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Gabriel Pelegrini
9 seguidores
85 críticas
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3,5
Enviada em 30 de setembro de 2021
O filme é curto demais e não foi tão bem produzido. Provavelmente os produtores não tiveram muitos recursos à disposição, tanto que algumas cenas são filmadas como se os personagens estivessem em um Big Brother. Contudo, valeu a pena, pois a história envolve muita manipulação e é chocante demais, de modo que prende a atenção. As boas atuações ajudaram a salvar o filme de ser um abacaxi.
No dia 31 de outubro de 2002, o casal Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados, com requintes de crueldade, no interior da residência da família, em São Paulo. Logo, o que indicava ser um crime de latrocínio (devido ao estado em que a mansão se encontrava), se transformou na possibilidade de ser um crime envolvendo pessoas próximas à família. Seguindo essa pista, a polícia conseguiu a confissão, no dia 08 de novembro de 2002, de Suzane von Richthofen (ela, filha do casal) e dos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos (este, namorado de Suzane), os responsáveis pelo assassinato do casal.
Com o tempo e com a atuação das respectivas defesas, Daniel e Suzane foram modificando as suas versões sobre o crime. É baseado na versão de cada um deles que os filmes "O Menino que Matou Meus Pais" e "A Menina que Matou os Pais", do diretor Maurício Eça, foram concebidos. Um dos nomes responsáveis pelo roteiro, o da criminóloga Ilana Casoy, é de alguém muito próximo ao caso - é dela a autoria do livro "Casos de Família: Arquivos Richthofen e Arquivos Nardoni: Abra os Arquivos Policiais".
Esta opção narrativa faz com que os dois filmes sejam um verdadeiro confronto de versões, como que para fazer com que o espectador tome a sua própria decisão sobre qual delas é a mais crível. Interessante perceber, no entanto, que os depoimentos apresentam, respectivamente, aspectos que fortalecem as defesas de cada um deles, ao mesmo tempo em que possuem pontos em comum, como: o quanto o relacionamento entre Suzane e Daniel (interpretados por Carla Diaz e Leonardo Bittencourt) era intenso; o quanto os dois se influenciavam mutuamente; o quanto o relacionamento causou crises familiares; o quanto Suzane era fria, manipuladora e calculista (para não dizer psicopata); o quanto Daniel estava encantado pelo que Suzane lhe proporcionava...
O que decepciona, na verdade, tanto em "O Menino que Matou Meus Pais", quanto em "A Menina que Matou os Pais", é o fato dos dois filmes simplesmente deixarem claro o seu propósito de serem uma reconstituição do depoimentos dados em julgamento. Faltou ao diretor Maurício Eça e aos roteiristas Ilana Casoy e Raphael Montes, o desejo de ir além do que já é de conhecimento públiico. Me lembrei muito da impressão que a série "Pistorius" me deixou: a de que a verdadeira versão, para além do que nos está sendo contado e do que foi construído pelas defesas, só quem sabe mesmo são Suzane, Daniel e Cristian.
O filme é bem realizado e de forma sutil apresenta os fatos sem extrapolar na brutalidade do crime, que talvez fosse preciso para dar a dimensão do horror que sentimos na época. No entanto, seria tão chocante, que da forma trabalhada seja mais fácil digerir, de qualquer jeito, não iremos esquecer toda a frieza. Carla é uma ótima atriz, mas não tenho certeza se ela me convence.
Achei desnecessário dois filmes, acredito que poderiam ter adaptado em um filme só mostrando a versão de cada um, dois filmes acabou sendo um pouco cansativo. Poderiam também ter aprofundado um pouco mais na história. Achei as atuações muito boas.
Gostei da ideia inicial que o longa apresentou, ao apresentar duas versões da historia em dois filmes diferentes. Gostei do fato do cinema brasileiro começar a explorar crimes reais chocantes como este, sem obviamente, glamourizar os criminosos. Mas, tem o que melhorar, é um filme que peca na minha opinião ao focar demais no romance entre os dois personagens, onde quase sempre são as Mesma cenas só que em locais diferentes, o desfecho, que era para ser o ápice do filme é mostrado em cinco minutos, sendo totalmente anticlimático. Fraco.
As duas versões contadas há um pouco de verdade e muita fantasia nos fatos, afinal são baseados em fatos que culminariam o julgamento do ex-casal, cada um, orientados pelos advogados, queriam tentar diminuir a pena. Acredito que poderia ser realizado somente um filme, daria umas 2:20 aproximadamente, contando os dois lados, sem precisar termos que assistir a mesma cena duas vezes.
- Essa versão que somente Suzane era a viciada não teria como "colar" no Tribunal do Juri.; - Que Suzane teria sido estuprada pelo Pai também não faz sentido, visto que ela poderia utilizar dos mesmos artifícios, caso fosse verdade para dar mais motivação ao crime (o que de fato aconteceu, é que ela levou um tapa do pai, e as brigas eram constantes pelo namoro com Daniel); - Suzane também era dissimulada e que de fato, as mortes foram planejadas com antecedência, vale lembrar que há uma matéria do Fantástico, acho que de 2006, onde ela é instruída a mentir na entrevista; - Todo mundo deveria estar "chapadão" nesse e em muitos outros dias; - Daniel devia ter muita raiva e ódio de Manfred (Suzane seria uma leva e traz, do que o pai dizia sobre ele, instigando-o ainda mais a sentir desprezo pelo Patriarca) pois foi morto de forma cruel, com bastante violência. Essas mortes brutais revelam muito sobre o sentimento dos assassinos. - Da mesma forma Suzane, o ódio era tamanho que "encheu" a cabeça dos irmãos cravinhos até que o plano fosse executado.
O filme ficou bem abaixo das minhas expectativas ou as minhas expectativas eram muito altas. Achei os diálogos superficiais e artificiais. Faltou emoção, filme arrastado, muita encheção de linguiça, muita cena desnecessária. Não gostei da estética também. Por fim, achei muito interessante a tentativa de contar a história pelos dois ângulos.
Os eventos poderiam ter sido mais bem desenvolvidos, o filme se torna apático, e se trata de um crime com muitas reviravoltas que deveriam ter sido exploradas, especialmente acerca do julgamento, do pós crime, de todas aquelas entrevistas contraditórias que a Suzane deu... O filme basicamente conta a história de um relacionamento abusivo, bem massante e nos últimos 20 minutos o crime, na qual não vemos muita coisa sobre a forma que foi executado e fica totalmente subentendido. Narrativa muito fraca acerca de um crime que até hoje choca o Brasil.
Caso mais famoso do país contado pelos olhos de Suzane, que dizia como Daniel, o namorado a manipulou a cometer tal ato. Atuação brilhante de Carla Diaz. Filme interessante e com bom ritmo. A mente de um assassino é perigosa. Adorei.
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