022
    é bem bonitinho. Me lembrou alguns filmes que ja vi sobre solidão e encontros. emoções contidas e linda fotografia.
    anônimo
    Um visitante
    4,0
    Enviada em 29 de dezembro de 2021
    Não é uma tarefa muito fácil conduzir um filme de mais três horas com ótimos diálogos e momentos,méritos total para o competente Hamaguchi.A melancolia toma de conta desde os primeiros minutos,trazendo um romance como o principal influenciador da trama.Outro filme oriental que exalta o ser humano e seus valores.Uma ótima carona.
    Rosa M.
    Rosa M.

    7 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 17 de abril de 2022
    Muito delicado, sensível... tocante.. Mesmo me dando no início a sensação de monotonia, ... me surpreendeu o oposto.
    Daniel
    Daniel

    9 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 7 de novembro de 2024
    ´É um filme longo, mas que prende a nossa atenção. No entanto, a duração poderia ser menor.
    O grande ponto positivo é a relação entre o protagonista e a motorista. A forma como eles vão se conectando é natural e vai crescendo de maneira delicada e coerente.
    Além disso, a cena do jantar com a personagem muda é uma das mais bonitas que já vi, o que faz, por si só, valer a pena assistir ao filme.
    Como ponto negativo, destaco a pouca personalidade da esposa do protagonista. Nesse sentido, ela é descrita, no decorrer do filme, com uma mulher misteriosa, encantadora, porém, na minha percepção, as cenas dela no início não conseguiram transmitir isso.
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