"Calor Mortífero", nova adição ao catálogo do Prime Video, tenta atrair o público com seu elenco estrelado, mas acaba não indo além do básico. Dirigido por Philippe Lacôte, o longa se enquadra nos moldes tradicionais de um thriller investigativo, envolvendo mistérios amorosos e intrigas, mas não consegue se destacar. O roteiro, apesar de ter uma boa ideia central, sofre com a execução preguiçosa e decisões criativas que enfraquecem a narrativa, deixando o filme sem impacto e personalidade.
A escolha de utilizar narrações do protagonista, interpretado por Joseph Gordon-Levitt, quebra o ritmo e afasta o público, ao invés de criar uma conexão mais profunda. Enquanto o elenco, que conta também com Shailene Woodley e Richard Madden, faz o possível com o material que tem, suas atuações não têm o brilho necessário para carregar o filme. A ambientação grega, com belas paisagens, é um dos poucos aspectos que agregam valor estético à obra, mas nem isso é suficiente para salvar a trama do tédio.
Com menos de 90 minutos de duração, "Calor Mortífero" ao menos tem a vantagem de não se prolongar demais, o que evita que suas falhas se tornem ainda mais cansativas. A tentativa de criar um final impactante, com um duplo plot twist, acaba se perdendo na previsibilidade, oferecendo ao espectador um desfecho que já foi visto em muitos outros thrillers do gênero.
Em resumo, "Calor Mortífero" entrega exatamente o que se espera de um filme voltado para preencher o catálogo de um serviço de streaming: uma trama simples, decisões criativas sem ousadia e um elenco que chama atenção, mas não chega a brilhar. Embora não seja um filme terrível, também não oferece nada de memorável.