Ela é filha ilegítima de um homem importante, que só conheceu aos 7 anos e que abandona sua mãe à própria sorte. Devido à falta de opções para uma mulher não profissionalizada e com uma filha para sustentar, a mãe acaba na prostituição e morre de tuberculose.
Ela é vendida aos 8 anos de idade para um pedófilo de Boston, que vive de explorar a prostituição feminina em grande escala. Anos depois, já jovem, acidentalmente, no exercício da profissão, acaba mantendo relação sexual com o próprio pai (que ela só viu uma única vez, quando era criança). O pai se mata e ela acaba fugindo para o oeste.
Ela então passa a se prostituir no bordel mantido pela "Duquesa" em Paradise, cidade próxima a São Francisco, onde acaba conhecendo seu marido.
Este, de todas as formas e de todas as maneiras, tenta ensinar que o amor é incondicional e que ela pode e deve ter a chance de ter uma nova vida, e ser feliz.
Por se julgar indigna, ela abandona o marido por três vezes, sendo que, na última destas vezes (quando, em sua imaginação estaria abrindo o caminho para que ele pudesse ficar com uma jovem pura, que o merecesse, e que poderia lhe dar filhos, coisa que ela então acredita não ser capaz) ela acaba vivendo longe, em São Francisco, por três longos anos.
Em São Francisco primeiro foi cozinheira, depois, raptada pelo seu primeiro aliciador, que a comprou aos oito anos de idade, volta à prostituição, onde encontra o pedófilo contumaz abusando de duas meninas bem pequenas, por volta de 7 anos de idade.
Ela, que já estava em pleno processo de humanização, não aceita a condição imposta às meninas e, após se reconciliar com Deus (e pedir sua intervenção), e ver o espírito da mãe, num ato de coragem, denuncia o pedófilo no palco, a todos os frequentadores do bordel, e ele acaba sendo linchado.
Ela foge com as duas meninas pequenas e acaba trabalhando em uma instituição chamada CASA DE MADALENA, que educa e profissionaliza ex-prostitutas, e presta assistência a meninas abusadas. Nesta instituição é encontrada pelo cunhado, que lhe conta que ele, e não o marido dela, se casou com a jovem que ela almejava que fosse sua substituta.
Após se reconciliar com Deus e se humanizar, ao longo destes 3 anos, ela volta para casa e se reconcilia com o marido.
O filme tem um dos finais mais lindos de todos os tempos!
Não vou contar o real nome de "Angel", que ela só revela ao marido quando se reconciliam, pois, como ela explica, o nome era a única coisa que ela guardara de seu. Era a única coisa que ela possuía. Mais que a identidade, é o nome, que ela não revela a ninguém, que lhe dá a consciência de ser uma pessoa, não uma coisa, numa época em que seres humanos ainda eram comprados e vendidos (1850).
Filme HUMANIZANTE e que EMOCIONA!
Eu recomendo.