FILME A SEMANA DA MINHA VIDA E A FILOSOFIA
A Semana da Minha Vida
Um jovem rebelde, Will Hawkins, acaba tendo uma escolha para o destino de sua vida: ou vai ao reformatório, respondendo por seus atos de vandalismo, roubo etc, ou vai para um acampamento cristão de verão, e pode também ter a esperança de encontrar um novo lar. No livre arbítrio, este escolhe o acampamento, e quem não escolheria? O moço ainda encontra um ambiente musical, onde todos cantam e dançam, ainda demonstrando sua fé cristã. E lá conhece uma garota, a queridinha de Good Witch, Bailee Madison, também narradora bíblica, que lhe inspira a esquecer do passado e se entregar a uma nova esperança.
Virtudes teológicas, fé esperança e amor. Desse modo, o garoto encontra uma conversão, se torna um novo ser, ele é batizado, mesmo que não por água. O drama adolescente revela aquela fase descrita por Piaget, de escolha de valores morais, e ainda mostra um pouco de responsabilidade, apesar de essa ser colocada muitas vezes em demônio, por nós cristãos. O problema ocorre quando o menino mente sobre seu passado, e seu adversário de esporte no acampamento descobre sua ficha suja. Mas a garota vê no moço o arrependimento, e tudo se resolve no arrependimento para apagar qualquer mal do passado. O estranho que isso por alguns cristãos seria pré-destinado, assim como se fosse a escolha do rapaz pelo reformatório ou prisão. O estranho é que instrutores usam também fantasias de índios antes da competição, o que parece ser muito estranho, uma vez que cristãos teriam acabado com muitos índios por lá.
O filme não foi bem recebido pelo público, apesar de ter a simpática atriz de produções infantis e natalinas. Já o moço encontrou seu caminho na fé e na música, mesmo que assuma os seus B.O. e tenha de arrepender do passado, ainda conquistando a mina. Ele fez a escolha de Pascal, na famosa aposta.
Mariano Soltys, autor do livro Filmes e Filosofia