Ao meu ver, um filme extremamente inteligente sobre comportamento geracional, e uma crítica à realidade que plantamos pela falha em prever consequências -
ou pelo egoísmo ao assumí-las de forma irresponsável.
As falas predominantemente rapidas, contrapostas a algumas mais lentas, retratam de forma agonizante para o espectador a quantidade de informação que recebemos.
O diretor ainda satiriza a forma como as novas gerações lutam pra fixar o aprendizado, numa busca cansativa por diferentes métodos e técnicas.
Os professores acabam tomando um papel secundário na educação. Mesmo presente na tentativa de guiar os menores na educação, a personagem de Maya Hawke, insegura e recatada, é constantemente interrompida e sobreposta por Montana.
Parece que, apesar do caráter inclusivo de todas as cobranças sociais (personificados nos figurantes travestis), isso tudo é orquestrado e "para inglês ver", já que os líderes de start ups de tecnologia e responsáveis pela explicação acessível da educação atual são majoritariamemte homens cis héteros a la cowboy.
As histórias rasas, como sugerem as críticas, são propositais. Um paralelo pode ser traçado com a forma como, hoje em dia, as pessoas lêem as notícias pelas redes sociais e acompanham as fofocas, mas não pesquisam conceitos importantes afundo. Uma grande dualidade, já que as novas gerações podem ir muito mais além com as novas tecnologias.
O filme se passa em uma época mais antiga porque, ao mesmo tempo em que as críticas são pertinentes, parece bastante antiquado fazê-las. A cada nova geração, a anterior torna-se ultrapassada - e sempre foi assim. no final das contas, sempre recorremos aos nossos antecessores quando não sabemos o que fazer.
Os millenials, machucados pela falta de tato e sensibilidade de seus pais, tornam-se inabilitados existencialistas - já que lhes falta casca. Aquela desenvolvida pelos seus pais, porque também a reveberam de seus antecessores, mas não tinham tempo pra refletir e se tratar, já que não tinham uma situação economcamemte favoravel.
Por fim, o filme carrega a dúvida de estarmos ou não fadados ao desastre - o que pode ser respondido com a afimaçao de que "Só se acorda quando se dorme" - a dualidade que expressa o aprendizado pelos erros.