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Sandro P.
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572 críticas
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4,0
Enviada em 6 de outubro de 2015
Ao contrário da crítica negativa eu gostei bastante do filme, tem uma história envolvente e não é previsível. Boas atuações de Michael Caine e Brendan Fraser.
Não li o livro e não assisti o original, mas ao contrário das críticas acima eu gostei bastante do filme. Uma história nada previsível e também não maçante nos envolve do início ao fim. Fraser está bem, mas o diferencial mesmo é a atuação de Michael Caine, sempre divino. Acredito que valha a conferida...
Baseado no romance homônimo do escritor Grahan Greene, o filme conta através do olhar de um jornalista inglês de meia-idade, Thomas Fowler (Michael Caine), como se deu a transição da influência francesa para a norte-americana no Vietnã no início dos anos 60. Fowler é correspondente de um jornal inglês em Saigon. Aliás, o próprio Grahan Greene também foi jornalista e viveu no Vietnã. Seu trabalho é monótono. Ele tem uma amante vietnamita, Phuong (Do Thi Hai Yen), jovem e bela. Sua vida sofre uma reviravolta completa com a chegada do norte-americano Alden Pyle (Brendan Fraser), que a princípio mostra-se um poço de ingenuidade. Com o decorrer da trama, Pyle transforma-se na personificação do império americano que ansiava por se expandir pelo mundo à qualquer custo. A visão anti-americana do livro de Grahan Greene foi mantida integralmente pelo roteirista Christopher Hampton. A falha do diretor Philip Noyce foi optar por uma trama mais voltada para a ação da guerra do que para o íntimo do jornalista Thomas Fowler. Noyce se preocupou em ganhar um público que pouco está interessado nas nuances políticas no sudoeste asiático do século passado, adicionando um tempero exageradamente belicista ao seu filme. Aí a porca torceu o rabo.
O filme, na verdade, não sabe bem o que focar e o roteiro as vezes vai caminhando bem e acaba se perdendo. De início, não gostava do roteiro. Ele começa com uma narração em que Caine vai dizendo que o Vietnã é a terra do amor e começa com Caine reconhecendo o corpo assassinado de Fraser. Logo, percebe-se que o filme pretende mostrar como os dois se conheceram e como ele morreu. E é impossível não fazer a ligação de um triângulo amoroso (lembra, da Terra do Amor?). Tirando a previsibilidade inicial, eu não estava gostando por se tratar de uma adaptação e estava ficando clara que ela não era nem um pouco original, devido as narrações iniciais de Caine. Até a metade, as narrações continuam mas o filme vai melhorando. O roteiro mostra ao mesmo tempo a situação conturbada no Vietnã e um triângulo amoroso bem elaborado, mesmo apesar que um p ouco superficialmente, inclusive com um "amor a primeira vista". Mas até me agradava, as emoções eram simples mas quase sem parecer superficiais. Ia caminhando bem. Até que o filme fica politizado demais e tenta chocar com a intervenção americana no Vietnã, sem conseguir (inclusive o final é manjadíssimo, com umas manchetes de jornal). Ou seja, o roteiro se perde na metade do filme e é jogado ao lixo. Quanto a Michael Caine, inicialmente ele estava bem...simples. Ele vai evoluindo no decorrer do filme, fica bem em cena, até quase segurar o filme no final. Não chega a brilhar, mas a indicação ao Oscar foi justa. Quanto a Fraser, até gostei. Nunca gostei muito de seus personagens, mas ele quase consegue convencer com um personagem sério (apesar de vários deslizes). Philip Noyce dirige bem o filme, competentemente mas não chega a surpreender muito, apesar de melhor do que em "Rabbit Proof-fence"."
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