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    No Ritmo do Coração
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    4,4
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    48 Críticas do usuário

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    Arthur S
    Arthur S

    10 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 8 de fevereiro de 2022
    Sem palavras.
    Acho, inclusive, que é uma ótima ferramenta de ensino. Professores de Libras usem em suas aulas esse filme.
    O aluno não precisa simplesmente aprender, ele precisa se colocar no lugar. Esse filme simplesmente coloca qualquer pessoa no lugar de um deficiente auditivo. Ensina a ter empatia.
    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.530 seguidores 466 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 1 de fevereiro de 2022
    No Ritmo do Coração (CODA)

    "CODA" é dirigido e roteirizado pela americana Sian Heder, o longa é uma refilmagem americana em inglês do filme francês, La Famille Bélier de 2014, dirigido por Éric Lartigau. O nome original do filme, CODA, é a sigla que significa "Child of Deaf Adults" ou "Filho de Adultos Surdos", ou também pode significar uma passagem final da música em uma composição.

    "CODA" é uma obra tocante, singela, intimista, singular, realista, verdadeira, que vai te emocionar, vai te fazer sorrir, ao mesmo tempo em que nos concentramos e torcemos com os números musicais. O longa uni a comédia, o drama e a música com muita maestria, pois ao longo da trama temos vários momentos cômicos por parte da família Rossi, em contrapartida, temos todo o drama vivido pela própria família e pela própria Ruby (Emilia Jones), com a sua decisão em continuar ajudando sua família ou ir atrás dos seus sonhos. O longa ainda toca (de uma forma mais leve) em pontos como a inclusão na sociedade das pessoas 'surdas-mudas', nos mostrando verdadeiramente como são o dia a dia dessas pessoas, como elas vivem em uma sociedade preconceituosa e prepotente, tendo que se adequar aos ambientes e enfrentar todas as suas dificuldades.

    A direção e o roteiro da Sian Heder é muito bom e muito bem desenvolvido, pois somos confrontados em uma comédia dramática pelo ponto de vista da família Rossi, com um contraponto de amadurecimento, descobrimento, realização, dedicação e perseverança pelo ponto de vista da Ruby. O roteiro pode até ser considerado um clichê, pois inicialmente já imaginamos todo o percurso e o final do longa, e também muitas das coisas que vemos nesse filme, já tínhamos visto em outros. Mas é exatamente nesse ponto que o roteiro nos ganha, pela sua simplicidade e singularidade em contar a sua história, e nesse quesito ele é bem escrito e funciona muito bem.

    A forma como a Sian Heder dirige a sua obra é fenomenal, pois ela constrói as cenas com muita objetividade e muita atençao, dando o espaço e o tempo necessário para o desenvolvimento de todo o elenco. As atuações nos cativa e funciona de uma forma tão boa, que fica completamente impossível não se afeiçoar por eles, a empatia é alcançada imediatamente. O elenco de "CODA" é tão bom que facilmente nos apegamos e torcemos por eles, sem tomar partido de nenhum lado da história, unicamente sentimos a dor e a alegria de cada um, se importamos com cada um, queremos proteger cada um. Nesse quesito o roteiro de Sian Heder é totalmente funcional e nos prende gradativamente, espontaneamente, sem o apelo emocional, sem se tornar um caça-lágrimas - o que de fato é muito plausível!

    Emilia Jones é um show em cena, um verdadeiro espetáculo, não tem como não simpatizarmos por ela, não se apegarmos a ela. Ruby era a única da família que ouvia e falava normalmente, dessa forma ela era muito importante para o dia a dia de sua família, pois através dela que todos conseguiam se comunicar. Porém, Ruby era uma jovem que estava se descobrindo entre o amor e a sua verdadeira vocação, e queria ir em busca do seu sonho, mesmo que pra isso ela tivesse que se desprender da sua família. Emilia nos entregou uma bela atuação, que transcorreu de forma muito segura na personagem, dosando muito bem os momentos mais dramáticos e mais eufóricos. Emilia Jones é uma jovem atriz que soube se preparar para a personagem: ela passou nove meses aprendendo a linguagem de sinais americana, tendo aulas de canto e aprendendo a operar uma traineira de pesca - realmente uma grande entrega! Emilia está indicada no Critics como Melhor Revelação.

    Eugenio Derbez é um ator muito bom, muito bom mesmo! Bernardo Villalobos é o professor de coral que viu o potencial e o talento de Ruby, dessa forma, ele é o principal responsável por aflorar (colocar pra fora) todo o seu potencial vocal. Mr. V também foi o que mais acreditou e incentivou a Ruby a ingressar na faculdade de música. Grande atuação do mexicano Eugenio Derbez, que nos mostrou aquele professor sisudo, mais linha dura, que queria extrair o máximo da perfeição vocal dos seus alunos (principalmente da Ruby). Uma atuação completamente perfeita!
    Troy Kotsur (que fez o Frank) entrega um personagem com uma veia cômica e outra dramática, e de fato funcionou muito bem, ele soube utilizar de suas vertentes para construir um personagem muito eficaz para o desenrolar de toda trama. Troy ganhou um Gotham Award e foi indicado para o Globo de Ouro, o Critics, o SAG e o Independent Spirit Award. Marlee Matlin (que fez a Jackie) fez o contraponto perfeito com Troy, entregou o papel de mãe verdadeira (do jeito dela) e de esposa dedicada (também da forma dela). Marlee é a única atriz surda a ganhar o Óscar de Melhor Atriz em um papel principal, tendo conquistado o prêmio por sua atuação em "Children of a Lesser God" (Filhos do silêncio de 1986). Daniel Durant (que fez o Leo) completa a família, e mesmo sem entregar uma atuação do mesmo nível do elenco já citado, ele tem uma colaboração direta para o funcionamento de toda engrenagem (a família) na trama. Troy Kotsur, Daniel Durant e Marlee Matlin são surdos e mudos, porém, a Marlee adquiriu a habilidade da fala e já emprestou a sua voz para a série animada "Family Guy" (Uma Família da Pesada de 1999).

    Não posso deixar de mencionar as principais cenas do filme, aquelas de maiores destaques, aquelas que realmente engrandece toda a obra de Sian Heder.

    spoiler: O longa se passa quase que inteiramente mudo, se tornando um enorme desafio em cena, principalmente para a Emilia Jones. Porém, devo destacar as belíssimas cenas de diálogos mudos, principalmente uma em específico entre a Ruby e a Jackie, que realmente me prendeu e me conquistou, quando ela estava contando e aconselhando a filha sobre os perigos da vida, ainda mais por ela ser jovem - eu achei sensacional esta cena. A belíssima cena em que o Frank pede para a Ruby cantar para ele e ele coloca a mão na garganta dela, na intensão de sentir as vibrações causadas pela sua voz - cena completamente magnífica! A cena onde a Ruby canta na audição fazendo os sinais para que a sua família (que estava sentada acima) pudesse entender a música, ou, as palavras que ela estava cantando. Outra cena maravilhosa, a cena da apresentação musical, em que a Ruby está cantando com o Miles (Ferdia Walsh-Peelo) e de repente tudo fica em um completo silêncio, nessa hora passamos a acompanhar a sua apresentação pela perspectiva da sua família, pelos olhos dos seus pais. É exatamente nessa hora que observamos eles olhando para as reações das pessoas ao redor, uma forma que eles encontraram de observar que as pessoas de fato estavam gostando da apresentação da Ruby, e que de fato ela era realmente muito boa cantando. E aquela cena final do Troy se esforçando para soltar um tímido "GO", quando se despedia de sua filha. Acho aquela cena de uma beleza sem igual, dentro de tantas belas cenas do filme, esta realmente me tocou verdadeiramente, pela emoção da família em liberar a sua filha em busca do seu sonho, e pela forte emoção que estava explícita no pai em se despedir da sua filha - genial!


    "CODA" foi muito aclamado pela crítica e levou o prêmio especial do júri de elenco na competição dramática dos EUA em sua estreia mundial no Festival de Cinema de Sundance de 2021. No Critics o longa aparece nas categorias Roteiro Adaptado (Sian Heder), Revelação (Emilia Jones), Ator Coadjuvante (Troy Kotsur) e Melhor Filme. No SAG está indicado a Melhor Elenco, além da indicação para o Troy a Ator Coadjuvante, e eu vou sem bem sincero: eu daria o prêmio de Melhor Elenco em Filme para o "CODA" no SAG, mesmo faltando eu conferir "Belfast". De fato o belo trabalho da Sian Heder vai lhe render algumas indicações no BAFTA e no Oscar. No Oscar o longa com certeza estará entre os indicados a Melhor Filme, mas sinceramente eu não o vejo como um franco favorito na briga pela estatueta, ao contrário, acho que "CODA" ficará somente com a nomeação, o que não é nenhum demérito, mas acho que o filme corre por fora e não tem forças para brigar pela principal categoria da noite.[30/01/2022]

    CODA aqueçe o nosso coração!
    FabricioAP
    FabricioAP

    Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 24 de janeiro de 2022
    Quando o roteiro é excelente e casa com músicas e trilha sonora idem, sempre entram pra minha lista de melhores filmes. Como dei risada, como fiquei emocionado, não cheguei a chorar, mas confesso que as cenas familiares foram de tocar no coração.
    Descobri aqui que é uma adaptação de um filme francês. Já estou curioso em assistir.
    Roger Pires
    Roger Pires

    8 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 23 de janeiro de 2022
    Filme realmente surpreendente, com uma bela trama e atuação impecável, uma comédia dramática com excelência, com ótima trilha sonora, realmente recomendo para os amantes de drama/romance.
    Ricardo L.
    Ricardo L.

    60.107 seguidores 2.835 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 21 de janeiro de 2022
    Obra prima! Temos aqui um dos filmes bonitos de todos os tempos, com elenco incrível e atuações estupendas. Com certeza um dos melhores filme do ano.
    Delberto Lyrio
    Delberto Lyrio

    1 seguidor 38 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 16 de janeiro de 2022
    CODA é um filme extraordinário, imperdível, emocionante. Uma perfeita história que aborda com desenvolvimento espetacular, temas como amadurecimento, crescimento dos filhos, independência chegando, expectativas com relação ao futuro, e, principalmente, vida em família. Uma mesma música pode ser cantada direcionada a um amor (entre namorados) ou direcionada para o pai (quem ver entenderá). CODA é uma sigla em inglês (Child of deaf adult), significando uma pessoa que foi criada por um ou mais pais ou responsáveis surdos. No filme temos Ruby, a única que não é surda na família e precisa decidir-se entre seguir seu sonho em relação a música ou permanecer com sua família que sofre ameaças quanto ao negócio de pesca que possuem, principalmente (por serem seus pais e irmão surdos, todos interpretados esplendidamente por atores realmente surdos) em relação as exigências das autoridades para que haja a presença de pelo menos uma pessoa que possa ouvir, para que sejam autorizados a navegarem em direção ao alto mar.
    Silvanaapprado
    Silvanaapprado

    1 crítica Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 9 de janeiro de 2022
    Se eu não tivesse assistido o filme maravilhoso A FAMÍLIA BÉLIER, teria ficado mais feliz com esse filme, mas é uma versão "diferente " da família belier
    Não me surpreendeu como a primeira versão...
    Kamila A.
    Kamila A.

    7.610 seguidores 810 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 9 de janeiro de 2022
    O título original “CODA”, do filme dirigido e escrito por Siân Heder, faz referência à alcunha “Child of Deaf Adults”, ou seja, filho (a) de adultos surdos. Este termo representa bem quem é Ruby Rossi (Emilia Jones), filha caçula do casal Frank (Troy Kotsur) e Jackie (Marlee Matlin) e irmã mais nova de Leo (Daniel Durant) - todos eles portadores de deficiência auditiva.

    Como única ouvinte da família, Ruby acaba servindo como uma intérprete da família para o mundo externo - o que, na medida em que a trama de “No Ritmo do Coração” avança, vamos percebendo que pode ser uma bênção e uma maldição, ao mesmo tempo, para ela.

    O momento que o filme captura é o instante de possibilidade do futuro que se abre para Ruby, a partir do momento em que ela vislumbra a chance de poder cursar uma faculdade de música, fazendo aquilo que ela mais gosta: cantar. Desta maneira, o grande conflito por trás de “No Ritmo do Coração” é a divisão de Ruby entre a sua responsabilidade e sacrifício perante a família e o desejo de realização do seu sonho mais profundo.

    Todos os anos, aparece algum filme de contorno simples, mas que pega a gente de jeito pela emoção. Em 2021, me deparei com dois desses exemplares: #ANTAlgumLugarEspecial e, agora, “No Ritmo do Coração”. O filme de Siân Heder (que tem como base o longa francês “A Família Bélier”, de Eric Lartigau) consegue algo raro: se conectar com a gente de uma maneira que ficamos entregues emocionalmente à história que assistimos em tela.

    Heder foi muito feliz em diversos pontos. Os principais estão na maneira como ele nos coloca na posição da família Rossi e no conflito de Ruby; na forma como o filme nos lembra sobre a importância de se ter a acessibilidade e de se dar a autonomia para que possamos ser parte da sociedade; e na escalação de seu elenco - com destaque para Emilia Jones e para Troy Kotsur, que nos brindam com algumas das cenas mais lindas de 2021.
    Juliamramoss
    Juliamramoss

    9 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 8 de janeiro de 2022
    O filme mostra a realidade de uma família surda (com exceção da filha mais nova Ruby) em lidar com a sociedade. Em algumas partes trás o ponto de vista dos pais, como em determinadas situações importantes em que tudo é se discutido e escutado. É um longa bem levinho e gostoso de assistir. E agora por fim, uma frase que achei bem bonita que o Sr. V fala pra Ruby "Não preciso de uma aula de fracasso de quem tem medo de tentar."
    anônimo
    Um visitante
    3,5
    Enviada em 29 de dezembro de 2021
    Uma das poucas refilmagens que se saíram bem.Sian Heder mantém o mesmo nível apaixonante da família e tempera com alguns momentos mais emocionantes.Difícil não sair feliz com o resultado final.
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