A Filha Perdida
EUA/Grécia, 2021
Netflix
A meditativa Professora Universitária Leda está de férias e vive dias solares, numa simpática ilha grega...
Seu sossego é interrompido pela barulhenta, hostil e espaçosa família de Nina, uma linda mulher, mãe da pequena e geniosa, Elena.
Conforme passam os dias, o interesse de Leda por mãe e filha aumenta, pois a relação entre aquelas duas, traz lembranças, boas e ruins da vida da professora, ao lado das filhas, quando crianças.
Leda tem duas filhas mulheres, Bianca e Martha, que quando meninas, a absorviam e demandavam tal qual Elena, hoje em dia.
Uma relação conflituosa, afetiva e deslimitada. Que levanta nela, ainda hoje, melancolia, amargura e remorso.
Pequenos contratempos, como a perda de uma boneca, disparam em nossa heroína gatilhos, e a impulsionam a atos impensados, confusos e metafóricos.
Cenas carregadas de simbolismos e mistérios nos intrigam e enternecem, na mesma medida.
Questões seculares entre os gêneros são trazidas à baila de uma maneira única, verdadeira e reflexiva.
A despretensiosa viagem de Leda para pacata cidade de praia fica muito maior que os simples banhos de mar, e mergulhos mais profundos se fazem necessários. Trazem à tona uma miríade de sentimentos, há muito, guardados.
Leda entre dias de intempéries e bonanças, atravessa a maré de sobressaltos e contemplações com maestria e põe em xeque o final, talvez imaginado por alguns dos espectadores e felizmente, inesperado e imprevisível para todos.