Um road movie (odeio este termo) onde um casal faz uma última viagem juntos uma vez que um deles caminha para os estágios mais incômodos do Mal de Alzheimer. Para não impor ao parceiro, e a ele próprio, a indignidade da não-vida que se avizinha, dada a impossibilidade de vencer a luta com a doença, a sua opção, com a qual eu particularmente concordo plenamente, é promover a auto eutanásia. Atuações minimalistas, repletas de olhares e expressões que até dispensam os curtos diálogos, transmitem um invejável amor imenso e completo. A cena que antecede os créditos é preenchida por uma música executada ao piano que, divina e muito bem colocada, não deixa margem a qualquer dúvida.