Um agente de atores e atrizes de Nova Iorque liga pra sua amante de uma cabine telefônica e, logo que ele desliga o telefone toca, ele atende, então ele se vê numa complicada situação: se ele desligar, ele morre, pois do outro lado da linha existe um matador que o está vigiando o tempo todo; e na rua tem a polícia, que acredita que ele seja o culpado pela morte de uma pessoa naquele momento. Uma história que faz pensar que o filme é muito chato e intediante, pricipalmente se você souber que praticamente o filme todo se passa em uma determinada avenida de Nova Iorque, e o personagem Stuart Shepard (Colin Farrell) fica o tempo todo dentro de uma cabine telefônica. É um completo engano. O diretor Joel Shumacher tem que receber os parabéns pela excelente direção. Ele fez de um filme que tinha tudo pra ser monótono, um filme repleto de suspense e drama. As pessoas não tiram os olhos da tela em nenhum momento, sempre tem algo acontecendo. No filme são discutidos assuntos como a importância excessiva que as pessoas dão pras coisas materiais. O personagem Stu Shepard usa ternos italianos e um relógio de 2.000 dólares; isso pra enganar a si próprio sobre sua importância. Assim como muitas pessoas, Stu acredita que o que faz uma pessoa é o que ela tem, não o que ela é. O diretor tenta desmistificar isso. Interessante que o próprio assassino faz Stu pensar refletir sobre isso e finalmente admitir o que está acontecendo, que ele não vale nada porque trai sua esposa e engana as pessoas. O personagem então percebe isso e entra em depressão. É doloroso quando você descobre que o que você tem não faz de você uma pessoa melhor, pelo contrário, pode até corrompê-lo. Mais uma de várias tentativas do cinema de mostrar isso. Apesar dessa "lição de moral", o diretor não foi radical, quer dizer, ele não disse que as coisas não valem absolutamente nada e que você tem que se desfazer delas. Stu usa o seu celular pra ligar pra polícia, o que foi útil, querendo ou não isso decidiu se a vida dele seria salva ou não, pense se ele estivesse sem o celular naquele momento... Então não sejamos radicais, as modernas tecnologias também nos ajudam e servem pra muitas coisas. Não podemos voltar ao passado quando não existiam celulares e computadores, isso tudo já faz parte da nossa vida, o que não podemos é nos iludir que essas coisas trarão felicidade. Então temos que ser pessoas honestas, equilibradas e gentís com os outros; porém sem largar o conforto da tecnologia que nós temos hoje. O filme tem apenas 81 minutos, é curto em comparação a outros filmes mas vale a pena ir assistir. Um filme muito bem produzido e dirigido. A tensão é constante."