O herói, o agente Ethan Hunt (Tom Cruise) e o vilão, Owen Davian (Philip Seymour Hoffman, que faturou a estatueta careca por "CAPOTE") disputam um "rabbit´s foot", trocando em miúdos, pé-de-coelho, ao longo das duas horas de projeção. Quem sabe o diretor J.J. Abrams, o mesmo da série "LOST", se perdeu em solo baiano e se apossou de um amuleto para se dar bem na sua estréia de um baita blockbuster como "MISSÃO IMPOSSÍVEL 3"? Brincadeiras à parte, tudo foi devidamente planejado para que os $ 150 milhões de dólares investidos rendessem bons frutos, em outras palavras, ótimas bilheterias, venda de dvds, etc e tal. E sem inovar em absolutamente nada, o objetivo foi conseguido. O agente Hunt tinha pretensões de se aposentar da profissão e constituir família. No dia do seu noivado com a bela Julia (Michelle Monaghan), ele é procurado por um colega de agência que o informa que a sua discípula Lindsey foi capturada por um milionário ligado a todo tipo de negociatas excusas (você já ouviu falar nesse assunto antes?), que é o sr. Owen Davian. Hunt tarda mas não falha: embarca na missão para resgatar Lindsey em Berlin. A missão não é cumprida a contento, já que a moça morre. Tudo em função de um pé-de-coelho. Com a baixa de Lindsey, a galera de Hunt passa a perseguir o milionário Owen, que é capturado, para em seguida ser liberto por seus comparsas. Alguém dentro da própria organização estaria envolvido com este sujeito maléovolo? A ação (e este elemento não falta no filme) passa do território americano para Xangai, na China. Isso é o que eu chamo de globalização. As piruetas, pulos impossíveis, velocidade de carros, perseguições pelas pontes americanas ou pelas avenidas coloridas de luz neon na China, enfim, todos os elementos para agradar a gregos e troianos estão a disposição do espectador. Se Tom Cruise é apenas um ator mediano isto pouco importa. Relaxe e se deixe levar pelo terceiro episódio de "MISSÃO IMPOSSÍVEL". Relaxe e se deixe levar pela roda gigante de emoções.