Tenebroso. Começa a ver a O Homem do Norte e esquece a elegância de Thor, e lembra que os vikings eram bárbaros, e mais um pouco e descobre que não eram bárbaros, eram bestiais. Escuro, pesado, pouco papo, muita agressividade, enigma, hipnose. Mesmo com um roteiro de 3 linhas, o que vai excluir do Oscar de melhor filme (Uma obra de arte assombrosa dessas não ganha Oscar mas, Parasita, aquele lixo completo com um roteiro sem fim escrito por um drogado, ganha), o diretor conseguiu fazer uma obra de arte genuína. Veja, mesmo quase sem roteiro. A fotografia escura e fria, as cenas mitológicas de arrepiar (cavalo voador fantasma), não foram arruinadas por algum heroísmo romantiquinho infantil fantasioso, e deixam o espectador, que se comprometer, em transe. A arte está aí. TALVEZ um roteiro mais complexo distrairia a atenção visual, intuitiva e visceral do espectador. Na minha sessão algumas pessoas deixaram a sala antes do fim(inacreditável), e percebi que, ou você presta atenção e, sem escapatória, é sugado e não consegue acreditar e nem se levantar e fica boca-aberta até terminar a música dos créditos, ou, não presta atenção e morre de frio e inconformismo porque o protagonista não tem superpoderes pelo menos como o Leônidas, e se cansa daquele inferno escuro. Nicole Kidman ótima. Estou visceral e intuitivamente dando 5 estrelas pra essa monstruosidade.