Tenho que admitir, Frida é a minha menina dos olhos. Já havia pesquisado sobre a vida da artista, sabia de vários pontos retratados no filme, como daqueles vários problemas de saúde sofridos por ela, e, é claro, suas obras de uma singularidade e intensidade que são características de uma verdadeira pintora a frente do seu tempo, me fizeram gostar desse filme antes mesmo de assistir.
A história de vida de Frida, já dá um belo filme, pois, suas características e problemas enfrentados são dignos de uma película. A vida sofrida com uma série de doenças ainda quando criança, o atropelamento do bonde, os amores questionáveis, e é claro suas pinturas, com fortes influências culturais mexicanas e quase sempre retratando o cotidiano ou o simples do dia da pintora são pontos relevantes na vida que vemos no filme.
Frida tem a problemática perfeita para o cinema. Do martírio até o sucesso mundial com aquela foto da Vogue. Com aquele bigode, as sobrancelhas unidas e com aquele emaranhado de cores em suas vestes, se faz presente sua força e seu talento atemporal.
Claro que, assim como esse apaixonado aqui, Salma Hayek (produtora e atriz que interpreta Frida) e sua diretora tendem a mostrar, com leveza, Frida como uma heroína, o que não chega atrapalhar tanto assim, pois, Frida confronta questões até hoje, considerados tabus para mulheres, como espaço no trabalho, na política, talento e até sexualidade.
Sua relação conturbada com o também pintor Diego Rivera, estende o pano de fundo para mais vários fatores que se fazem presente na obra da artista e só reforçam a intensa vida de Frida.
Dentre tragos, traições, tragédias, amores, comunismo, tinta, mas muita tinta é contada a história de uma artista que foi revolucionária em várias frentes e que deve ser inspiração para várias outras mulheres, que se fazem pequenas pelo simples fato de alguém dizer que deve ser assim.