Há uma coisa que sinto em certos filmes que assisto um apelo emotivo não convincente. Deixe tentar explicar: Mostrar a degradação do personagem de forma exagerada, por exemplo. Ok. Sei que é um drama, mas me remeteu como se tivesse assistindo uma reportagem sensacionalista de um programa dominical ou comerciais de crianças famintas na África... Sei lá, tá me entendendo?!
Conheço a pegada diretor Darren Aronofsky que usa muito este artifício: despertar desconforto psicológico no espectador, etc. e tal.(cito, "Réquim para um sonho", se não viu, #tindico demais!)
Porém, desta vez me senti meio desmotivada ou decepcionada do que propriamente chocada ou perturbada. Coisa do tipo: -Ei espectador, veja um obeso sofrendo! E saiba você esta proibido de não se emocionar, por favor chore! Por mais triste que a situação seja, o que de fato é. Achei um tanto quanto apelativo... O problema foi o tom, pecou um pouco no excesso de decadência ao meu ver.
Tirando este ponto, o filme também possui uma parte muito bela, narrando a restauração de um relacionamento entre pai e filha que havia se rompido. Primeiro pela homossexualidade/infidelidade do pai (outros temas relevantes abordado no obra) e principalmente por conta da sua obesidade mórbida, que envergonha grandemente a filha adolescente. (Sadie Sink, a ruivinha de Steanger Things). Gostei muito da construção e evolução entre os personagens que ocorre de forma muito gradual e comovente! Tudo graças a uma excelente direção, bom roteiro e logicamente a performance do elenco.
O filme é bom. Tem seu valor, foi uma excelente oportunidade do ator Brendan Fraser voltar a se destacar nas telonas, mostrando que não é só um cara de comédia.
Vale comentar também da fotografia, que retrata a situação deprimente do personagem, algo frio e enclausurado, demonstrando a situação do personagem em toda sua melancolia.
É isso minha nota é 6,9. A final estamos falando de Darren Aronofsky (diretor do Cisne Negro e outros filmes fantásticos) Portanto o filme poderia encantar mais, pelo menos na minha modesta e não aclamada opinião de cinéfila amadora. rs