Cinema não é só diversão, entretenimento. Mesmo filmes de horror podem trazer informações e reflexões relevantes.
Assistimos ontem A LUZ DO DEMÔNIO, filme estadunidense de 2022.
Pelo menos três questões verídicas e relevantes são trazidas pelo filme:
1. Muito embora a Igreja Católica tradicionalmente não delegue às mulheres (freiras) o exorcismo, apenas aos homens (padres), Santa Catarina de Siena, nascida Caterina Benincasa (Siena, 25 de março de 1347 – Roma, 29 de abril de 1380), foi uma terceira da Ordem dos Pregadores (dominicanos), filósofa escolástica e teóloga do século XIV. Teria ela combatido pessoalmente com o demônio inúmeras vezes.
2. O arcanjo Lúcifer, encarado como representação demoníaca, seria o paralelo cristão de Prometeu, que roubou o fogo dos deuses (do Olimpo) e o entregou à humanidade. O nome Lúcifer é associado, em hebraico e em latim, ao planeta Vênus ou "portador da luz", de onde vem o título do filme. Na mitologia judaico-cristã, Lúcifer teria sido o mais belo dos anjos, o qual, por vaidade, por querer se igualar a Deus (gerando uma situação semelhante á existente no masdeísmo, religião persa, que caracterizou-se principalmente pela dualidade entre o bem versus o mal, forças representadas pelos dois principais deuses: Ahura-Mazda, o bem, e Arimã, o mal) teria sido expulso do paraíso e, na sua queda, ido para o inferno.
3. Historicamente, patologias como psicose, depressão psicótica, esquizofrenia e outras, foram encaradas pela Igreja Católica como possessão demoníaca e "tratadas" com tortura física. Este conhecimento da história é que teria feito o catolicismo limitar/restringir a prática do exorcismo na atualidade.
Além disto, o filme é muito bom no seu gênero. De fato cumpre o que promete. Nos rendeu vários sustos, que ocasionaram "pulos" na cadeira do cinema.