"O Predator" é uma nova tentativa de trazer de volta os anos de glória da clássica antologia oitentista, a nova releitura, que bebe muito da fonte do original é um eletrocardiograma de erros e acertos, por exemplo, a proposta de trazer um predador no século 18 em um contexto indígena é sensacional, porém a forma como os indígenas são adaptados, com maneirismos modernos, diálogos bobos e simplistas e uma falta de percepção é algo decepcionante, e isso se segue por todo o longa, até os efeitos são assim, temos efeitos práticos maravilhosos, principalmente no que tange o predador em si, porém quando utilizam efeitos especiais a qualidade cai, a censura ao gore, em um filme cujo o plot se dá em uma criatura alienígena que vem a terra para matar e ser morto é algo quase ofensivo, brincando com a inocência do telespectador, os pontos mais positivos ficam com a fotografia, clara e cinzenta, o clima de suspense slasher - quando não é interrompido por algum péssimo diálogo - a protagonista, Amber Midthunder atua muito bem, a atriz tem um sotaque carregado, mas isso pouco compromete, sua personagem tem um arco de construção fraco, mas sua atuação cativa aos poucos e o combate da personagem empolga, por fim, "O Predator" é bem melhor do que seus antecessores recentes, porém ainda é um filme médio que poderia ter sido muito melhor. 6,5/10