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Daniel Novaes
7.350 seguidores
824 críticas
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3,0
Enviada em 20 de julho de 2020
Que mania da Netflix em fazer filme sem final... tava desenrolando, ficando bom, entrando num eixo justo, empatia já desenvolvida conosco... e acaba. lamentável... mas, mesmo assim é um bom filme.
O trailer me arrebatou. A história? Ok! Mas a fotografia é de um beleza arrebatadora e fenomenal. Tem vida. Tem alma. É reflexiva. É a grande cereja do bolo. O enredo deixa a desejar, o clímax quando chega já nem é tão excitante. Mas quem já passou por momentos turbulentos e graves na vida sobre como os traumas nos silenciam, será tocado pela película. A performance de Jorge Garcia está maravilhosa, vale a pena conferir!
Recomendo muito. É um filme intimista, com bela performance, linda fotografia e ótima canção. Não é um filme para a maioria, é poesia do início ao fim. Belíssimo filme.
Filme tem o primeiro terço sombrio, sem dar muito ao público. Não há dúvidas que Memo carrega mágoas grandes e não resolvidas. O desenrolar da história, no entanto, mostra se apegada a caminhos muitos fáceis, como se não tivesse muito o que contar. O climax é tao frio que quando os letreiros sobem, nenhum sentimento causa. Seja gosto ou desgosto. Mas, o.pior deles, indiferença.
O título Ninguém Sabe que Estou Aqui, do filme dirigido e co-escrito por Gaspar Antillo, se refere ao grande sucesso da carreira de um cantor mirim, mas também nos fala muito a respeito de Memo (Jorge Garcia, o Hurley da série Lost), a personagem principal do longa.
Pouco saberemos sobre ele, aliás. A não ser o fato de que ele fala pouco e vive com um tio numa fazenda totalmente isolada do mundo, em que as pessoas só chegam até eles de barco, pra poder trazer os insumos que eles precisam para sobreviver.
Mas você deve estar se perguntando o que o cantor mirim tem a ver com essa história? Acontece que Memo, quando criança, era um cantor de uma voz única, mas ele não tinha um visual que fosse considerado atraente para a indústria. Então, a sua voz foi usada para dar cara a um outro cantor mirim, que alcançou uma grande fama no lugar de Memo.
Ninguém Sabe que Estou Aqui é uma história de reconciliação de Memo consigo mesmo, com os seus sonhos, anseios e com a vida que foi roubada dele. Chama a atenção no filme o fato de que as personagens ao seu redor falam sempre sobre si mesmas, sobre os riscos que passaram e tudo aquilo que perderam, esquecendo de todos os danos e traumas que foram causados a Memo.
A linda cena final, em toda a sua melancolia, é a prova de tudo aquilo que Memo foi: um menino/homem que viveu às margens dos holofotes, sem atrair os louros por tudo aquilo que merecia. Nesse ponto, todos os elogios vão para a atuação de Jorge Garcia, que traz uma sutileza e uma força a toda essa trajetória.
Memo (Garcia), um homem simples, calado por traumas de uma infância conturbada e abusiva. Morando com seu tio Braulio (Luis Gnecco) numa pequena fazenda onde criam ovelhas localizada num vilarejo chileno, Memo esconde do mundo exterior a voz que um dia o levou a sonhar com uma vida diferente e que prestes a ser ouvida por alguém pode trazer à tona feridas do passado bem como o remédio para cicatrizá-las
acho que assisti mais causa do personagem principal que gostava muito dele na série Lost, nesse filme o papel dele é bem forte, achei interessante
Sensível sem ser piegas, NINGUÉM SABE...é uma grata surpresa! Poucas vezes vi o cinema tratar com tanto respeito e dignidade um pária da sociedade. A amargura que o filme transmite é tão densa que torna-se palpável. Introspectivo e reflexivo como seu personagem principal, periga o público o tachar de lento e chato. Aqui não há espaço para finais redentores e apoteóticos e a redenção, quando ocorre, dura no máximo os mesmos 3 ou 4 minutos de uma música de sucesso! Mas, apesar de aparentemente não ter acontecido quase "nada", algo mudou durante a jornada do filme e ao seu término as coisas estão diferentes. Talvez o futuro não seja tão solitário, melancólico, triste e banal e pode ocorrer daquele personagem encontrar um novo destino que tenha pelo menos um pouco de amor e felicidade, como o final poético de NINGUÉM SABE...deixa em aberto e parece torcer.
Belíssima fotografia. Câmera além de criativa é mais que intimista, como se fosse uma entidade viva presente na solidão do personagem. A câmera tem uma alma, se aproxima, se afasta tentando entrar às vezes no mundo de Memo. A interpretação dos atores é muito boa e Jorge Garcia dá um show. Ele com seus passos pesados por vezes parece um bailarino e consegue transformar a cena numa poesia. O envolvimento com a história é crescente. Ficamos ligados do começo ao fim. Merece mais uma estrelinha :)
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