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Adriano Côrtes Santos
723 seguidores
692 críticas
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3,5
Enviada em 10 de dezembro de 2024
A Mão de Deus (È Stata la Mano de Dio, Itália, 2021) começa em 1984, com os rumores sobre a chegada de Maradona a Nápoles, mas logo se foca na vida do jovem Fabietto (Filippo Scotti), que convive com uma família excêntrica e cheia de momentos engraçados e afetivos. Entre almoços dominicais, passeios de lambreta e relações intensas, ele observa as figuras à sua volta, como a mãe provocadora (Teresa Saponangelo) e a tia Patrizia (Luisa Ranieri), que enfrenta dificuldades pessoais.
A história é uma espécie de autobiografia de Sorrentino, que mistura momentos de nostalgia e humor, evocando o Fellini de Amarcord e o espírito de A Grande Beleza. A vida de Fabietto muda drasticamente após uma tragédia familiar, escapando por pouco, o que o faz questionar o sentido da vida e da arte. Esse evento, que também tem um vínculo simbólico com o "gol de mão" de Maradona, leva Fabietto a se reinventar e a buscar sua vocação como cineasta, reconhecendo que tanto o bom quanto o ruim fazem parte da jornada criativa.
"Mão de Deus" é um filme italiano que fala sobre propósito e paixão, o longa passeia sobre a adolescência de Fillipo, um jovem que após uma tragédia familiar começa a repensar sobre seu futuro e razões para existir. O primeiro sentimento que vemos ao assistir "Mão de deus" é que é um filme muito pessoal, o que faz sentido, já que o diretor da obra, o italiano Paolo Sorrentino viveu na mesma cidade e na mesma época que nosso protagonista o que dá uma contextualização incrível, como por exemplo tocar, nem que seja de leve, sobre a chegada de Maradona no nápoles e a revolução que o mesmo causa na cidade, isso é um detalhe muito bem colocado. O roteiro parece ser autobiográfico, sobre o amor, arte e a extração da dor no belo. "Mão de deus" é um filme muito interessante em todos os seus aspectos, e tem seus atos muito bem definidos que contam sua construção narrativa de modo linear, porém em seus atos finais o misticismo começa a se mesclar com o realismo, a direção conta com uma fotografia clara, o diretor do filme usa muito bem planos em locais abertos e busca sempre enaltecer seus personagens. O filme apresenta um humor que nem sempre funciona, além disso, apresenta alguns acontecimentos e falas muito regionais do sul da Itália, o que pode tirar um pouco a atenção do telespectador. Nota 8/10.
Trata-se de uma autobiografia. Portanto, centrada no biografado (talvez em excesso) cercado por componentes de uma família tipicamente napolitana. Ao fundo e onipresente a cidade de Nápoles onde o legal e o ilegal trafegam com displicência pelos mesmos ambientes. Trouxe-me à memória a leitura da trilogia de Elena Ferrante (autora de "A filha perdida", livro em que se baseia o filme homônimo de 2021). A mesma devoção à cidade, a seus habitantes com comportamentos típicos que vão além da expansividade italiana (são napolitanos) e ao futebol, com Maradona sendo uma das acepções do título. Como qualquer filme italiano extravasa bom humor mesmo nas piores situações.
Trata-se de uma autobiografia. Portanto, centrada no biografado (talvez em excesso) cercado por componentes de uma família tipicamente napolitana. Ao fundo e onipresente a cidade de Nápoles onde o legal e o ilegal trafegam com displicência pelos mesmos ambientes. Trouxe-me à memória a leitura da trilogia de Elena Ferrante (autora de "A filha perdida", livro em que se baseia o filme homônimo de 2021). A mesma devoção à cidade, a seus habitantes com comportamentos típicos que vão além da expansividade italiana (são napolitanos) e ao futebol, com Maradona sendo uma das acepções do título. Como qualquer filme italiano extravasa bom humor mesmo nas piores situações.
Durante boa parte de “A Mão de Deus”, filme dirigido e escrito por Paolo Sorrentino, o protagonista, o jovem Fabietto Schisa (Filippo Scotti) se vê às voltas com uma família italiana barulhenta e com problemas, com a sua paixão pelo futebol (em especial pelo Napoli e por Diego Armando Maradona - que foi contratado pelo time em 1984), e também com o seu amor pelo cinema.
Fabietto percorre essas situações com o olhar de um jovem despreocupado com a vida, que está vivendo um dia de cada vez, sem aquela pressa típica da juventude pela vivência dos marcos pessoais (principalmente aqueles relacionados à descoberta da sexualidade e do primeiro amor) que são típicos dessa época.
E assim Fabietto vai, spoiler: até o momento em que a personagem é confrontada com uma dura perda pessoal , que o obriga a amadurecer, a pensar no seu futuro, a vislumbrar o dia do amanhã e a decidir quais os rumos que ele vai tomar - o principal deles relacionado ao seu grande sonho: o de ser diretor de cinema.
Baseado nas experiências pessoais do diretor Paolo Sorrentino, o título “A Mão de Deus” faz referência ao famoso gol de mão que Maradona fez, contra a Inglaterra, nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 1986. O gol é emblemático, controverso; ao mesmo tempo em que representa um momento mágico, de paixão e de amor por um esporte.
Todos esses sentimentos são paralelos que podemos fazer também com o cinema. Se o objetivo de Sorrentino, com “A Mão de Deus” era fazer uma obra “coming-of-age”, sobre a transição de Fabietto da juventude para a vida adulta, acredito que o diretor conseguiu cumprir em parte com o seu propósito. A experiência de se assistir “A Mão de Deus” se revela arrastada. Não consegui me conectar 100% com a história.
Mas um filme do ótimo diretor Paolo Sorrentino, que sempre entrega bons trabalhos e aqui não é diferente, não é dos seus melhores trabalhos, mas passa um filme com um bom roteiro, apesar de exagero de tempo de filme, se reduzisse alguns minutos ficaria melhor e a experiência idem. Vem forte para o óscar de filme internacional.
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