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    Belfast
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    3,9
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    18 Críticas do usuário

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    Ricardo L.
    Ricardo L.

    59.579 seguidores 2.776 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 18 de fevereiro de 2022
    Kenneth Branagh aqui indicado a melhor diretor nos trás um filme em preto e branco e com ótima qualidade visual com um elenco que está muito bem, mas será que entrega seu total potencial como filme ? acredito que entrega exatamente o que pode ou seja com suas devidas limitações nos proporciona um filme Ok. Indicado a melhor filme.
    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.518 seguidores 463 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 11 de março de 2022
    Belfast

    'Belfast' é um filme britânico escrito, produzido e dirigido por Kenneth Branagh. O Longa é estrelado por Caitriona Balfe, Judi Dench, Jamie Dornan, Ciarán Hinds, Colin Morgan, Lewis McAskie, Lara McDonnell e o estreante Jude Hill. Belfast é a capital da Irlanda do Norte, local onde Branagh nasceu, sendo o palco principal para ele contar o seu filme mais pessoal, mais intimista, pois o longa é exatamente baseado em uma história real da sua infância.

    O longa segue exatamente a infância de Buddy (Jude Hill) em Belfast, no ano de 1969, época em que estava acontecendo o "The Troubles" (um conflito de grande violência pelo estatuto político da Irlanda do Norte).

    É interessante notar que Kenneth Branagh nasceu em 1960 e o filme começa em agosto de 1969, sendo assim ele deveria ter entre 8 a 9 anos na época. Um ponto muito inteligente que Branagh trouxe em seu roteiro ao encaixar a sua história sendo contada a partir da perspectiva de Buddy (que parecia ter mais ou menos essa idade). Pois é exatamente assim que a história de Branagh se desenvolve, pelos olhos de Buddy, um garotinho que vivia com sua família naquela época turbulenta. Buddy era de uma família protestante da classe trabalhadora, que lutava para conseguir saldar as suas dívidas e obter uma vida melhor futuramente.

    Este é o ponto mais singelo e mais tocante na obra de Branagh, pois ele uniu um contraponto perfeito pelos olhos de Buddy ao nos mostrar a sua inocência, a sua pureza, os seus sonhos, sendo confrontados diretamente com a brutalidade dos conflitos entre os católicos e os protestantes, os confrontos entre os manifestantes e a polícia, os massacres da guerra civil. Acredito que Branagh decidiu contar a sua história em preto e branco pra literalmente nos passar a falta de vida, de alegria, de cores naquele momento da sua infância, que por mais que tínhamos momentos mais leves por parte de Buddy e seus avós, mas sempre inserido dentro daquele pano de fundo de guerras, conflitos e violência. Até por isso quando o filme nos apresentava um acontecimento que estava fora desse contexto, nos era contado em cores, como na cena do cinema e do teatro.

    Branagh escreve um dos seus roteiros mais geniais em 'Belfast', que por mais que aquele momento era tomado pelos acontecimentos do "The Troubles", por mais que o Buddy estava em meio às mudanças culturais e sendo exposto diretamente a violência extrema, por mais que a sua família estava enfrentando dificuldades e tendo que tomar decisões difíceis, mas o seu toque singelo estava em sua forma mais íntima de nos passar a sua inocência nas descobertas que o pequenino Buddy estava fazendo. Por exemplo o seu primeiro amor, como era puro a descoberta daquele nascimento do primeiro amor de infância entre Buddy e Catherine (Olive Tennant). Como era gostoso e gratificante acompanhar a relação de Buddy com seus avós, juntamente com os conselhos que seu vô lhe dava em como se aproximar de Catherine. Os próprios conselhos da vida que seus avós que lhe dava era uma coisa genial. Os pequenos delitos que Buddy cometia ao roubar os chocolates da lojinha, ou ao se juntar na gangue e saquear o sabão em pó no supermercado, outro ponto bastante interessante, em como uma criança na idade do Buddy era facilmente influenciada. A cena final do Buddy se despedindo da Catherine é muito singela e verdadeira, quando seu pai lhe dá aquele conselho que ele vai levar pelo resto de sua vida - uma cena tocante e profunda, genial!

    Além do roteiro de Branagh ser bastante intimista, a sua forma de filmar também é bem íntima, pois ele emprega a sua câmera acompanhando os passos de Buddy em todos os momentos, sempre captando os takes em suas diferentes reações e expressões (como em várias cenas em que ele se mostra surpreso com algo que estava acontecendo). A trilha sonora de Van Morrison é um dos principais pontos positivos dentro do longa de Branagh. É impressionante como a trilha sonora está bem casada dentro da trama, como ele acompanha bem a trama, como ela influencia diretamente em todas as cenas e dita o ritmo certeiro de cada acontecimento - destaque para a sua belíssima composição, "Down to Joy", que está concorrendo ao Oscar. 'Belfast' tem uma das mais belas fotografias que eu já vi em um filme este ano, até por se tratar de uma película em preto e branco, onde contribui demais para a fotografia - méritos para o diretor Haris Zambarloukos (de Mamma Mia! e Thor). Até agora estou me perguntando como o filme não ganhou indicação por fotografia no Oscar, mais uma bola fora este ano academia. A direção de arte, juntamente com a cenografia, é outro ponto que merece destaque, pois está muito bem caprichada e muito fiel dentro da proposta do tema abordado pelo filme.

    O elenco de 'Belfast' é uma obra-prima à parte! Um elenco onde todos estão bem, todos tem atuações bem destacadas, criamos uma empatia por todos, torcemos por todos, sofremos por todos. Branagh foi muito feliz ao escolher o seu elenco (cujo vários membros da produção também nasceram em Belfast), um elenco muito bem ajustado, onde todos possuíam uma ótima química. Eu gostei muito do elenco de 'Coda' e de 'West Side Story', mas depois de conferir esta obra eu afirmo que 'Belfast' tem o melhor elenco dessa temporada de premiações - sem sombra de dúvida.

    Jude Hill é um doce, um ator-mirim que se destaca dentre o elenco adulto, entregando um verdadeiro show em cena. Impossível não simpatizarmos com ele, impossível não nos emocionarmos com ele, ele nos cativa e prende a nossa atenção em todos os momentos (e olha que ele estava fazendo a sua estreia nos cinemas). A categoria Revelação no Critics este ano está disputadíssima, pois além de ter amado a atuação do Jude Hill, ainda temos Emilia Jones (Coda), Saniyya Sidney (King Richard) e Rachel Zegler (West Side Story). Vai ser difícil decidir a minha torcida, mas vou ficar dividido entre o Jude Hill e a Emilia Jones.

    Caitríona Balfe (de Ford vs. Ferrari) está ótima, entrega uma atuação soberba e tem uma carga dramática bem dosada, e assim como Jamie Dornan (de Cinquenta Tons de Cinza), que também está maravilhoso, formam o casal dos pais de Buddy, que por sua vez possuem uma ótima química entre eles. Judi Dench (de Shakespeare Apaixonado) e Ciarán Hinds (de Munique e Sangue Negro) estão maravilhosos como os avós do Buddy. Uma das melhores cenas era exatamente os diálogos (conselhos) entre os avós e Buddy, onde eu conseguia sentir o amor verdadeiro pela sétima arte bem explicita nas atuações de Judi Dench e Ciarán Hinds. Completando a família com Lewis McAskie (Will, o irmão mais velho de Buddy) e Josie Walker (como a tia Violet). Sem deixar de mencionar a Lara McDonnell (Moira), amiga inseparável de Buddy.

    'Belfast' foi indicado em 7 categorias no Globo de Ouro, incluindo Canção Original, Roteiro, Atriz Coadjuvante (Caitríona Balfe), Ator Coadjuvante (Jamie Dornan e Ciarán Hinds), Direção e Filme Drama. No SAG's o filme esteve indicado em 2 categorias, Atriz Coadjuvante e Elenco. No Critics o longa está indicado em Edição, Direção de Arte, Fotografia, Roteiro Original, Direção, Elenco, Revelação, Atriz Coadjuvante, Ator Coadjuvante (os 2 atores) e Melhor Filme (sendo bem sincero, eu daria o prêmio de Elenco para 'Belfast'). No BAFTA o longa está indicado em 6 categorias, incluindo as principais de Melhor Filme e Melhor Filme Britânico, sendo esnobado em Direção (BAFTA sendo BAFTA). No Oscar o longa está nomeado em 7 categorias, incluindo Som, Canção Original, Roteiro Original, Atriz Coadjuvante (Judi Dench, Caitríona Balfe ficou de fora), Ator Coadjuvante (Ciarán Hinds, Jamie Dornan também ficou de fora), Direção e Melhor Filme.

    Kenneth Branagh nos traz o seu filme mais intimista, mais pessoal, e eu simplesmente amo esse estilo intimista em nos relatar uma parte da sua infância, que me remete diretamente a obra-prima de Alfonso Cuarón (Roma). Outro ponto que me prende e me emociona em obras como 'Belfast', é a forma em nos contar a história pela perspectiva de um ator-mirim, como no magnífico 'O Quarto de Jack' e a obra-prima 'O Menino do Pijama Listrado'.
    'Belfast' de fato é a obra-prima mais intimista de Kenneth Branagh, o longa é realmente excelente, possui um belíssimo elenco, que nos entrega ótimas atuações, tecnicamente é uma obra-prima, e vai brigar diretamente no Oscar. Por falar em Oscar, acredito que o longa de Branagh não deve brigar em Som, Direção, Ator e Atriz Coadjuvante, já em Canção e Roteiro podem ter uma chance, porém a grande briga ficará na principal categoria da noite, Melhor Filme, onde eu vejo o longa com grandes possibilidades para levar a estatueta. E a partir de agora, 'Belfast' e 'Ataque dos Cães' são os meus favoritos na principal categoria do Oscar 2022. [11/03/2022]
    Kamila A.
    Kamila A.

    7.546 seguidores 806 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 15 de agosto de 2024
    Uma obra semi autobiográfica, “Belfast”, filme dirigido e escrito por Kenneth Branagh, se passa em 1969, na capital da Irlanda do Norte. A história é centrada numa família que, em meio à Guerra Civil no país (que dividiu os protestantes e os católicos) e a uma crise econômica que leva a uma taxa de desemprego recorde no país, tem que refletir sobre uma difícil decisão: a de emigrar para a Inglaterra.

    Esta história nos é contada por meio do olhar do filho mais novo, Buddy (Jude Hill), um menino observador e curioso. É através dele que vemos a vivência dos seus pais (Caítriona Balfe e Jamie Dornan), do seu irmão mais velho (Lewis McAskie), dos avós (Judi Dench e Ciáran Hinds), dos amigos e dos vizinhos.

    Para além da visão sobre a conjuntura política e histórica da Irlanda do Norte no final dos anos 60, “Belfast” traz um olhar muito interessante sobre as questões culturais: o medo de emigrar, o receio de ser visto como diferente no local para onde se vai e a desconfiança de ser visto com ódio, por quem fica, por fugir num momento tão difícil para o país.

    Indicado a 7 Oscars 2022, dos quais venceu 01 (o de Melhor Roteiro Original), “Belfast” é um coming of age (filme que relata o processo de amadurecimento e de perda de inocência de uma personagem) muito comovente, principalmente na forma como relata o dilema familiar principal. É um filme “para os que ficaram, para os que partiram e para os que foram perdidos”.
    Anderson  G.
    Anderson G.

    1.301 seguidores 370 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 26 de março de 2022
    "Belfast" é um filme primorosamente técnico e focado em exacerbar seus recursos de um modo contido e ao mesmo tempo cheio de devaneios e montagens feitas para serem plásticas e bem enquadradas, o uso de sua fotografia clássica já é um prelúdio disso, levando em consideração sua trilha saudosista e um roteiro que consegue trabalhar muito bem o antagonismo entre humor e horror, a sonoplastia do filme é ótima, sua fotografia é boa, apesar de pouco natural, sua composição de cenário é incrível e as atuações são o ponto alto disso tudo, os atores estão muito bens, não apenas no que tange a atuação em si, mas cabelo, figurino, maquiagem e o próprio uso da câmera sabe enriquecer o seu cast, porém, apesar de todas essas qualidades técnicas, é um pouco difícil se conectar ao contexto e drama do longa, ao menos para eu, como telespectador vi uma bela casca vazia por dentro, senti um filme frio, muito técnico e feito para premiação. 7,5/10
    Carlos P.
    Carlos P.

    221 seguidores 362 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 16 de dezembro de 2021
    "Todos temos uma história pra contar. Mas o que faz cada uma ser diferente não é como ela termina, mas onde ela começa". Essa frase citada no trailer fez eu me interessar por esse filme.
    Se já leu outras críticas minhas, sabe como gosto quando o local faz parte da história tanto quanto os personagens.
    Sinto que a história foca mais no sentimentos dos personagens, principalmente com relação à própria Belfast, divididos entre o saudosismo de conhecer tudo, toda a vizinhança, e a percepção de que tudo está mudando e Belfast não é mais a mesma.
    Me parece que o roteiro valorizou as atuações. Dornan subiu no meu conceito(sim, eu tenho preconceito contra 50 Tons), Hinds e Dench são maravilhosos, e Balfe foi a que mais me impressionou, sensacional.
    Mas o que mais se destaca(tenho consciência que isso não atinge a todos) são as imagens, o cenário, é tudo muito calculado e real.
    Deve ganhar alguns Oscar nas categorias técnicas, embora na minha opinião mereceça indicações em categorias de roteiro, direção, filme e atuações.
    c4rlc4st
    c4rlc4st

    942 seguidores 316 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 20 de dezembro de 2021
    Branagh faz o seu 'Roma', porém mais leve e engraçado. A ambientação de época casada com a fotografia inteligente e o figurino são tão imersivos que faz parecer que o diretor está nos contando pessoalmente sobre uma época muito importante na sua infância. Bela homenagem para os seus e bem sucedida tentativa de trazer sensibilidade e originalidade para um roteiro.
    Anderson
    Anderson

    12 seguidores 190 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 11 de outubro de 2022
    Entre o preto e o branco, não cinquenta, mas centenas de tons de cinza. Jamie Dornan deve ter ficado com muita vergonha de ter trabalhado no outro, o ridículo, agora que tem termos de comparação ao trabalhar neste, o verdadeiro cinema. Boa companhia não falta: o garotinho, os avós, a mãe. Esbanjam excelência. Fico na dúvida de qual deles ressaltar aqui, pois seguramente cometeria injustiças. Todos vivendo a vida do dia-a-dia embora mergulhados no conflito insano que a Inglaterra, conhecida pelo seu imperialismo, impunha à Irlanda do Norte. Seria interessante buscar alguma informação sobre a época para tornar a experiência mais rica, embora a ausência do conhecimento não turve o prazer do espectador. É terminantemente proibido não ver.
    Anderson
    Anderson

    7 seguidores 62 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 15 de fevereiro de 2022
    Entre o preto e o branco, não cinquenta, mas centenas de tons de cinza. Jamie Dornan deve ter ficado com muita vergonha de ter trabalhado no outro, o ridículo, agora que tem termos de comparação ao trabalhar neste, o verdadeiro cinema. Boa companhia não falta: o garotinho, os avós, a mãe. Esbanjam excelência. Fico na dúvida de qual deles ressaltar aqui, pois seguramente cometeria injustiças. Todos vivendo a vida do dia-a-dia embora mergulhados no conflito insano que a Inglaterra, conhecida pelo seu imperialismo, impunha à Irlanda do Norte. Seria interessante buscar alguma informação sobre a época para tornar a experiência mais rica, embora a ausência do conhecimento não turve o prazer do espectador. É terminantemente proibido não ver.
    Gabriela Santos
    Gabriela Santos

    2 seguidores 163 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 27 de outubro de 2024
    O drama acompanha os desafios e o amor vividos por uma família simples, mas extraordinária, contados sob a perspectiva inocente de uma criança. História comovente e cativante.
    stupidanna
    stupidanna

    1 seguidor 25 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 20 de março de 2022
    Eu achei que fosse dormir nesse filme. Me enganei completamente. Um filme extremamente sensível e tocante, e sim eu chorei. Um ponto de vista muito bom do atentado á Irlanda, e é uma obra-prima. Com certeza merece todos os prêmios que vem ganhado e com certeza vai merecer algum prêmio no Oscar. Assistam, é incrível, para você que gosta de se emocionar e de uma boa história inspiradora.
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