Sinceramente, até admiro a ousadia de se fazer um filme diferente, como este realmente é, pelas filmagens e tudo mais. Mas é um filme enfadonho, viagem por pensamentos que não são nem interessantes e nem dizem nada... não gostei.
Boa estréia de George Clooney na direção. O diretor novato consegue tirar do livro de Chuck Barris algumas boas sequências, em especial quando situações diversas dividem a mesma cena, tipo a contratação de Barris como guia ou sua conversa por telefone com executivos de uma grande rede de televisão. O problema maior do filme é justamente sua história que, apesar de ser bastante interessante, não consegue manter o ritmo logo após seus 30 minutos iniciais. Ao dividir o restante do filme entre a carreira de Barris na TV e a eliminação dos agentes secretos, o filme dilui seu interesse para duas histórias que são contadas em ritmo de fim de carreira, sendo até mesmo cansativas."
Três surpresas agradáveis: George Clooney na direção, Sam Rockwell como Chuck Barris e Charlie Kaufman no roteiro. Confissões de uma mente perigosa é surpreendemente agradável. Clooney se revela talentoso e com grande futuro atrás das câmeras. Quanto as atuações, as estrelas Drew Barrymore, Julia Roberts e o próprio George Clooney aparecem coadjuvantemente bem em cena. O destaque é Sam Rockwell que encarna quase perfeitamente o personagem Chuck Barris. A história baseada numa auto-biografia do próprio Chuck é simples mas bem interessante. Mostra vários complexos da mente humana. Ninguém melhor para adaptá-lo para o cinema do que Charlie Kaufman. No meio do filme, comecei a pensar se o filme era um drama ou uma comédia. Aí que me lembrei que era um roteiro assinado por Kaufman. Tem todas aquelas características: conflitos com si mesmo, algums momentos engraçados em um enredo dramático e no final tudo isso é posto de lado em troca de um final mais dramático. Mas, finalmente Kaufman conseguiu fazer sua Adaptação. E não tem os clichês abomináveis e nem seu irmão Donald por perto. Kaufman transpõe muito bem o espírito do personagem Chuck Barris que é basicamente muito parecido com os outros que Kaufman já havia escrito (interpretados por John Cusack em Quero ser John Malkovich e Nicolas Cage em Adaptação). E diga-se de passagem que Sam Rockwell não ficou devendo muito. Um fator interessante é que pela primeia vez Charlie Kaufman não tem seu companheiro Spike Jonze como diretor ou produtor em um filme. Resumindo; trata-se de um filme sustentado por um trio; Kaufman adapta brilhantemente um personagem difícil interpretado brilhantemente por Sam Rockwell dirigido quase brilhantemente por George Clooney. (Nada contra Clooney, afinal é sua estréia, mas acho que com Spike Jonze poderia ficar um pouquinho melhor)."
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