Representante da China na categoria de Melhor Filme de Língua Estrangeira no Oscar 2022, “Luta Pela Liberdade”, dirigido e co-escrito por Zhang Yimou, estreou nos cinemas brasileiros na data de ontem (18), e tem uma história baseada em fatos reais, e que se passa no estado de Manchukuo (uma província chinesa fundada pelo império japonês), na década de 1930.
O roteiro enfoca o planejamento, a execução e as consequências da chamada Operação Utrennya (amanhecer em russo). Nesta atividade, quatro agentes especiais do Partido Comunista chinês, treinados pela União Soviética, retornam à China com o objetivo de desmantelar campos secretos de prisioneiros que foram instituídos pelo Japão no país.
Como em um bom suspense de espionagem, “Luta Pela Liberdade” envolve temas como traição, ameaças e segredos - o que faz com que a execução da missão dos quatro agentes se torne ainda mais difícil. Na medida em que eles vão sendo testados, fica, até mesmo, a incerteza sobre se o grupo será bem sucedido ou não na sua ação.
Zhang Yimou é um diretor muito experiente e um dos grandes nomes do cenário artístico da China. Infelizmente, quando comparada com outros de seus filmes (podemos citar aqui “Lanternas Vermelhas”, “Herói”, “O Clã das Adagas Voadoras”, “Nenhum a Menos”, dentre outros), “Luta Pela Liberdade” é uma obra que chama a atenção pelos seus aspectos técnicos, principalmente o trabalho de edição de som e de fotografia, mas que peca um pouco no seu roteiro. Chega um momento em que a trama fica difícil de acompanhar, apesar dela estar dividida em capítulos, como se cada um deles retratasse uma etapa da Operação Utrennya.