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Maria Alice Mansur
1 crítica
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2,0
Enviada em 30 de dezembro de 2023
O filme é chato, o roteiro é confuso e embora tenha cabeças coroadas, elas não seguram o interesse do cinéfilo. John David Washington, que pelo sobrenome você já sabe de quem se trata, está totalmente inexpressivo. E é um ator indicado a prêmios - ganhou um, passa o filme todo com a mesma expressão. Christian Bale, ao menos, criou um personagem, que me fez rir em alguns momentos. A beleza estonteante de Margot Robbie enche mesmo a tela e é triste ver como ficou a cara de Robert De Niro.
História extraordinária sobre amizade, lealdade e amor, contraposta a eventos deploráveis resultado da ganância e maldade. Sim, o filme é um tanto quanto confuso, o início é cansativo, mas, o resulta do final é gratificante. Inspira e provoca a sensação de crença na humanidade.
No filme dirigido e escrito por David O. Russell, a cidade de Amsterdã significa para o trio formado por Burt Berendsen (Christian Bale), Harold Woodman (John David Washington) e Valerie Voze (Margot Robbie) as lembranças de momentos felizes em que a amizade dos três foi forjada. Principalmente quando consideramos o fato do encontro entre eles ter vindo após a participação dos dois primeiros em uma grande guerra mundial e da terceira também como enfermeira que auxiliava a cuidar dos soldados feridos em conflito.
Apesar disso, “Amsterdã” não tem foco na relação de amizade estabelecida entre eles, e sim na investigação do assassinato do General Bill Meekins (Ed Begley Jr.), um herói de guerra. Tentando salvar as suas próprias peles, na medida em que se tornam suspeitos do crime, Burt e Harold acabam desvendando uma trama maior, que envolve uma conspiração política que pode ameaçar a forte democracia que são os Estados Unidos da América.
Por isso mesmo, quando do fim de “Amsterdã” fica a sensação de uma grande oportunidade perdida por parte de David O. Russell. Seu filme tem um tema importantíssimo e atual: a ameaça da extrema direita, com seus arroubos totalitaristas e anti-democráticos, ao redor do mundo. Porém, esta temática é mal trabalhada por um roteiro que se divide em tantos focos, sem nunca aprofundar cada um deles a contento.
É um filme visualmente muito bonito, com fotografia de encher os olhos. A "penca" de artistas de "alto calibre" é bem sugestiva a acreditar que seja um excelente filme. Na verdade, as cenas se alternam entre alguns bons momentos e muitos insossos. Um bom "polimento" à obra seria bem-vindo, há muitos excessos que poderiam ser tranquilamente encurtados.
O elenco de grande peso até tenta nos entregar algo que pode-se apreciar artisticamente falando. Porém o roteiro nos entrega algo demasiadamente longo e confuso.
Filme longo e chato em muitos momentos. A penca de grandes atores compensa, bem como a mensagem política contra o fascismo e a favor da constituição americana. Parte baseada em fatos reais, a obra tem méritos, além de defender o amor e a gentileza.
Elenco que fala por si. Direção de destaque. Roteiro que parte de um evento da história americana que está presente em nosso tempo, qual seja a ascensão da extrema direita no mundo, na década de 1930, quando o mundo "pensava" se recuperar da danosa 1a Guerra Mundial. É preciso ter atenção, para não "se perder" enquanto a trama se desenrola, mas considero ter valido muito! Em muitos aspectos, o filme impacta e De Niro, mesmo não sendo parte do elenco principal, segue sendo presença notável, não só pelo personagem que lhe cabe, mas por sua qualidade como ator (sou fã, sim...rs...). Como brasileira, vivendo um momento nada agradável de nossa história, saí um pouco "abatida", mas ao mesmo tempo "despertada". A democracia depende de nosso comprometimento e a lição deixada por esses personagens (os da vida real e suas interpretações, neste filme) é que vale a pena, se vc realmente acredita que preservar o bem seja importante.
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