Poucas pessoas sabem fazer criticas em forma de arte como o Stanley Kubrick, em “Nascido para matar” não é diferente, Kubrick tem muitos filmes de guerra em sua enxuta mas fantástica cinematografia, e “Nascido para matar” como os demais é um ótimo filme, contemplem aqui a fotografia de Kubrick, ela é impecável, com apenas 7 homens e uns prédios destruídos, Kubrick faz um cenário épico de guerra, muitos conceitos aqui foram anos mais tarte implantado no fenomenal “O resgate do soldado Ryan”, A trilha sonora diferente de seus outros filmes, não é clássica, muito belo contrario, lotado de musicas pop, Kubrick nos faz questão de lembrar que estamos nos anos 80 e tratando de crianças, Kubrick fala sobre potencialidade e dualidade do ser humano para o mal e o limite da sanidade, quando jovens são pegos para entrar num campo de batalha após um treinamento mais criminoso do que pratico, as coisas não dão certo, intrigas, mortes, surtos, suicídios e ignorância, temos um roteiro linear e de certa forma simples comparado aos seus filmes anteriores, mas tem problemas e sua transição de atos, o primeiro ato é muito longo, e você praticamente não vê o segundo ato, o filme é uma grande introdução e depois um final, e as atuações são todas razoáveis, embora o filme tenha cenários incríveis, um figurino impecável e tenha a mão de Kubrick em todos os detalhes, seja o close na cara de Jocker após ele matar(...), close esse que seu rosto está dividido por uma camada escura que vai aumentando, mostrando a o instinto assassino realmente nascendo no personagem, a fotografia do filme, como eu já disse, é fenomenal, temos ainda a introdução da voz do Mickey na ultima canção do filme, representando que todos ali são crianças, como eu já disse, não é o mais perfeito dos filmes do Kubrick, mas o filme tem muitos, muitos méritos, e traz consigo uma critica polêmica mas a exibe de forma clara e didática.