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    Pobres Criaturas
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    3,8
    545 notas
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    150 Críticas do usuário

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    Cleber Oliveira
    Cleber Oliveira

    2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 3 de março de 2024
    O filme é uma obra de arte que através de um bom roteiro, direção e atuações impecáveis, destacando a atuação da talentosíssima Emma Stone nos faz confrontar até onde o ser humano consegue melhorar e evoluir, será que todos da sociedade estão dispostos a evoluírem e entender que podemos ter escolhas? Além de trazer essa complexidade e questionamentos muitos importantes, o filme é repleto de críticas necessárias que fortalecem a liberdade sexual feminina, eu achei de uma magnitude e o recomendo.
    Mauricio Louz
    Mauricio Louz

    2 seguidores 44 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 3 de março de 2024
    Interessante, boa reflexão, mas pesado, a experiência é diferente, mas digo que vale a pena... Uma boa construção. Mas não indico pra qualquer um, o filme é pesado em alguns sentido!! Sexo e Sangue.
    Carlota Herchovicht
    Carlota Herchovicht

    1 crítica Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 2 de março de 2024
    Surrealista do inicio ao fim. Uma obra de arte, que não será compreendida por muitos. Denso, tenso, bizarro, cômico, gera ânsia, riso, dor...um deslumbre, ESPETACULAR! Emma Stone..como nunca imaginei, atuação impecável. Outro que brilhou(como sempre) Willem Dafoe, que eu amo! Pontos positivos: Atuação da protagonista, figurinos e trilha sonora. Ponto Negativo: Houve um excesso ( proposital) as cenas de sexo e exposição do corpo da Emma Stone.
    Rayanechrist
    Rayanechrist

    1 crítica Seguir usuário

    0,5
    Enviada em 3 de março de 2024
    Detestei! A ideia do filme sobre liberdade de conhecer o mundo é genial, mas a transição da personagem ter uma mente infantil para uma mente adulta foi extremamente sexualizada, achei que isso prevaleceu muito mais, deixando a ideia central dela de querer explorar o mundo como uma agulha no palheiro. Achei péssimo e massante de assistir! Fui embora do cinema antes de acabar de tão ruim
    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.513 seguidores 463 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 2 de março de 2024
    Pobres Criaturas (Poor Things) 2023

    "Pobres Criaturas" é dirigido por Yorgos Lanthimos e escrito por Tony McNamara. Baseado no romance de 1992 de Alasdair Gray, o enredo segue Bella Baxter (Emma Stone), uma jovem que ganha vida através de um transplante de cérebro e embarca em uma odisseia de autodescoberta.

    Yorgos Lanthimos é um cineasta marcado pela sua excentricidade, extravagância, filosofia, eloquência, por construir obras fora do trivial, do convencional, onde muita da vezes flerta com o bizarro, com o complexo, com o místico, com a profundidade de personagens, com um estudo de personagens. Dentro dessas características as suas obras que mais se sobressaem são "O Lagosta" (2015), "O Sacrifício do Cervo Sagrado" (2017) e "A Favorita" (2018).

    Em "Pobres Criaturas", Yorgos atinge o ápice do bizarro, do estranho, do místico, criando uma releitura do clássico Frankenstein que reflete além dos limites éticos e morais da ciência, da fragilidade do ser humano como um todo (principalmente a fragilidade masculina), da imagem feminina em uma sociedade patriarcal, e principalmente uma abordagem e uma percepção de um mundo imoral, injusto, alheio à várias vertentes de uma posição de criação e criador. A obra de Yorgos pode ser classificada como um "Frankestein sexualizado", ou uma espécie de "Frankenstein do século XXI", que acompanha o fascínio e a autodescoberta da protagonista, aliado à um contexto que subverte a lógica dos fatos que ela própria vai se descobrindo e vivenciando com o avanço na trama.

    A excelente direção de Yorgos é aliada com um ótimo roteiro de Tony McNamara (roteirista de "A Favorita"), onde juntos eles constroem uma obra fora do convencional, onde uma das suas principais característica é a estranheza, a forma como o roteiro é livre de amarras, de rótulos, por justamente não seguir um caminho convencional e cruzar uma linha entre a comédia, o drama, o mistério e até um improvável romance. Nesse ponto o roteiro de Tony se sobressai e salta aos nossos olhos, pois a forma como ele consegue dosar pequenas pitadas de uma comédia sombria, com uma comédia dramática surrealista, com um toque de humor negro, misturando a sátira, o sarcasmo, sendo provocativo, desconfortável, incisivo, criando uma linha que cruza o místico, a ficção científica, a fantasia, a fábula, com uma visão profunda, onde ainda assim consegue nos divertir, nos impactar, com um roteiro que consegue se manifestar na mesma proporção que entretém.

    "Pobres Criaturas" é um dos melhores filmes que eu já assisti nos últimos anos em questão de desenvolvimento de roteiro, de personagem, de estrutura narrativa, de conseguir construir um personagem e desenvolvê-lo na medida certa, fazendo um belíssimo estudo de suas principais características. Temos aqui a construção e o desenvolvimento de Bella Baxter, onde o roteiro aborda principalmente a sua autodescoberta, o seu autoconhecimento, o seu amadurecimento, a sua profundidade, a perda da sua inocência, o seu desejo pela liberdade e pelo conhecimento da vida. Sem dúvida é uma visão singela e peculiar sobre uma jornada de emancipação feminina, uma viagem excêntrica sobre o descobrimento e a liberdade feminina.

    A história se passa na Era Vitoriana, onde temos aquela jovem que estava grávida e cometeu suicídio ao pular de uma ponte. Ao ser resgatada pelo médico cientista Dr. Godwin Baxter (Willem Dafoe), ela tem o seu cérebro removido e trocado pelo cérebro ainda em desenvolvimento de seu filho que estava em gestação. Ou seja, Bella tem o corpo de uma mulher que já não existe mais. E aqui entra um ponto muito interessante do roteiro, que é justamente o desenvolvimento de Bella onde ela é praticamente uma criança. Ou seja, Bella age como uma pessoa com problemas mentais, como um corpo de adulto com uma mente de uma criança, com atitudes de criança, com comportamentos de uma criança, como se o corpo dela não estivesse sincronizado corretamente com o seu cérebro (segundo as explicações do próprio Dr. Godwin). Dessa forma Bella precisa aprender tudo do princípio, como andar, falar, comer, ter um comportamento, respeitar e obedecer regras impostas pelo Dr. Godwin. E a figura do Dr. Godwin a princípio é vista por Bella como o seu criador, o seu pai, o seu Deus (como ela mesmo se portava perante ele sempre o chamando de "God").

    A partir desse ponto acompanhamos a jornada de Bella Baxter sem nenhuma bagagem emocional, social, sentimental, sem nenhuma experiência em como é a vida fora dos domínios do Dr. Godwin. Ou seja, ali era o nascimento de uma criatura que se mostrava monstruosa (aparentemente), com uma casca cheia de camadas de um ser puro, singelo, meigo e encantador.

    Um ponto muito interessante de roteiro e produção é a forma como toda a filmagem é projetada e transplantada para a tela. Logo uma escolha em representar o começo da história da Bella Baxter com uma filmagem em preto e branco em takes mais profundos, que nos dimensionava através da sua fragilidade, vulnerabilidade, inexperiência, enquanto ela ainda era uma criança em desenvolvimento, se autoconhecendo e se autodescobrindo. É interessante notar como a Bella vai se desenvolvendo com o passar do tempo, cujo a chegada do excêntrico advogado Duncan Wedderburn (Mark Ruffalo) traz uma verdadeira mudança na vida de Bella Baxter. Pois o convite que ele faz para ela era justamente o que ela estava mais esperando naquele momento; se aventurar pelo mundo embarcando em uma odisseia surrealista de autodescoberta e libertação. A partir desse ponto já temos a mudança para uma filmagem colorida, como se a Bella ganhasse vida, ganhasse cores, onde simbolizava a libertação de Bella das garras do Dr. Godwin. Mas por outro lado ela estava prestes a conhecer um outro tipo de prisão.

    Yorgos Lanthimos condensa as fases da vida de Bella Baxter com uma exploração da sexualidade da personagem, que era algo que ela também autodescobriu. E nesse ponto é muito curioso observar que a Bella deu vários saltos na composição das fases de sua vida, o que obviamente vai limitá-la de conhecer o seu corpo e os seus próprios desejos sexuais, onde naturalmente ela vai despertar seus desejos infinitos sem o conhecimento e o discernimento ditado pela própria sociedade perante essa nova descoberta em sua vida. Dessa forma Bella Baxter mergulha em seus desejos e sensações físicas, despertando cada vez mais a sua curiosidade em relação ao ato sexual, que de certa forma é também o seu autoconhecimento e o seu autodescobrimento.
    Se analisarmos friamente, todas as cenas de sexo sem pudor não são cenas gratuitas e em vão, pois tudo parte de novas etapas da sua evolução, seu conhecimento, sua curiosidade, uma forma de explorar a sua mente, o seu corpo, e deixar de ser apenas uma criação desprovida de inteligência e ganância para uma forma de aceitação própria a partir dos seus próprios desconfortos. Não vejo que o filme romantiza a prostituição, também não vejo como um desrespeito com a pauta da mensagem feminina. Acredito que a obra projeta tudo dentro de um aspecto por uma outra perspectiva, com uma ótica própria feminina sobre como seria a liberdade sexual. Acredito que tudo foi projetado de forma poética e filosófica.
    Mas isso não quer dizer que não seja uma pauta polêmica dentro do roteiro.

    O que seria de "Pobres Criaturas" sem a presença de Emma Stone?
    Emma já foi uma das queridinhas de Hollywood, já ganhou o Oscar pelo seu papel no badalado "La La Land" (2016), além de acumular várias indicações e vários prêmios em outros festivais de premiações cinematográficas. Emma Stone já fez vários trabalhos soberbos, fenomenais, com personagens fortes e representativos; como a própria Mia de "La La Land", a Cruella de Vil de "Cruella" (2021), e a Abigail Hill de "A Favorita". Até o momento a sua personagem de "A Favorita" era a minha preferida de toda a sua carreira, além de considerar que ela merecia mais o Oscar por esta personagem do que por "La La Land". Porém, nesse momento a Bella Baxter acaba de se tornar a minha personagem preferida da Emma, além de também considerar que é a sua maior e melhor atuação de toda a carreira até o momento.

    Emma Stone incorpora com muita grandeza e muita maestria a Bella Baxter, pois o filme precisava ser sustentado por uma atriz que conseguisse transparecer o crescimento da personagem em sintonia com o desenvolvimento do roteiro, e ela consegue fazer essa tarefa de forma absurdamente impecável e perfeita. Emma constrói sua atuação pautada junto com o desenvolvimento de sua personagem, que vai desde a ingenuidade inicial, a inexperiência, indo desde aquela criança, passando pela uma espécie de crescimento, até florescer suas reflexões melancólicas de uma vida adulta. Emma está segura, está convincente, está arrojada, exibindo uma interpretação rica em expressões corporais, em linguagem corporal, com seus trejeitos, com seu gestual, com um timming cômico na medida certa.

    É impossível não se apaixonar pelo brilhantismo de Emma Stone em "Pobres Criaturas", pois ela consegue dosar muito bem cada cena com o que o roteiro estava pedindo naquele momento, onde ela nos passava uma personagem vulnerável e inexperiente, logo após ela estava em um processo de amadurecimento, de desconstrução, de descaracterização, se tornando idealista, utópica, indo em uma linha de evolução física e mental a partir dos seus prazeres sexuais sem moralismo e culpa.
    Emma evolui em um nível altíssimo de patamar de personagem lendária e icônica dentro do cenário cinematográfico. Pois obviamente a Bella Baxter ficará marcada e estigmatizada pela sua monstruosa e irretocável interpretação. E aqui eu preciso confessar que a minha torcida para a estatueta de Melhor Atriz está completamente com a Lily Gladstone, pela sua excelente personagem em "Killers of the Flower Moon", que me cativou profundamente. Mas eu preciso registrar que este Oscar obrigatoriamente tem que ser da Emma Stone, como forma de justiça por uma atuação em uma personagem que ficará marcada na história do cinema.

    O mestre Willem Dafoe é uma enciclopédia cinematográfica na arte de atuar. É realmente impressionante o nível de qualidade das suas performances. Em "Pobres Criaturas" Dafoe é aquele médico inteligente, um cientista brilhante, uma espécie de pai com uma extrema proteção com sua filha, ou um criador com um cuidado excessivo com sua criação, onde ele a mantinha sempre aprisionada e longe do mundo lá fora. Dafoe traz a veia daquele cientista complexo, ingênuo, egoísta, maldoso, arrogante, mesquinho, sempre exibindo a sua extrema obsessão pela sua criação. Uma atuação impecável do mestre Dafoe!

    Já o Mark Ruffalo é o melhor personagem em cena, ficando atrás somente da Emma Stone, é claro. Mark faz um advogado meticuloso, sedutor, maquiavélico, uma figura cafajeste, prepotente, que só queria se aproveitar da Bella, tanto fisicamente como mentalmente. Mas com o passar do tempo vamos conhecendo à fundo o seu personagem e descobrimos quão fútil, raso e vazio que ele sempre foi. Excelente trabalho de Mark Ruffalo, o que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Ator Coadjuvante.

    Completando o elenco ainda tivemos o Ramy Youssef (conhecido pelas séries "Ramy" e "Mr. Robot"), que fez o Max McCandles, o noivo da Bella. Um personagem bastante interessante, que tinha suas nuances e suas camadas. Christopher Abbott ("Ao Cair da Noite"), que fez o Alfie Blessington, o marido de Victoria Blessington, a mulher que era dona do corpo atual da personagem. Um ser completamente asqueroso e odiável, que mantinha a sua esposa como parte de sua propriedade, se exibindo como o seu dono, o seu controlador, praticamente o seu carrasco. O seu final é muito bom, quando a Bella transplanta o cérebro do bode para ele. E encerrando com a Margaret Qualley (da série "The Leftovers"), que fez a Felicity, o novo experimento científico do Dr. Godwin. E é interessante observar aquela conversa entre o Dr. Godwin e o Max McCandles, quando o Max acha que o Dr. está sendo muito cruel com sua nova criação, mas o Dr. afirma que cometeu um erro com a Bella, em permitir que os sentimentos nela se desenvolvessem. Dessa forma a Felicity é praticamente uma criação como um dos seus inúmeros animais - bizarro!

    Outro ponto que engrandece ainda mais o nível da obra de Yorgos Lanthimos, são todas as suas qualidades técnicas.
    Este é o primeiro filme de Yorgos com uma trilha sonora original de um compositor. Todos os seus filmes anteriores usaram apenas músicas existentes. E aqui temos uma trilha sonora do compositor Jerskin Fendrix (um músico pop que fez sua estreia em um longa-metragem) que impregnou em minha mente, chegando a me deixar desconfortável, com aquele som estridente, com toques finos, penetrantes, sendo repetitivo na maioria das vezes, o que fatalmente era proposital, já que esta era a real intenção da trilha sonora. A cinematografia é absurdamente perfeita, onde temos uma fotografia de Robbie Ryan (diretor de fotografia de "A Favorita") que acompanha com muita eloquência cada cena, sendo extravagante na hora certa e compondo muito bem cada tomada de cena. O mesmo vale para a direção de arte, que abusa de cenários grandiosos, bem montados, com figurinos extremamente marcantes, o que encaixa perfeitamente com toda realidade excêntrica e extravagante da história. O longa-metragem é muito bem roteirizado, possui uma direção impecável, muito bem montado, com uma excelente edição, um ótima cenografia e uma perfeita ambientação.

    "Pobres Criaturas" ganhou o Leão de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Veneza. No Globo de Ouro, o filme recebeu sete indicações e ganhou Melhor Filme - Musical ou Comédia e Melhor Atriz - Filme Musical ou Comédia por Emma Stone. No Critics' Choice Awards, o longa recebeu treze indicações, vencendo como Melhor Atriz. Ainda recebeu onze indicações no BAFTA, e onze indicações no Oscar, sendo elas: Figurino, Edição, Maquiagem, Fotografia, Trilha Sonora, Direção de Arte, Roteiro Adaptado, Direção, Ator Coadjuvante, Atriz e, claro, Melhor Filme.

    "Pobres Criaturas" já arrecadou US$ 33,1 milhões nos Estados Unidos e Canadá, e US$ 68,8 milhões em outros territórios, totalizando US$ 101,8 milhões em todo o mundo.

    Encerro afirmando Yorgos Lanthimos traz aqui o seu melhor filme de toda a sua carreira, e muito pela sua ousadia, competência, inteligência, relevância, que junto de Tony McNamara nos entrega uma belíssima obra de arte em forma de cinema, uma obra-prima do cinema moderno, que soube quebrar estereótipos, quebrar barreiras, descontruir o imaginário popular com uma obra que navega com bastante propriedade na comédia, no drama, na fantasia, na ficção científica e no romance.
    Sem nenhuma dúvida, "Pobres Criaturas" com o passar do tempo entrará para a história do cinema, para a lista de filmes lendários e icônicos, onde virará um verdadeiro clássico cult amado por inúmeros cinéfilos.

    "Pobres Criaturas" é uma obra fascinante, colossal, eloquente, apoteótica, excêntrica, extravagante, perturbadora, desconfortável, provocativa, onde emprega uma narrativa poética e filosófica com um texto sobre os preceitos da vida em relação ao autoconhecimento, a autodescoberta, a aceitação, a redenção, a desconstrução e a descaracterização enquanto ser humano. Bella Baxter é uma personagem que ficará marcada como uma mente feminina que foi criada, explorada, diversificada, retomada, ao mergulhar no amadurecimento e em todo o descobrimento e liberdade feminina. Sem falar que ainda temos aquela lição que toda a sua trajetória nos dá através da sua evolução e crescimento, onde ela própria clama por igualdade e libertação sem aquele olhar moralista e ético sempre presentes na sociedade em geral.

    "Pobres Criaturas" é uma obra-prima que respira cinema em um nível poético, filosófico, categórico e incisivo!
    [01/03/2024]
    Henrique R
    Henrique R

    4 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 2 de março de 2024
    Filme espetacular. Trata sobre vários pontos da humanidade, utilizando o fantástico, o incomum, mas tudo muito bem acertado.
    Ygor Coelho
    Ygor Coelho

    1 crítica Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 29 de fevereiro de 2024
    Não vi motivo para receber tantas indicações a Oscar. Durante o filme, quando imaginava certa originalidade, me vinha à mente cenas de Fellini. Não sei o que lucrei intelectualmente nas duas horas e vinte minutos sentado na poltrona e torcendo para o tempo passar. Pela atuação de Emma Stone e pela composição do cenário, Nota 2,5.
    Anderson
    Anderson

    11 seguidores 190 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 29 de fevereiro de 2024
    Fábula produzida com extremo esmero, onde God( Willen Dafoe), um Frankenstein que é simultaneamente criador e criatura, revive do suicídio Bella (Emma Stone) implantando em seu crânio o cérebro do bebê de que está grávida. Com isso se alcançam duas finalidades: não se cria a junção de corpos distintos, como um cachorro com cabeça de ganso, mas sim o deslocamento de partes de um mesmo corpo e permite acompanhar o desenvolvimento físico, mental e, no caso, principalmente sexual desse "bebê" sem implicâncias de ordem moral. A partir daí acompanhamos a sua evolução transformadora até a fase adulta impondo-se frente aos personagens masculinos que permanecem imutáveis e que procuram, sem sucesso, aprisioná-la mantendo-a distante de outras influências. Godwin encarna o papel de um pai super protetor, Max o de um futuro marido que a deseja intocada e Duncan o de um homem que se propõe dono do seu corpo. Os três, e todos os outros personagens menores, transitam sob o domínio de Bella, a feminista concreta que toda feminista teórica desejaria ter sido. Há que se destacar que a discussão que foi gerada pelas cenas de sexo, indispensáveis para o que pretende na história, deve ser creditada única e exclusivamente aos freios morais daqueles que perdem seu tempo com um tal blá-blá-blá. Será um trabalho hercúleo dos juízes da academia de Hollywood escolher com quais Óscares irão premiar este filme. Merece todos.
    Cleber Duarte Coelho
    Cleber Duarte Coelho

    9 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 29 de fevereiro de 2024
    Um filme que foge do óbvio, com provocações filosóficas e sociológicas acerca das convenções sociais, do machismo, dos papéis que assumimos em sociedade. Se você gosta de filme clichê, fuja desse filme.
    Ari Santos Júnior
    Ari Santos Júnior

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 29 de fevereiro de 2024
    A genialidade do filme está, justamente, na inadequação dos elementos que compõem o enredo da trama. É como se estivéssemos mergulhados num universo onírico mas, com os nossos sentidos totalmente despertos, tentando resolver um quebra-cabeça, onde tudo está fora de lugar. Em um mundo onde a violência se tornou tão naturalizada, o filme parece querer resgatar, de forma cômica e, às vezes, até trágica, a nossa humanidade esquecida em algum ponto da nossa vida banal.
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