É impossível terminar a saga sem fazer um paralelo com a outra franquia protagonizada por Kenau Reeves: o 1° Matrix como obra fechada é não só um Magnun Opus cinematográfico, mas também um marco cultural mundial. Entretanto, quanto mais o universo foi expandido ao longo dos filmes seguintes a franquia foi perdendo impacto, relevância e consistência. Enquanto o oposto acontece em John Wick, pois quanto mais rico o entorno foi se tornando, com regras próprias e coadjuvantes importantes, mais isso foi favorecendo a quadrilogia se solidificar. Seu ápice se atinge no último capítulo, com Baba Yaga sendo sem dúvidas o melhor filme de ação dos últimos anos, não romantizando a vingança, nem trazendo ação violenta por fetiche, tudo tento propósito e mesmo com uma estética impecável, nada é pela beleza e sim uma plasticidade em prol do movimento coreografado com senso de progressão, tanto no combate como na história, tudo é simples, mas nada é superficial, pelo contrário, tendo consequências graves em cada ação tomada. É extremamente singular em seu mundo, com um protagonista "herói", porém falho e por isso intrigante, no qual calado, fala agindo. Seja pelas ambições ou traumas passados, vemos que tudo chega ao final, as dívidas são cobradas, cedo ou tarde e diante disso obtemos uma obra prima do gênero.