Acho que descobri de onde veio uma das influências para e "Ninfomaniaca" e "50 Tons De Cinza" rsrs.
"A Professora de Piano" ou "La Pianiste" , aparenta ser mais uma obra simples retratando a relação entre professor e aluno, de uma forma despretensiosa e dentro dos padrões clichês que nos rodeiam no panorama cinematográfico. Pretensão minha em achar que seria só isso...
Um filme contendo cenas de autoflagelo genital com uma gilete, espancamento, estupro, agressão a uma idosa, tapas entre mãe e filha, afeto sexual entre mãe e filha, masturbação, cenas de sexo explicito com direito a esperma de desconhecidos em pedaços de papel higiênico serem cheirados sem discriminação, está longe de ser despretensioso.
Logo no início vemos a cena da professora Erika Kohut, indo até uma casa pornográfica (local culturalmente pouco frequentado pelas mulheres), até aí tudo bem, pois desejos sexuais estão presente em todos, porém, por volta dos 30 minutos, presenciamos Erika Kohut se autoflagelando, mas, o que pareceu espantoso para o espectador, para ela parecia bem prazeroso até rs... Prazer que foi interrompido, pela mãe que que durante todo o filme mostra ser uma pessoa extremamente rígida e autoritária, e que a todo momento dita suas regras, tratando a filha como uma pré-adolescente (mesmo ela tendo seus 40 anos).
Talvez essa seja uma das justificativas ao comportamento extremamente contido e sem nenhuma intimidade com qualquer ambiente que esteja fora do âmbito familiar.
Contensão que foi quebrada após se entrelaçar com um de seus alunos no banheiro do conservatório (Walter Klemmer), iniciando ali uma sequência de cenas onde as fantasias exóticas e o intenso desejo sexual fora posto em primeiro plano.
Erika Kohut - "NÃO TENHO SENTIMENTOS, E MESMO QUE VIESSE A TÊ-LOS, NUNCA SUBJUGARIAM A MINHA INTELIGÊNCIA"
Frase que rapidamente se tornara controvérsia após a personagem estar totalmente submissa e entregue ao aluno , desfazendo a imagem de uma "iluminista erudita" rs.
Seria uma inversão de valores ou a explosão de desejos reprimidos?
Enfim , sem efeitos especiais, sem maquiagem e e sem cortes nas cenas chave, somente o psicológico humano expressando os seus extintos. Esse é aquele filme para rever diversas vezes e nunca será interpretado da mesma forma...
Cruel e fascinante.