Um terror diferenciado com propostas interessantíssimas. No decorrer da trama, senti-me prestigiando uma obra digna de ser adjetivada como sendo Tarantinesca, com montagem, direção de arte, trilha sonora, brutalidade, violência e sanguinolência que remetem e honram esse grande mestre.
O roteiro nos faz acompanhar um grupo de jovens que almejam gravar um filme adulto, uma clara alusão ao clássico grupo de jovens incautos, que viajam até uma cabana distante com o objetivo de usufruir de sua juventude, mas que passam a ser atormentados por algum vilão clássico, mas que nessa película, tal mal possui uma face diferenciada e inesperada. Outro diferencial, é a clara crítica referente à industrial de filmes eróticos e os preconceitos enfrentados pela mesma.
O filme traz uma mensagem interessante sobre os ciclos da vida, em especial ao da velhice sob o ponto de vista ocidental, onde permeia-se e vincula-se o conceito de invalidez a esse período da existência humana. Além disso, existe a mística de que a velhice torna o indivíduo sábio, mas na realidade ela pode ser sinônimo de acúmulo de coisas ruins.
Por fim, existe uma referência a obra: O Retrato de Dorian Gray, no tocante ao embate entre juventude e velhice, onde o primeiro é visto como o rebelde, a mudança, o rompimento com os grilhões e dogmas estabelecidos, o mal, já a segunda é a resignação, a conservação e o mantenimento dos bons costumes, o bem.
Recomendo fortemente!