Minha conta
    A Baleia
    Média
    3,9
    452 notas
    Você assistiu A Baleia ?

    81 Críticas do usuário

    5
    17 críticas
    4
    24 críticas
    3
    19 críticas
    2
    8 críticas
    1
    7 críticas
    0
    6 críticas
    Organizar por
    Críticas mais úteis Críticas mais recentes Por usuários que mais publicaram críticas Por usuários com mais seguidores
    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.520 seguidores 463 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 13 de março de 2023
    A Baleia (The Whale)

    "A Baleia" é uma produção da A24 Films, dirigido por Darren Aronofsky e escrito por Samuel D. Hunter (roteirista da série "Baskets"), baseado em sua peça de mesmo nome de 2012.

    Darren Aronofsky é aquele típico diretor ame ou odeie, pois ele tem o dom de causar polêmicas com suas obras, levantar diversas discursões sobre os mais variados assuntos, trazer temas que consiste em gerar inúmeros debates. De fato o Aronofsky nunca foi sutil com os seus filmes anteriores, ele sempre foi obcecado em retratar a obsessão humana, sempre usando uma forma impactante ao demonstrar o sofrimento de seus personagens; como exemplo posso citar "Réquiem para um Sonho", "Cisne Negro" e "O Lutador". Por outro lado Aronofsky também demonstra o seu lado minucioso, perfeccionista, obcecado em trazer suas histórias com alusões, alegorias, menções e citações bíblicas, ou seja, expor o seu ponto de vista em determinadas obras, que muita das vezes gera uma grande polêmica e soa como uma afronta para as pessoas. Este é o caso de obras como "Noé", "mãe!" e "A Baleia".

    O longa-metragem nos confronta com a história de Charlie (Brendan Fraser), um recluso professor de inglês de meia-idade que pesa 272 kg. Ele vive preso dentro de seu apartamento, tendo como visita apenas a sua colega enfermeira Liz (Hong Chau), que o ajuda constantemente com algumas de suas necessidades. Charlie sofre de obesidade mórbida e tenta a qualquer custo se reconciliar com sua filha adolescente de 17 anos, Ellie (Sadie Sink).

    Novamente temos um Darren Aronofsky obcecado em retratar a obsessão humana em seu mais novo trabalho, ou seja, levantar pontos como a obesidade, a gula e a compulsão alimentar. E o mais interessante é observar que o filme não é somente sobre a obesidade mórbida, pois ele vai muito mais além ao levantar diversas discursões sobre traumas, medos, frustrações, transtornos, luto, dores, perdas e depressão. Temos aqui uma obra que fala sobre a redenção humana, sobre a conexão humana, um verdadeiro drama comportamental, um drama psicológico, um estudo da psicologia que nos mostra uma pessoa que errou na vida e hoje não sabe lidar com os seus erros, com os seus traumas, com as suas frustrações, com as suas feridas, e que resolveu se trancar dentro de si, e que no momento se encontra em um estado crítico e procura desesperadamente uma forma de alcançar a sua redenção no pouco tempo que lhe resta.

    Este é o cenário atual de Charlie, o ostracismo, a reclusão, o exílio, a dor, a culpa, o medo, e tudo baseado em decisões que ele tomou em sua vida no passado e que hoje está refletindo negativamente em sua vida. Charlie abandonou sua esposa e sua filha de 8 anos para viver um romance homoafetivo com um de seus alunos, que mais tarde veio a falecer. Dessa forma Charlie então passou a comer compulsivamente de dor e culpa pelo ocorrido, chegando a engordar e chegar na forma que ele se encontra atualmente. Hoje Charlie carrega sua parcela de dor e culpa e isso está refletindo diretamente em sua aproximação com sua filha.

    Um dos pontos mais interessantes no longa é notar que Charlie se entregou a compulsão de comer e a obesidade não por uma escolha mas pelo fato do enorme trauma e da enorme perda que ele sofreu, isso que o levou a ativar os gatilhos dos distúrbios e da compulsão alimentar. De certa forma o longa até mostra um lado mais sensível, mais íntimo, como o fato da aceitação, do sacrifício, da repressão, da redenção e consequentemente da depressão. Outro ponto extremamente importante é o fato de não romantizar a obesidade, não tratar a obesidade como algo normal, como algo natural, pois a obesidade é muito sério, obesidade é uma doença crônica multifatorial e deve ser tratada com respeito, dignidade e humanidade, antes de mais nada.

    Quando eu mencionei que "A Baleia" não é unicamente sobre obesidade, eu estava justamente me referindo sobre as mais variadas mazelas humanas; como o fato do Charlie viver com os conflitos preconceituosos que a sua aparência desperta em seus alunos, justamente pelo fato de ele ministrar suas aulas on-line com a câmera desligada. E constatamos justamente tudo isso quando ele finalmente decidi ligar sua câmera do notebook e observamos uma de suas alunas cair na gargalhada e depois tirar fotos dele - absurdo!
    Mesmo que Charlie esteja naquela situação que ele sabe que é bastante crítica, ele tenta ser amável com todos ao seu redor, tenta ser amigável e bondoso, mesmo que as pessoas que estejam ali estejam unicamente para julgá-lo e maltratá-lo. Isso foi um ponto que me deixou muito incomodado, observar que Charlie não se importava em ser julgado e ofendido, pois parecia que ele recebia todas aquelas ofensas como parte da culpa que ele carregava por ter abandonado sua filha. Ele sempre aguentava os julgamento das pessoas, as agressões verbais, os olhares vulgares que o deteriorava e o degradava fisicamente, e sempre pedindo desculpas, mesmo sem ter feito nada, era uma culpa que já estava incrustada em sua alma. Nitidamente Charlie desistiu da vida mas não das pessoas, principalmente de sua filha. Embora ele esteja no caminho de uma autodestruição, ele ainda se preocupa em deixar sua filha em um mundo literalmente melhor.

    "A Baleia" é um filme que choca e ao mesmo tempo nos incomoda em vários pontos. Eu fiquei bastante incomodado com a forma escolhida por Aronofsky ao usar uns takes que focava na dor e no sofrimento do Charlie ao nos mostrar o seu corpo obeso com uma forma grotesca e animalesca. Achei muito cruel e muito desumano a forma como ele aborda a obesidade, principalmente nas cenas que ele foca no Charlie em uma compulsão alimentar comendo tudo em sua frente. Eu entendo que o Aronofsky queria passar a maior veracidade possível com estas cenas, porém achei muito cruel, toda aquela autodestruição é muito pesado, é muito triste, não precisava uma exposição daquele nível e com a aquela proporção. Na minha opinião o Aronofsky erra grotescamente ao elaborar cenas para explorar a obesidade de Charlie. Principalmente em compor cenas que parece querer explorar a nossa dramaticidade a qualquer custo, por nos mostrar o Charlie se entupindo de comida sofrendo com seu vício autodestrutivo e ainda com aquela trilha sonora destruidora de fundo, como se realmente o único intuito dele era mostrar a degradação humana naquelas cenas bizarras.

    Outro ponto: a própria trilha sonora é extremamente forçada, aquela típica trilha sonora que chega a incomodar nas cenas em que ela está sendo explorada. A trilha sonora até pode casar perfeitamente com o intuito da cena, mas eu achei exagerada e muito melodramática.
    Outro erro de Aronofsky: eu entendo que a personagem da Sadie Sink precisava ser aquela adolescente rebelde, problemática, revoltada com a situação e principalmente com o Charlie, porém, é uma personagem extremamente forçada, exagerada, grotesca, caricata, canastrona. Pra mim é uma personagem mal escrita, mal interpretada, querendo expor a sua veia de rebelde sem causa, mas de uma forma muito forçada e pra mim totalmente desagradável. Gosto muito da atriz Sadie Sink, acompanho ela na série "Stranger Things" e a considero uma ótima atriz dessa nova geração. Porém, aqui eu acho que ela ficou devendo, sua atuação foi muito aquém do que ela de fato sabe entregar, e muito por culpa da sua personagem que foi mal escrita e as decisões do próprio Aronofsky.

    Outra decisão questionável do Aronofsky está no fato da decisão em criar histórias paralelas com a história de Charlie. Acredito que a decisão em desviar a atenção do espectador da história principal foi usado como algo proposital para agregar ainda mais na trama, porém, eu acredito que a tentativa em criar um arco pessoal como no caso do personagem Thomas (Ty Simpkins) foi um tiro que saiu pela culatra. Pois no fim a sua história não foi bem desenvolvida, ficou como algo vago e falho (como aquela tentativa de ajudar o Charlie de alguma forma), claramente usado apenas como um desvio de percurso pelo fato de todos os acontecimentos que permeou a história do parceiro de Charlie.

    Já a atriz Hong Chau (recentemente em "O Menu") esteve completamente excelente na pele da Liz. Liz era aquela típica amiga, ajudante, parceira, conselheira, que tinha a difícil missão de sempre ajudar o seu amigo Charlie, sempre está de prontidão quando ele precisasse. Porém, ela também tinha seus problemas, seus desafios, por ser uma pessoa descrente e por ter que ajudar seu amigo mesmo não concordando sempre com ele. Muito justa a sua indicação de Atriz Coadjuvante no Oscar.
    Samantha Morton (eterna Alpha de "The Walking Dead ") compõe uma personagem até ok, dentro das suas proporções. É dela toda a responsabilidade de confrontar o Charlie pelas suas decisões do passado que está infligindo em sua filha no presente.

    Falando da principal estrela do filme!
    Brendan Fraser fez parte de toda geração dos anos 90 e anos 2000. É praticamente impossível não ter assistido pelo menos um dos seus filmes. No meu caso é impossível não se lembrar do seu personagem na saga "A Múmia", que eu adorava. Brendan teve alguns problemas com a indústria cinematográfica e ficou fora de cena por algum tempo. Aronofsky foi o responsável em resgatar o Brendan Fraser, assim como ele já havia feito lá em 2008 ao resgatar o ator Mickey Rourke para trabalhar em "O Lutador".
    Posso afirmar sem sombra de dúvida que Brendan Fraser entrega a atuação do ano. É impressionante a entrega de Brendan para viver o Charlie, e muito por suportar passar por uma verdadeira transformação sobre as inúmeras próteses que foram colocadas em seu corpo. Por todo carisma em que ele se apresentou, e isso é um ponto bastante interessante, o poder que Brendan tinha em nos despertar amor, compaixão, nos comover verdadeiramente com sua história, por outro lado ao mesmo tempo ele conseguia nos deixar com raiva e enfurecido com suas decisões, principalmente decisões que envolvia a sua filha.
    É impressionante como Brendan conseguia compor um personagem que acumulava traumas, perdas, culpas por suas escolhas, sendo que a comida era a sua culpa, a sua válvula de escape, e ele nos passava aquela pessoa vulnerável e debilitada, que estava com o psicológico frágil e totalmente destruído, porém ele ainda queria viver apenas para se dedicar à outras pessoas.
    Brendan Fraser nos entrega a atuação da sua vida, uma performance delicada, sensível, primorosa, singular, ao mesmo tempo enérgica, aguerrida, voraz, com um peso e uma carga dramática muito grande. Aquela cena em que ele discute com a filha e ele chora copiosamente é de cortar o coração. Por outro lado aquela cena em que a Liz ameaça fazer cócegas nele e ele solta aquela risada gostosa, dá vontade de abraçá-lo. Brendan Fraser é o nome do ano, é o retorno do ano, trouxe a atuação do ano e está dignamente indicado ao Oscar de ator do ano - justíssimo por sinal!

    Por sua impecável atuação, Brendan Fraser ganhou o prêmio de Melhor Ator no Critics 'Choice Awards e recebeu indicações de Melhor Ator no Globo de Ouro, Screen Actors Guild Awards, British Academy Film Awards e no Oscar. O filme também foi indicado para Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Maquiagem e Penteado (no Oscar), e recebeu uma indicação para o prêmio Producers Guild of America de Melhor Produtor de Filmes Teatrais.

    "A Baleia" é uma adaptação de uma peça teatral, ou seja, a história se passa quase que inteiramente dentro do apartamento do Charlie, se limitando ao pouco uso de alguns cômodos do local. Dessa forma toda a história é nos contada dentro de um molde teatral, com ares totalmente teatrais, que vai desde o uso da câmera cada vez mais próxima dos personagens, o fato de quase sempre um personagem sair e o outro já entrar logo na sequência, e a utilização de algumas mudanças sutis de cenários para contextualizar o próximo cenário.

    Por fim, "A Baleia" é um filme que vai dividir inúmeras opiniões, pois de fato é um longa-metragem que pode ser interpretado por diferentes visões. Não há como negar que Aronofsky construiu mais um filme polêmico, que gera discursões, que muitas pessoas estão considerando como um filme gordofóbico. Já eu vejo com um filme ok, mediano, que erra tentando acertar, que traz uma discursão em volta de um assunto extremamente importante, que é a obesidade e suas consequências.
    "A Baleia" é um filme que consegue ser singelo e tocante, ao mesmo tempo que nos desperta revolta e indignação. Brendan Fraser está de volta no papel da sua vida, ao nos entregar um personagem que vai te tocar, vai te identificar, vai te comover, vai te emocionar verdadeiramente. Por outro lado eu fique extremamente incomodado com a forma como foi retratada algumas cenas, alguns personagens e algumas decisões do Aronofsky, que no fim ele mais erra do que acerta. [03/03/2023]
    Maxxuel 42
    Maxxuel 42

    8 seguidores 203 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 13 de março de 2023
    O peso dramático desse filme tanto do ambiente e do personagem mexem com público,de uma peça teatral para telonas você pode querer saber mais .Enfim Brendan Fraser,está perfeito na atuação e merece o Oscar e mais papéis Hollywood.
    CHARLES Januario
    CHARLES Januario

    2 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 13 de março de 2023
    O filme aponta para uma realidade, cada vez mais escancarada na sociedade mundial, obesidade é uma doença e precisa ser levada a sério e não romantizada.
    No contexto correto dizer que a pessoa está gorda, acima do peso, obesa, não é preconceito mas sim um alerta.
    O filme tem bom roteiro, boas transições de cenas e passa com competência a mensagem que quer passar, obesidade é um risco que pode levar a morte.
    Antonio Aversa
    Antonio Aversa

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 13 de março de 2023
    Tocante se visto da maneira certa, o filme abrange diversos temas do mundo atual, familiares e pessoais.
    Tathianna Cinema
    Tathianna Cinema

    1 seguidor 24 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 13 de março de 2023
    A Baleia

    EUA, 2022

    O filme conta a incômoda história de Charlie. Professor de inglês e literatura, ele vive dentro de uma rotina árdua, angustiante e aflitiva. Por conta de acontecimentos significativos e outras variáveis do passado, Charlie desenvolveu uma compulsão alimentar e ganhou um peso enorme que o incomoda, envergonha e sobre o qual ele não tem mais controle.
    Encarcerado dentro de casa, ele dá aulas on line para um grupo de alunos que não o vê (a câmera está sempre desligada), recebe visitas diárias da enfermeira e amiga Liz e espera seu tempo, literalmente acabar. Com doenças e distúrbios crônicos, ele se recusa a procurar um hospital para uma necessária internação. Liz ajuda e aconselha, mas não insiste. Tem seu passado intimamente ligado ao de Charlie e consegue compreender a recusa do amigo em buscar ajuda. Ambos perderam Alan, irmão de Liz e companheiro de Charlie, em circunstâncias devastadoras.
    Para dilacerar mais ainda o conflito, entra em cena Ellie, a filha adolescente do professor, a quem ele abandonou junto com a mãe Mary, para viver ao lado de Alan. Há nove anos sem ver o pai, ela o hostiliza e humilha em busca de uma reparação e atenção.
    O cenário piora de vez, quando bate a porta de Charlie, um missionário religioso querendo "salvá-lo". Nosso heroi não quer salvação (talvez redenção). Quer apenas sobreviver aos dias que lhe restam, ainda que com muito sofrimento ao redor.
    Com constantes faltas de ar e dores excruciantes, o combalido Charlie só encontra alento ao escutar os trechos do livro Moby Dicky, que relata a obssessão do capitão de um baleeiro em matar uma gigante baleia branca, que no passado, o mutilou. Sempre que ouve os trechos se acalma e respira.
    Nessa hora, o espectador suspira aliviado, pois não se trata de um título de filme depreciativo, mas sem dúvida, um título mordaz, irônico e provocativo.
    Um gesto simbólico, triste e arrasador do protagonista, encerra a complexa e polêmica narrativa.
    Relevante ressaltar que trata-se de uma película mediana e com uma atuação de Brendan Fraser, melhor que o filme todo.
    @cineinstadicas
    @cineinstadicas

    4 seguidores 65 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 13 de março de 2023
    Brendan Fraser é um grande ator, e consegue fazer uma boa atuação, mas isso não basta pra fazer do novo longa do talentoso diretor de Cisne Negro (talvez sua obra prima absoluta) um grande filme. A obra é cansativa, repetitiva, melodramática e sensacionalista. Apesar de trazer temas interessantes e atuais como a homofobia, a intolerância religiosa e a compulsão alimentar, o longa faz uma abordagem superficial e maniqueísta sobre os temas; desta forma perdendo a chance de uma avaliação mais profunda e se limitando a expor o personagem principal a um verdadeiro show de horrores . O final redentor não chega a ser ruim, mas carece de conexão mais sólida com o restante da trama e a mesma falta de conexão também é observada entre os personagens; transformando o desfecho em uma situação fria e pouco convincente. Obviamente várias situações de embaraço e constrangimento foram milimetricamente plantadas pelo diretor, mas esse fato não faz do longa uma obra melhor; trata-se de um filme mediano, que promete muito mas entrega muito pouco.
    Anderson  G.
    Anderson G.

    1.301 seguidores 370 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 13 de março de 2023
    "A baleia" novo filme do brilhante diretor Darren Aronofskyi vai fundo em seus próprios ideias cinematográficos, apesar de ser uma história adaptada de uma peça de teatro os elementos "Aronofskyikianos" estão lá, a imersão psicopática em algo, as analogias e metáforas, as críticas religiosas e a obsessão, esse último presente em todos os seu trabalhos. E fica fácil entender porque o diretor escolheu essa peça para adaptar. O primeiro elemento que salta aos olhos é atuação de Brendan Fraser, ele está brilhante, ao mesmo tempo que é uma atuação sofrida e carismática sentimos uma raiva do personagem por sua falta de combatitivade por conta da culpa, sua entonação e atuação corporal também são incríveis, outro grande destaque da atuação é o da sua amiga e cuidadora Liz vivida por Hong Chau que está ótima fazendo uma interpretação de uma personagem dura e amigável, por outros lado, um dos pilares da história, a jovem Ellie interpretada por Sadie Sink faz uma atuação mais caricada e fraca. O roteiro é muito bom, todo bem encaixado, cheio de moralidade e alegorias, com diálogos e um texto quase pessoal falando sobre escrever com paixão e não com técnica, essas passagens são belas e tocantes, gosto muito dessa pessoalidade no texto de "A baleia". A fotografia é escura e triste tal qual a composição de cenário suja, sem sol, é sempre um clima depressivo e hostil, a maquiagem é um elemento a parte e deve chegar forte para o óscar. Darren Aronofskyi traz cenas angustiantes, parece que estamos sempre ofegantes vendo seu filme e a vida do protagonista sendo mantida por um fio. Um ponto que me tira um pouco do filme é a mesmo que me tira do filme anterior de Aronofskyi , o longa "mãe", de 2016, ambos vão fundo demais em suas metáforas religiosas e poéticas além de terem uma montagem lenta, também não gostei do uso de câmera e da trilha sonora embora a mixagem de som seja ótima. 8/10
    Anderson
    Anderson

    12 seguidores 190 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 13 de março de 2023
    "As pessoas são incapazes de não se preocupar com os outros. As pessoas são incríveis." A tela em 4:3 é claustrofóbica tanto quanto a sala em que tudo acontece, com a fotografia obscura ampliando a sensação da dificuldade em sorver o ar. O contato com o mundo externo se dá através de sombras se movimentando por detrás de uma janela. O ser humano de Darren Aronofsky é prisioneiro de si mesmo, mas mesmo assim transborda sua humanidade pela preocupação que tem pelo outro e pela fé que deposita nele. Apenas muito próximo ao final tudo se ilumina quando, metaforicamente, Charlie caminha para a luz, momento em que ocorre um pequeno exagero que poderia ter sido dispensado tanto quanto a profusão de lágrimas que o antecede. É um melodrama? Pode ser que seja, característica realçada pelo tom teatral da movimentação dos personagens e dos diálogos, embora fique difícil imaginá-lo diferente disso, considerando-se os temas, obesidade, depressão, luto e homofobia, envolvidos na trama.
    Lucaspoeta Souza
    Lucaspoeta Souza

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 13 de março de 2023
    Sensacional ! A atuação de Brendan fraser é espetacular ... O filme é dramático e instigante, vale a pena cada minuto !
    Thales Takahashi Dezorzi
    Thales Takahashi Dezorzi

    1 crítica Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 13 de março de 2023
    Gostei do filme. Qualidade boa , efeitos sonoros bons. A filosofia do Moby dick reflete ao futuro do Charlie, a relação perturbada entra filha do protagonista desencadeia o drama da vida do Charlie. Em crítica o filme é bom.
    Quer ver mais críticas?
    • As últimas críticas do AdoroCinema
    • Melhores filmes
    • Melhores filmes de acordo a imprensa
    Back to Top