A maior decepção que vivenciei nesse ano de 2022. Na metade inicial fui cativado pela película, porém, na segunda metade, embarquei em uma viagem rumo ao abismo.
Não crítico obras de cunho imaginativo fazendo uso de moralidade, mas a inverossimilhança desse filme é tão piegas que não se limita a nossa realidade, mas contempla a própria narrativa da obra.
A construção da psiquiatra é superficial, e com o pouco que temos, é óbvio e claro que o seu passado envolve algum abuso sexual sofrido por ela. Ela é totalmente evitativa quanto ao toque humano, é introspecta, reclusa e altamente defensiva. Nem mesmo o plot final, onde sugere que todo o deslindar da trama, nada mais foi do que um plano arquitetado por ela para convencer o corpo médico/psiquiatra sobre a reclusão total do Idris (fazendo um paralelo a cena inicial), nem mesmo esse plot, justifica tudo o que foi visto, bastava apenas que ela permanecesse irredutível quanto ao seu prognóstico/avaliação em relaçâo a medida provisória do desgraçado e pronto, trabalho feito!
Diante disso, torna-se intragável e impossível comprar a ideia sobre uma relação mais primal entre presa e predador, ou um desejo questionável/nocivo da Nicoline por uma relação tóxica com um Psicopata, ainda mais si considerarmos a construção e enaltecimento dos demais personagens, sobre a excelência do aspecto médico da doutora.
Para os interessados, corram dessa bomba para o mais longe possível!