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    Mães Paralelas
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    4,0
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    Adauto Jose Mendes d.
    Adauto Jose Mendes d.

    2 seguidores 11 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 11 de março de 2022
    E um bom filme mais se tratando de Almodovar na minha opinião é o filme mais fraco dele. Filme é previsível e meu sonolento.
    Emanuel
    Emanuel

    9 seguidores 30 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 7 de março de 2022
    Almodóvar nasceu sob o sol espanhol, então já se é sabido de que seus filmes carregam de uma cor e vibração sem igual, e com muita propriedade.

    Como de costume, gosto do enredo dos filmes e do que o diretor consegue fazer a partir de seu elenco. Neste longa, o diretor tem um tom mais sério a respeito do tema em que escolheu se focar, e seu estilo de filmagem salva o longa, por ser um ‘’uma película de Almodóvar’’.

    Na atuação de Penélope Cruz protagonizando mais um longa do premiado diretor, a atriz consegue sem fazer esforço, trazer à tona o sentimento íntimo do instinto materno, em uma situação muito peculiar.

    Não fosse o histórico do diretor em trabalhar o melodrama ao longo dos anos, tanto em ‘’Fale com ela’’ como em ‘’Má Educação’’, o diretor revisita estes padrões de temperamento, o da dúvida e de enfrentamento de desejos, em um novo contexto, e a mistura incrivelmente dá samba!

    Ele nos traz um filme sensível e forte, com grandes doses de responsabilidade, dentro daquele espectro cinematográfico psicológico onde o diretor atua.

    Prepare-se para ser pego de surpresa ao perceber que não há nada demais no filme, a não ser o que estamos realmente vendo. A edição do filme nos prega peças, somos levados a estar com a personagem de Cruz, em seus momentos de silêncio, nos deixando falantes dentro de nossa cabeça!

    O conceito melodrama com Pedro Almodóvar tem uma nova cara, ele sabe trabalhar nossas emoções junto com as suas personagens.

    Também não posso deixar de mencionar, a participação de Milena Smit ao lado de Penelope Cruz como a mãe coadjuvante. A atriz de 25 anos foi uma escolha maravilhosa para o papel. Vale a pena perceber a mudança do corte de cabelo da personagem da atriz, ao longo do desenvolvimento do longa.

    Um filme que merecia a participação no \Oscar tanto concorrendo em ‘’ Melhor Roteiro Original’’, quanto em ‘’Melhor Filme
    Estrangeiro’’ e ‘’Melhor Atriz’’ para Penélope Cruz.

    Um filme intenso e caloroso, como um filme assinado por Almodóvar merece.
    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.526 seguidores 464 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 4 de março de 2022
    Mães Paralelas (Madres Paralelas)

    O longa é escrito e dirigido pelo grande cineasta espanhol, Pedro Almodóvar, que conta na produção com Agustín Almodóvar, seu irmão mais novo. Almodóvar sempre foi reconhecido como um dos mais cultuado cineastas autorais dos cinemas, por empregar seu estilo cinematográfico único, e sempre nos apresentar as suas obras com sagacidade, inteligência, por sempre nos imergir em suas histórias fortes, pesadas, dramáticas, por sempre nos trazer seus roteiros bem elaborados e nos impor a sua forma novelística de nos fazer mergulhar em suas tramas.

    Em "Madres Paralelas" Almodóvar nos traz um roteiro extremamente inteligente, sagaz, intrigante, curioso, enigmático, que nos prende e nos instiga a querer desvendar tudo que está por trás de cada história, dos personagem, queremos desvendar tudo que está nas entrelinhas do roteiro. Exatamente nesse ponto que eu considero o roteiro de Almodóvar bem astuto, pois ele é realizado de uma forma que nos intriga, que nos deixa curioso o tempo todo. Almodóvar vai costurando as linhas do seu roteiro aos poucos, sem nos entregar nada instantaneamente (ou inicialmente), vamos criando inúmeras possibilidades e vamos sendo confrontados com cada acontecimento. Pois o longa possui dois temas distintos, que inicialmente podem parecer um roteiro perdido, uma narrativa confusa, mas se realmente pararmos para analisar friamente, eles se ligam extraordinariamente ao final.

    "Madres Paralelas" pode funcionar como uma novela, um conto, ou algo parecido, pois Almodóvar decide nos confrontar com uma história excêntrica sobre às dores da maternidade, o resgate do passado, a crise existencial, o drama e o peso de ser mãe solteira, tanto adolescente quanto na meia-idade. Ao mesmo tempo que ele propõe e desenvolve um tema que está diretamente inserido em um contexto político histórico, a guerra civil espanhola.

    Penélope Cruz é a alma do filme, realmente compreendo a sua indicação ao Oscar.
    Penélope dá vida à Janis Martinez, uma mulher na meia-idade que engravida (por acidente) e tem que conviver com o peso de ser uma mãe sozinha e solteira, mesmo que ela tenha condições financeiras para isso. Janis mostra uma personalidade forte e destemida, ao mesmo tempo ela se sente vulnerável, sensível, perdida, tentando se conectar, ou reconectar, à sua vida com o mundo ao seu redor, por todos os acontecimentos que ela está sendo submetida naquele momento.
    Ótima atuação da Penélope Cruz....podíamos sentir suas dores, seus traumas, suas nuances, seus conflitos, tudo imposto unicamente pelo seu olhar, com uma carga mais dramática muito bem dosada - sim, temos mais um bela atuação da Penélope Cruz!

    A atriz espanhola Milena Smit faz um contraponto bem acertado com a Penélope Cruz. Milena traz uma personagem (Ana) que está dentro do mesmo contexto de ser mãe, ainda mais uma mãe adolescente, solteira, sozinha, sem o apoio dos pais na criação da sua filha. Milena Smit foi uma grata surpresa, gostei da sua atuação, deu o toque certo dentro da história do Almodóvar. Israel Elejalde está bem como Arturo, o problemático caso de Janis, e até então, pai de sua filha. Completando com Aitana Sánchez-Gijón, que fez Teresa, a mãe de Ana - mais uma boa atuação, totalmente dentro do que a sua personagem exigia para a história.

    Um dos pontos que mais me chama a atenção nas obras do Almodóvar, está exatamente na sua forma intimista de executar as suas filmagens. Almodóvar dá uma atenção e um carinho ao movimento literário que prioriza a expressão dos sentimentos mais íntimos dos seus personagens em cenas - aproximando cada vez mais a câmera, em um ângulo que dava o exato foco no que estava sendo proposto naquele ambiente. A trilha sonora de Alberto Iglesias (compositor daquela maravilhosa trilha de "O Leitor", com a Kate Winslet) acompanhava fielmente cada passo dos personagens, pois a mesma se destacava em um ritmo mais intenso nos momentos de tensão e nos momentos mais dramáticos - uma trilha sonora muito bem notada e sentida ao longo da trama. A fotografia de José Luis Alcaine também merece um destaque, realmente estava muito bem executada.

    Quando eu afirmo que Almodóvar trouxe um roteiro extremamente inteligente.....vamos aos fatos:

    spoiler: Um ponto que eu achei bastante curioso e muito intrigante no roteiro do Almodóvar, foi exatamente os dois temas que ele estava abordando em seu longa - por um lado a maternidade e suas dores, e por outro às questões políticas. É fato que a personagem da Penélope Cruz (Janis) buscava incansavelmente descobrir sobre suas origens e de alguma forma tentar honrar a memória do seu bisavô. Exatamente dentro desse contexto que ela busca ajuda com o Arturo, que era arqueólogo, para escavar o local que poderia está os ossos de seu bisavô e dos antepassados que foram assassinados durante a ditadura espanhola. Mas e como ligar esses dois temas dentro da história? Bem, eu acredito que a Janis era uma pessoa que sempre buscava a verdade do seu passado, isso de fato era muito importante para ela (é ai que entra o tema político em querer saber a verdade escavando os ossos). Por isso, quando Janis descobre que não era a mãe da pequena Cecília, e que a filha morta da Ana de fato não era dela, Janis entra em um completo dilema pessoal em querer contar a verdade para Ana, pois ela não aguentava a ideia de ocultar a verdade sobre os fatos, exatamente o que fizeram quando ocultaram os fatos verdadeiros sobre seu bisavô na guerra. Janis poderia muito bem mentir sobre a Cecília para Ana, de fato ela poderia ficar com sua "filha" para sempre, mas como ela iria conseguir conviver com essa incoerência, uma vez que ela própria sempre buscava a coerência (a verdade) sobre o assassinato do seu bisavô na guerra. Logo após a cena em que o Arturo conta para Janis que se separou da sua esposa por ter contado para ela sobre a sua infidelidade, é exatamente o momento em que Janis fica ainda mais conturbada em saber como é difícil suportar uma mentira, tanto a mentira sobre a filha verdadeira da Ana, quanto a mentira que lhe contaram a vida toda sobre seu bisavô e os antepassados da guerra. É......se esta reflexão dos dois temas se unindo no roteiro do Almodóvar não for considerado inteligente e sagaz....eu não sei mais o que é!


    Na temporada de premiações, "Madres Paralelas" esteve indicado no Globo de Ouro nas categorias Trilha Sonora e Filme Estrangeiro. O BAFTA indicou o longa a Filme Estrangeiro. No Oscar o longa tem duas indicações, Trilha Sonora e Atriz, sendo esnobado em Filme Estrangeiro (como também foi no Critics). Sobre Melhor Atriz, acho o trabalho da Penélope Cruz ótimo e de fato ela mereceu uma indicação, mas pra mim ela corre por fora, vejo a Nicole, a Jessica e a Kristen um passo à frente, principalmente a Kristen.

    Pedro Almodóvar nos entrega uma bela obra intimista, "Madres Paralelas" é um ótimo drama, bastante refletivo, interpretativo, curioso e intrigante. Mais um belo filme do cinema espanhol. [04/03/2022]
    Ivan L. M.
    Ivan L. M.

    9 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 4 de março de 2022
    O roteiro é bastante previsível e as diferentes linhas da narrativa não conversam muito bem. Rossy de Palma foi totalmente subutilizada, em um papel bem irrelevante. Almodóvar pode muito mais do que isso. Está longe de ser o melhor trabalho da Penelope Cruz, de modo que a sua indicação ao Oscar não se justifica.
    @cinemacrica
    @cinemacrica

    18 seguidores 107 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 24 de fevereiro de 2022
    (Insta; @cinemacrica): A falta da adição de camadas de aprofundamento se associa a uma estética opaca. A simplicidade, quando bem usada, é capaz de gerar minimalismos sedutores. Mas aqui, a falta de complexidade visual e narrativa estimulam um infeliz alinhamento que caminha para as convenções novelescas.
    Caso interesse, comentei mais no perfil.
    Sirlene Colossi
    Sirlene Colossi

    1 crítica Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 22 de fevereiro de 2022
    Adoro Almodóvar, mas este filme não me agradou muito.
    O filme é composto de dois temas que não conversam entre si. A partir da metade o viés político predomina e toda a intensidade da primeira parte se perde. Achei um pouco raso nos dois temas.
    Kamila A.
    Kamila A.

    7.598 seguidores 809 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 22 de fevereiro de 2022
    No universo narrativo desenvolvido pelo diretor e roteirista Pedro Almodóvar no seu mais novo filme, “Mães Paralelas”, acompanhamos duas personagens em momentos distintos da vida e que, apesar disso, estão vivenciando a mesma situação: a maternidade.

    Quando Janis (Penelope Cruz) e Ana (Milena Smit) se conhecem, ambas estão na maternidade, à espera do nascimento das suas primeiras filhas. Além do fato de estarem dando à luz a duas meninas, no mesmo dia, Janis e Ana possuem outro ponto importante em comum: são mães solteiras.

    As semelhanças param por aí: Janis, uma mulher mais experiente, mal aguenta de ansiedade para ter sua filha em seus braços; já Ana, do alto da sua juventude, tem medo e não sabe o que esperar do que vem pela frente. Almodóvar nos coloca diante dessas duas mulheres, em paralelo, enquanto a vida acontece, enquanto a maternidade delas se desenvolve, enquanto os desafios da vida se apresentam.

    Chega a ser surpreendente que “Mães Paralelas” tenha uma trama um tanto previsível. Porém, a grande surpresa do filme está no fato de que, ao contrário do que esperamos, a obra não envereda pelo caminho do melodrama do acontecimento que une Janis e Ana. O longa utiliza o infortúnio que as conecta como um reforço daquilo que as difere e as define, a partir daquele momento.

    “Mães Paralelas” encontra o seu ponto mais positivo na atuação de Penelope Cruz, que está dominante em tela, uma leoa - seja pela sua filha, pela ajuda que dá a Ana ou pela dedicação na busca dos restos mortais de seu bisavô, vítima do grupo fascista Falange Espanhola.

    Apesar disso, e das suas qualidades, “Mães Paralelas” é um filme menor quando comparamos ele com outras obras dirigidas por Almodóvar, muito em parte por causa da sua subtrama política - que não encontra conexão, para mim, com a trama principal, parecendo um tanto solta e quebrando muito o ritmo do filme.
    Anderson
    Anderson

    7 seguidores 62 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 22 de fevereiro de 2022
    Mães Paralelas, Pedro Almodóvar. Pronto. Já disse tudo. Mais uma vez Almodóvar mostra, com a competência já por demais comprovada, personagens que não se restringem ao plano, à superficialidade. Todos, sem exceção, apresentam facetas diferentes dependendo de quem olha e como são observados, plenos de dicotomias e idiossincrasias. Como quaisquer seres humanos. A história, o enredo, a temática são telas onde esses personagens são pintados com pinceladas que surpreendem todo o tempo. É impossível parar para um cafezinho. Só não alcancei o significado do título. As mães, ante de tudo pessoas, ora convergem, ora divergem, relegando o dito paralelismo apenas ao tempo. Almodóvar, hoje com 72 anos, parece já haver decantado os arroubos e a agressividade da juventude. Neste filme, muito mais do que em "Dor e Glória" de 2019, provoca o espectador e lhe dá alfinetadas com extrema delicadeza e com um final muito confortável.
    Soul_livro_filmes_series
    Soul_livro_filmes_series

    2 seguidores 21 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 20 de fevereiro de 2022
    Primeira vez que assisto a um filme do renomado diretor.

    Avós, mães, filhas, irmãs, amigas, as mulheres lutadoras de nossas vidas são homenageadas muito bem aqui. O filme é para as mulheres, isso é bem claro, mas pra deixar bem evidente spoiler: é só notar que há somente 1 personagem masculino no filme.
    As marcas profundas da guerra civil ainda estão sangrando enquanto se vive no presente lutando outros dramas que também deixam marcas fortes. Raízes, relacionamentos e maternidade são misturadas em diálogos sem muita simpatia, mas também sem agressividade. Dessa maneira, não há muito espaço para choros e drama, o que otimiza bastante tempo do filme que flui de maneira coerente. O filme é bem armado, há duas tramas em paralelo que se ligam na metade do filme e acabam com um final bastante significativo e emotivo.
    O filme também tem um ar dos filmes antigos quando usa escurecimento da tela na transição das cenas, no enquadramento do rosto em cenas dramáticas, nos cenários das tomadas.

    Não sei se e o melhor filme do diretor, mas gostei desse filme. Aceito indicações.
    valmyr b
    valmyr b

    48 seguidores 259 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 20 de fevereiro de 2022
    Almodóvar, como sempre, surpreende-nos com mais uma obra que nos obriga a pensar, abordando a sensibilidade, o universo e as contradições humanas. É um mestre! Esse "mães paralelas" nos desafia a desafiarmos nossos próprios preconceitos e "achismos". Pedro conduz um drama forte e profundo, com desfecho magnífico. Aplausos! 4 estrêlas e meia!
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