Bom..."LIGHTYEAR"
O mais novo filme da franquia "TOY STORY" da pixar animation se retrata de uma história derivada no universo de toy story na qual “ANDY”, dono do brinquedo mais aclamado pelos fãs e por coincidência, um dos meus personagens favoritos da franquia. "BUZZ LIGHTYEAR" ganha seu próprio filme solo, porém, sem comparação com o brinquedo, ele se torna uma versão humana com o cargo de patrulheiro espacial verdadeiro.
Além disso, o longa logo no começo nós identifica que esse filme veio muito antes do começo da franquia.
Ele foi o filme em que andy conheceu o brinquedo em sua verdadeira história de origem em 1995 e por consequência, fez com que andy ganhasse um boneco inspirado do famoso astronauta.
A minha impressão inicial ao acompanhar os primeiros minutos do longa foi claramente de estranheza, já que eu nunca presenciei uma aparência tão surrealista e inovadora do protagonista, mas claramente com os belos cenários entre batalhas espaciais semelhantes a star wars e a trilha sonora com um toque de nostalgia, fez com eu entrasse rapidamente para a história do filme.
Como mostrado no trailer, esse filme aborda um gênero de ficção científica, com direito a viagem além da velocidade da luz e viagem através do tempo.
Fazendo uma pequena comparação a outras obras que abordam o mesmo conceito de ficção, como no filme “INTERESTELAR” dirigido por “CHRISTOPHER NOLAN” e ao personagem do dublador americano do "CHRIS EVANS"
O capitão américa, O homem fora de época.
Que sinceramente não achei nada contraditório ao personagem na dublagem americana.
Acho que por ser inspirado no boneco em sua história de origem foi uma escolha bem posicionada para interpretar o personagem em sua versão humana.
Já na dublagem brasileira...
A polêmica em que o dublador original, "GUILHERME BRIGGS" passou o manto do personagem ao famoso artista e apresentador "MARCOS MION" no novo filme, não foi muito aceita pelos fãs.
Eu considerava que por ser o Guilherme briggs que estava a uma década dublando o personagem, passar a manto para o artista, seria por puro reconhecimento e que ele estava deixando alguém digno para interpretar a nova versão do personagem nos cinemas.
Certamente eu estava enganado, e acredito que a dublagem brasileira não precise apenas de artistas com grandes títulos e alto reconhecimento do público para fazer sucesso, porque dependendo do talento de nível profissional de cada dublador, essa pode se tornar a voz mais bem aceita pelo público, como foi no caso de Guilherme briggs.
Não querendo desmerecer o trabalho e participação do artista no longa, mas acredito que foi uma mudança totalmente desnecessária.
retornando ao filme, buzz lightyear está em uma missão para estudar um planeta habitável assim como a terra a vários anos luz de distância, porém chegando lá, buzz e sua equipe descobrem que existe alienígenas perigosos vivendo neste planeta e que eles precisam sair dali o mais rápido possível.
Mas por um erro do protagonista, eles não conseguem escapar a tempo e isso acaba deixando buzz e sua tripulação presos neste planeta.
buzz que acredita ser o culpado por condenar a todos os seus colegas, se sacrifica para testar novas combinações de um tipo de combustível muito avançado que fará com que toda a sua tripulação volte para a casa, porém, a cada teste que buzz faz em volta do planeta em hipervelocidade, faz com que ele perca a noção de tempo do planeta.
durante os testes, para buzz se passaram apenas alguns minutos, já no planeta, se passaram anos.
Mesmo assim, buzz ainda determinado, continua sua missão.
A cada teste, buzz volta e seus colegas estão cada vez mais velhos e criando vidas enquanto ele ainda é jovem e frustrado em ver seus amigos morrerem por não completar o que acredita ser o seu dever.
A premissa principal promete uma boa história de ficção cientifica para a animação, porém o filme se perde completamente focando na necessidade obsessiva de buzz lightyear por protagonismo, sinto que nesse filme buzz necessitava de muita atenção do público para fazer tão pouco em cena.
Eu fiquei decepcionado sobre como a produção não teve a coragem necessária de deixar o filme um pouco mais emocionante, devo dizer que parece algo muito artificial, ele deixa de tomar uma decisão precisa que poderia deixar a experiencia um pouco mais especial, fazendo com que o propósito de cada cena fique ainda mais explicita antes mesmo dela começar ou terminar.
O desenvolvimento do personagem principal é muito clichê, com uma narração e enredo totalmente genérico como qualquer outro filme em que o protagonista aprende com seus erros, tem que deixar o passado para trás, e ir ao infinito e além.
Os personagens em volta de buzz, tendem a ser divertidos no começo, porém eles são tão repetitivos quanto seus bordões.
Com exceção do gatinho sox, que conseguiu roubar todas as cenas em que apareceu.
Com isso, na minha perspectiva, o principal problema foi o seu desenvolvimento preguiçoso e sua falta de amor e ambição na obra, eu realmente esperava que essa história poderia de fato ir ao infinito e além, porém fato é acreditar que hoje em dia ninguém sequer tem a capacidade de criar algo novo em volta do básico.
E que empresas coorporativas obrigam seus funcionários a transformar mais uma franquia tão amada, em mais um produto com o objetivo de ganhar mais dinheiro.
Apesar desses problemas, LIGHTYEAR é um filme razoável, em que o conflito e a diversão andam de mãos dadas, uma experiencia divertida para menores de idade e com muitas referências ao gênero de ficção cientifica e a cultura pop.