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Lucas Mignoni
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5,0
Enviada em 14 de maio de 2021
O filme é um retrato realista de uma genitora que não cumpre o seu papel materno. O que causa um incômodo constante no telespectador, pois escancara de modo viceral a negligência às crianças.
Discordando das outras críticas: não há "atuações exageradas e teatrais" ou "romantização de relações disfuncionais", mas um esboço fiel de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, algo muito presente em nossa realidade. Foi para esses "exageros" que se criou o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Não existe romantização, pois o enredo se apresenta de forma densa e revoltante, provocando quem assiste sem suavizar qualquer cena. O incômodo é causado pela ruptura do papel social de "Ser Mãe", pois a sociedade não entende que a função materna é uma CONSTRUÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA. Além deste tabu da maternidade, também nos incomodamos pela justiça não ter sido feita. O que reforça a importância de se ter um estado de direito para intervir em casos semelhantes ao do filme.
A genitora não é "super protetora" como indicava a sinopse, mas extremamente negligente consigo e com os filhos. O enredo dá pistas da origem de seu comportamento autodestrutivo: fruto de seu sistema familiar. Enquanto sua irmã foi validada na infância, reforçada e incentivada aos estudos, para ela sobrou apenas a desaprovação. Seu papel familiar é de "ovelha negra", tornando-se a antítese de sua irmã responsável, estudiosa e trabalhadora. Narcisista e imatura, entende seus filhos como uma extensão de si própria, criando-os com a mesma autodestruição que se impõe.
Respeito muito este site (adorocinema) , mas vocês não assistiram esse filme. O sumário apresentado é de uma pobreza e desconhecimento completos acerca do roteiro do filme e de sua contundente profundidade.
Incômodo. No filme esse incômodo nos acomete em várias situações, quando julgamos, quando empatizamos, quando nos sentimos incapazes, quando vemos que aquilo que estamos vendo não está longe da nossa própria realidade.
Um requisito para se assistir a filmes vindos de Japão, Coréia é ter a capacidade de se adaptar ao modo de interpretação dos atores. As interpretações parecem muitas vezes exageradas e teatrais, muito diferentes da maioria a que estamos acostumados a ver no cinema americano ou europeu. O ritmo também é geralmente diferente, mais lento e também há uma preocupação dos idealizadores em tornar muito claras as mensagens e intenções dos personagens, quase como se o público não tivesse capacidade de entender detalhes da trama e seja necessário enfatizar e incluir explicações. Isso está muito presente no filme. Não quer dizer, contudo que vemos aqui um mau elenco. A atriz que interpreta a mãe é extremamente expressiva, muito talentosa. Os outros atores também se saem muito bem em seus papéis, apesar dos exageros. O filme é muito interessante, conta uma história baseada em um fato realmente acontecido, segundo as sinopses e segundo as explicações no final do filme explicando o destino das personagens. Prende muito a atenção apesar do ritmo lento. Recomendo.
O que mais me causou incomodo enquanto eu assistia, foi saber que realmente existem pessoas como aquela mãe e seu filho. OBS. A Sinopse está errada, corrijam por favor.
O filme é muito bom, retrata o que muitos passam nos dias de hoje. O filme em si mostra como um relacionamento tóxico e a dependência emocional podem afetar as pessoas e influenciar também. Podemos observar que desde do início do filme é visível ver que a mãe do garoto o influência a não ir a escola, comparando a mesma com o trabalho. No decorrer do filme, o garoto amadurece e está disposto a mudar junto com a sua irmã mais nova, mas a dependência e o relacionamento tóxico o tornou isso impossível. O filme foi um dos melhores que vi em 2022, vom uma noa produção, ótimos atores e um ótimo enredo.
Cansativo e angustiante. Romantiza o relacionamento doentio de mãe e filho em que tudo é possível/permitido pelo amor (que não é amor, é dependência emocional).
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