Em um futuro distópico, onde os humanos precisam aprender a conviver e se adaptar a um ambiente sintético, a espécie deve ir para além do que seu estado natural permite e se submeter a uma metamorfose, o que causa uma mudança em seu DNA. Enquanto alguns abraçam o potencial ilimitado do trans-humanismo, outros tentam policiá-lo. De qualquer modo, a Síndrome da Evolução Acelerada está se espalhando rapidamente. Saul Tenser é um artista mundialmente reconhecido que utiliza esse novo estado de ser para sua arte, realizando alterações no seu corpo de forma pública. Junto com Caprice, Tenser transformou a remoção de seus próprios órgãos "extras" em um espetáculo para seus fiéis espectadores se maravilharem, numa espécie de performance teatral. Com uma subcultura e uma sociedade obcecada por cirurgia, Timlin, uma investigadora do National Organ Registry, rastreia cautelosamente seus movimentos, e deseja usar a notoriedade de Saul para espalhar para o mundo as consequências desse experimento.
“Cirurgia é o novo sexo”
por Aline Pereira