Não sei de onde saíram tantos críticos de cinema, tantos experts, exímios curadores de arte e metidos a ponto final. Pobres mortais, quanta dessemelhança! Que o Oscar é uma merda, fato. Que os filmes vencedores (em sua maioria) são uma merda, fato. Que o elenco escolhido para fazer grandes produções cinematográficas (em sua quase totalidade) é clichê para superlotar salas de cinema, fato. Mas para se dar ao trabalho de vir a este espaço criticar AS HORAS é necessário, no mínimo, ser portador... digamos... de umas 4 formações em arte (7.ª de preferência). Daí eu pergunto: já leram o livro? Já se deram ao trabalho de confrontar literatura e cinema? Imbecis, o filme teve a repercussão que teve devido ao seu fantástico roteiro adaptado e (mais) sua capacidade de fazer jus ao PULITZER de Michael Cunninghan. Alguém aqui, por acaso, sabe o que é o Pulitzer?!? Vos adianto que não faz parte da mesma confraria do Oscar não e tem respaldo, viu? Para quem viu o filme e não entendeu, das duas, uma: ou tem QI baixo ou (o que eu prefiro acreditar) até é inteligente, mas é insensível (o que é pior ainda). Façam da literatura seu melhor passatempo para, só então, perceberem a beleza das artes adjacentes. Não releguem seus pontos de vista a um mero score, onde quem atinge X pontos é apto a ingressar nos anais da Sétima Arte e para quem não atinge, só lhe resta o calabouço da crítica. Conheci este site por acaso, por intermédio de uma pesquisa maldita, por sinal, onde queria epigrafar uma frase célebre de Virginia Woolf (alguém aqui conhece?) e me deparei com essa escória a detratar um belíssimo filme (para os inteligentes e sensíveis, claro) com reminiscências de um magnífico livro que não se pode morrer sem lê-lo. Escrevo assim estas palavras na certeza de ter cumprido o meu dever, não como fã de Meryl Streep ou Julianne Moore, mas como fã da beleza e da arte maior. Se quiserem experimentar o gozo da arte maior, me escrevam que lhes mando o livro AS HORAS para repensarem AS HORAS. É tudo.