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    A Rosa Púrpura do Cairo
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    4,2
    111 notas
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    13 Críticas do usuário

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    Marcio S.
    Marcio S.

    101 seguidores 126 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 12 de julho de 2013
    Neste filme Woody Allen faz um jogo com a vida perfeita que é apresentada depois daquela tela grande, ou seja, uma ficção e a vida real. De forma inteligente ele nos diz: a vida real, diferente da ficção, vem e nos destrói.
    O filme se passa na Grande Depressão e conhecemos Cecília (Mia Farrow) que é casada com Monk (Danny Aiello), um homem bruto, aproveitador, jogador e bêbado. Ela trabalha em um bar como garçonete com sua irmã, porém não tem aptidão nenhuma para a função. Ela gosta mesmo é de ficar por dentro dos acontecimentos da vida dos artistas e de assistir filmes no cinema. Aquele universo cinematográfico faz com que ela saia da atmosfera miserável que ela vive e passe a viver aquele mundo maravilhoso que está logo ali, naquela tela enorme.
    Woody Allen aborda uma questão de forma inteligente. Acredito que há várias pessoas que buscam no cinema um momento de fugir de seus problemas. De viver naquele momento outra vida diferente daquela de que estamos vivendo. Um momento de pausa em todos os problemas. Dessa forma o filme mostra Cecília se entregando a vida que acontece na tela, até que assiste tantas vezes ao filme A Rosa Púrpura do Cairo que o personagem de Tom Baxter (Jeff Daniels) sai da tela e foge do cinema com ela.
    Da mesma maneira que Cecília não agüenta o mundo real, Baxter não agüenta mais a vida da tela. O nosso mundo é colorido, porém aquele que é colocado na tela é preto e branco. Cecília se apaixonou pelo mundo sem cores, mas que tudo é perfeito. Logo no início algo se desprende do letreiro do filme que está entrando em cartaz, uma indicação de algo semelhante irá acontecer na tela do cinema. Quando Baxter foge entra em cena o verdadeiro ator que interpreta Baxter. Vivido também por Daniels ele passa a se aproximar de Cecília fazendo com que ela tenha que escolher entre a ficção e a realidade.
    A atitude de Baxter e Cecília é algo que Fausto, de certa maneira, desejou. Viver outra vida (ou outras). Ambos desejam viver algo diferente do que vivem. Gostariam de tirarem férias de si mesmo. Cecília foge de todos os seus problemas quando está dentro do cinema. Baxter cansado de sua vida ser igual dia após dia acaba se interessando pela nossa vida. Falando em filosofia temos uma breve concepção do mundo segundo Berkeley que dizia que estávamos dentro da mente de Deus. Como um conjunto de fotogramas. Assim se Deus deixasse de projetar esses fotogramas a vida acabaria. Dessa maneira quando há uma ameaça de desligar o projetor os personagens ficam preocupados em desaparecerem para sempre.
    Mia Farrow está ótima como nossa protagonista, Danny Aiello é o responsável para trazer a realidade a tona (ele diz: “Verá como é duro o mundo real” ). Não vejo Daniels com tanta perfeição e a personagem de Diane Wiest parece estar meio fora da concepção da história. Não acho que a personagem dela iria modificar em nada a história do filme.
    Este é um filme muito bom, principalmente pelo seu roteiro e com questões interessantes levantadas. O filme é extremamente inteligente e faz principalmente refletirmos sobre a magia que é o cinema. Definitivamente uma fábula dura, mas maravilhosa.
    looidi
    looidi

    16 seguidores 76 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Endosso - e integralizo - todos os comentários feitos. Infelizmente, tenho tido dificuldade em encontrar A ROSA PÚRPURA DO CAIRO nas locadoras. A TV-A-CABO [TC-Cult] não o exibe há anos e tb não consigo encontrá-lo nos torrents de tamanho máximo 700 Mb. É um ítem que falta em minha filmoteca e um dos poucos de Woody Allen que estou ávido de re-ver. Nota 9,5; 4,5 estrelas.
    Israel C
    Israel C

    47 seguidores 38 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 30 de dezembro de 2012
    Um filme  adorável e único! As atuações são perfeitas, é a cara de Woody Allen, principalmente o final que mostra a volta pra realidade cotidiana, esse dealhe fez com que o desfecho não ficasse mágico como o resto do filme e acho que isso poderia ter sido mudado, porque apesar de clichê um final feliz seria merecidor. com certeza isso não é nada que comprometa o filme todo, e  não deixa de ser adorável. Concordo plenamente com o que o meu xará Rafael diz que "Se você adora cinema e ainda não assistiu, não perca tempo. Esse filme também foi destinado para você."
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