Código Emperador acerta em criar uma trama interessante de espionagem, mas falha em gerar tensão, desviando-se por algumas vezes da história principal para tratar de missões paralelas que não agregam ao enredo.
Juan é um agente de inteligência, um detetive, como ele mesmo põe, mas, pelo menos para mim, não fica claro se ele é um agente oficial da Inteligência Espanhola ou se ele é um detetive particular que acaba trabalhando para a Inteligência. O fato é que Juan é especialista em espionagem para uma organização corrupta e acaba se envolvendo demais em um caso.
A premissa é a clássica história do espião que deixa seu lado humano aflorar. Seu trabalho começa açoitá-lo moralmente, o que o leva a aceitar riscos que antes evitava. E é claro que isso não passa despercebido.
Algumas tramas menores servem apenas para construção de personagem. São tramas aceitáveis, mas que desviam o foco principal das duas tramas principais, as histórias A e B, que formam o filme.
O desfecho acaba decepcionando por sua brevidade. Muitos buracos mantêm-se abertos, instigando uma possível sequência; mas, com o sucesso do filme, parece que Código Emperador será uma entrada única.