O filme, na verdade, não sabe bem o que focar e o roteiro as vezes vai caminhando bem e acaba se perdendo. De início, não gostava do roteiro. Ele começa com uma narração em que Caine vai dizendo que o Vietnã é a terra do amor e começa com Caine reconhecendo o corpo assassinado de Fraser. Logo, percebe-se que o filme pretende mostrar como os dois se conheceram e como ele morreu. E é impossível não fazer a ligação de um triângulo amoroso (lembra, da Terra do Amor?). Tirando a previsibilidade inicial, eu não estava gostando por se tratar de uma adaptação e estava ficando clara que ela não era nem um pouco original, devido as narrações iniciais de Caine. Até a metade, as narrações continuam mas o filme vai melhorando. O roteiro mostra ao mesmo tempo a situação conturbada no Vietnã e um triângulo amoroso bem elaborado, mesmo apesar que um p ouco superficialmente, inclusive com um "amor a primeira vista". Mas até me agradava, as emoções eram simples mas quase sem parecer superficiais. Ia caminhando bem. Até que o filme fica politizado demais e tenta chocar com a intervenção americana no Vietnã, sem conseguir (inclusive o final é manjadíssimo, com umas manchetes de jornal). Ou seja, o roteiro se perde na metade do filme e é jogado ao lixo. Quanto a Michael Caine, inicialmente ele estava bem...simples. Ele vai evoluindo no decorrer do filme, fica bem em cena, até quase segurar o filme no final. Não chega a brilhar, mas a indicação ao Oscar foi justa. Quanto a Fraser, até gostei. Nunca gostei muito de seus personagens, mas ele quase consegue convencer com um personagem sério (apesar de vários deslizes). Philip Noyce dirige bem o filme, competentemente mas não chega a surpreender muito, apesar de melhor do que em "Rabbit Proof-fence"."