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    Sonata de Outono
    Média
    4,1
    48 notas
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    6 Críticas do usuário

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    Nino G.
    Nino G.

    4 seguidores 26 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 16 de junho de 2017
    Se uma mulher é naturalmente rival de outra, o que secretamente e mutuamente desejam mães e filhas?

    "Autumn Sonata" (1978), foi o último filme realizado por Ingmar Bergman para o cinema, o que sucedeu após este foram vídeos para a TV. Porém, não se esboça nessa ultima película qualquer saudosismo, ao contrário, é um reencontro há diversas características que marcaram o célebre diretor sueco.

    Tais como, sua forte relação com o teatro, com os atores, na utilização de símbolos e metáforas, na simplicidade de suas locações (que ele transforma em uma grande vantagem), o caráter psicológico na formação e nas relações humanas, mulheres marcantes e desafiadoras, a expressividade de um rosto em seus close's e big close's e o quanto fala ou até mesmo grita os momentos de silêncio, os momentos em que o não verbalizar sugere tantas coisas. Tal como na cena onde Eva (Liv Ullman) toca algumas notas no piano para a sua mãe, Charlotte (Ingrid Bergman), um momento magistral e antológica, na força e expressividade de duas atrizes que não dizem nada em cena, mas sugerem um universo de rivalidades, desconhecimentos e angústias numa (não) relação de mãe e filha.

    Autumn Sonata" é um trágico fardo da emoção humana, e é em sua maior parte, um drama de confissões entre duas mulheres, que dialogam uma para a outra, o que acaba por gerar uma certo ruído monocórdio a produção, principalmente pelo sútil embate do jogo das aparências, dominarem grande parte do filme, o que talvez tenha sido elaborado na tentativa de gerar um frenesi no público para o momento ápice, o que não é necessário ou até mesmo não funciona, pois, na carta convite, escrita por Eva e no monólogo de abertura realizado pelo marido de Eva, já fica claro, que ali, será um local para acerto de contas.

    Além de sua alusão musical, o título do filme mantém a pista de outro ponto central: a ideia de estações e ciclos. É nítido a referência dessa mudança de estações na fotografia de Sven Nykvist que colabora com sua paleta pálida e lavada e sem grandes dependências da luz artificial, lâmpadas e velas, chamam a atenção para o frio do inverno. No entanto, no que parece ser uma contradição, muitas das cenas de Nykvist são guirlandas com flores. Eles aparecem em dezenas de cenas. Normalmente associada à primavera, a presença das flores é uma lembrança clara da natureza cíclica da vida e das nossas relações com os outros. O frio passará, sugerem as flores, só precisamos suportar isso durante o inverno.

    Cheio de emoção angustiante e visão agonizante, "Autumn Sonata" oferece um exame metodicamente potente da dor que escolhemos para manter dentro, e as cicatrizes que ficam conosco como resultado. Como a maioria dos filmes de Bergman, a imagem está repleta de questões existenciais e reflexões sombrias, investigando profundamente os mistérios dos desafios inerentes à vida, e dependendo da interpretação, o final pode oferecer algum nível de otimismo e catarse, o humor elegíaco do filme e confissões quase impossíveis de odiar e indiferença permanecem irrevogavelmente assombrando.

    Uma outra característica que Bergman sempre soube utilizar, foi a sua total compreensão de que ao final, um filme acaba sendo sempre dos atores, são eles que serão o rosto e a memória do filme e a eles cabem a capacidade de gerar ou não reciprocidades com o público. Assim, Bergman é sem dúvidas o diretor, mas no final, são Liv Ullman, Ingrid Bergman e Lena Nyman que tocam a Sonata.
    anônimo
    Um visitante
    4,0
    Enviada em 4 de abril de 2016
    -Filme assistido em 04 de Abril de 2016
    -Nota 8/10

    O filme passa a mensagem com clareza,que nem sempre o fato de compartilhar laços sanguíneos é o bastante os sentimentos aflorarem,como o carinho e a intimidade.
    É uma das mais belas obras de Ingmar Bergman.Com as belíssimas atuações de Ingrid Bergman e Liv Ullmann.Todas duas atrizes,nos trazem momentos sensacionais no drama,principalmente na reta final desse longa.O que faz o espectador arregalar os olhos com as apresentações.
    A fotografia também merece destaque.Alaranjada,típica de outono mesmo.Acompanhado de uma bela trilha sonora.
    Adriana
    Adriana

    8 seguidores 50 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 5 de janeiro de 2020
    Dar menos de 5 estrelas pra esse filme é simplesmente injusto. Belíssimo enredo, grandes atuações. Filme q não se faz mais hoje em dia, filme q nos leva à reflexão. Cada cena, cada fala dos personagens é carregada de significado e sentimento. Brilhante!
    Mateus F.
    Mateus F.

    37 seguidores 77 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 31 de agosto de 2013
    Filme não recomendado para pessoas que se sentem incomodadas com filmes perturbadores. Mãe e filha, amor ou ódio? Complacência ou discordância? Afinal, é no outono que as "máscaras" caem. O único filme da "dupla Bergman", como não esperar algo grandioso?
    Ricardo L.
    Ricardo L.

    59.922 seguidores 2.818 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 10 de abril de 2021
    Ingmar Bergman dirige uma das mais belas obras primas dos anos 80, com as estrelas Ingrid Bergman e Liv Ullmann em atuações memoráveis, levando ao público o melhor do cinema. Um filme essencial.
    Isis Lourenço
    Isis Lourenço

    7.355 seguidores 772 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 5 de julho de 2020
    Intenso,põe intenso nisso.
    As mágoas vêm à tona,depois de tantos anos e de um jeito abrupto que nos pega de surpresa,mas é o auge do filme e muitos irão se identificar.
    O filme é muito triste realmente no todo,não tendo nenhuma parte em que a felicidade realmente é mostrada,somente mascarada.
    O final me deu aquela insatisfação assim como a protagonista e que raiva dessa mãe,se podemos chamar assim. . "Eu nunca amadureci, meu rosto e meu corpo envelheceram,adquiri memórias e experiências,mas por dentro,nunca nasci." "(...)será que há pessoas que nunca vivem,simplesmente existem? " .
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