Minha conta
    Ataque dos Cães
    Média
    3,7
    404 notas
    Você assistiu Ataque dos Cães ?

    62 Críticas do usuário

    5
    10 críticas
    4
    15 críticas
    3
    13 críticas
    2
    6 críticas
    1
    12 críticas
    0
    6 críticas
    Organizar por
    Críticas mais úteis Críticas mais recentes Por usuários que mais publicaram críticas Por usuários com mais seguidores
    Fred
    Fred

    Seguir usuário

    1,5
    Enviada em 17 de janeiro de 2022
    O filme não é apenas lento. Grande parte do tempo é preenchido por cenas desnecessárias e diálogos que não levam a nada. Somente a partir do últimos 40 minutos, torna-se possível se entreter um pouco. O filme poderia ser um bom média-metragem. Ou seja, há pouco conteúdo. Contudo, o filme foi bem feito, isto é, todas as pessoas evolvidas na produção do filme fizeram um bom trabalho: a diretora, o diretor de fotografia, os atores, enfim... Só o roteiro, feito pela própria diretora, foi fraco. Com isso, digo que a boa produção não foi capaz de salvar o filme, pois o mesmo possui problemas estruturais. Diria que foi como construir um belo prédio, mas com problemas na edificação.
    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.530 seguidores 466 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 16 de janeiro de 2022
    Ataque dos Cães (The Power of the Dog)

    Jane Campion (campeã do Oscar de Melhor Roteiro Original pelo "OPiano" de 1993) escreve e dirige o longa que é baseado no romance de mesmo nome de Thomas Savage (escritor americano falecido em 2003).

    Campion nos traz uma obra enigmática e muito inteligente que usa como pano de fundo o cenário do faroeste, que necessariamente pode ser considerado um ambiente predominantemente masculino, para tocar em pontos como a intolerância, a rivalidade, a dualidade, o machismo, a homofobia, a intransigência e até o alcolismo e a opressão. Campion não faz questão de retratar a sua obra de uma forma completamente aberta (onde tudo esteja bem explicado), ela usa de uma forma que tudo esteja nas entrelinhas, que necessariamente ocorra em subtextos com um misto de ríspido e delicado, agressivo e sensível, tenso e suave, o que nos deixa completamente imerso na trama.

    O roteiro de Jane Campion é bem escrito, bem trabalhado, bem orquestrado, bem transportado para a tela, onde tudo funciona com autenticidade e coesão. Como a maneira em que é mostrada aquela certa rivalidade entre os dois irmãos, mas de uma forma leve e não completamente aflorada. A inveja também é destacada juntamente com a oposição, mas sempre de uma forma sutil. A descaracterização, a quebra de barreiras, a intolerância, a desconstrução da imagem, o confronto de ideias, tudo está nas entrelinhas do roteiro. Campion acerta exatamente nessa forma que o roteiro tem de lidar com cada ponto em que é trazido para a trama, onde nos prende pela sutileza, pela curiosidade, por despertar a nossa vontade de querer ir cada vez mais além.

    Phil Burbank (Benedict Cumberbatch) é aquele típico personagem com pinta de 'caubói machão', um ser inatingível, intocável, superior, que fazia o que queria e falava o que queria. Um ser prepotente, invejoso, odioso, preconceituoso, intolerante, mas no fundo era vazio, amargurado, infeliz, que vivia de aparências e com um rótulo que no fundo não o representava verdadeiramente. Benedict Cumberbatch entrega uma atuação completamente primorosa, genial, forte, impactante, com uma grande entrega e uma perfomance magnífica. É realmente impressionante o quanto Benedict estava incorporado no personagem, pelo seus trejeitos, suas expressões faciais, seu linguajar chulo e pesado - sensacional! Benedict Cumberbatch estava indicado no Globo de Ouro na categoria Melhor Ator (perdendo para o Will Smith, por 'King Richard: Criando Campeãs'). Ainda está indicado no Critics, no SAG's e com certeza também estará no BAFTA e no Oscar.

    Peter (Kodi Smit-McPhee) é aquele contraponto do Phil, é completamente o inverso do rótulo de 'caubói machão'. Peter é um jovem doce, sonhador, sensível, delicado, que ainda está se descobrindo. Outro acerto do roteiro da Jane Campion é exatamente o confronto/embate entre Phill e Peter, sendo muito necessário para o desenrolar de toda a trama e com um plot twist completamente avassalador, curioso, impressionante e magnífico. Kodi Smit-McPhee traz um personagem com uma grande carga dramática, que nos entrega toda essa dramaticidade em cena, chegando ao seu ápice em sua última cena, quando ele está sentado com o rolo de cordas feito pelo Phil no chão - perfeito! Kodi Smit-McPhee está no papel da sua vida em "Ataque dos Cães", sendo muito bem premiado com o Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante. Ele também está indicado no Critics, no SAG's e também estará no BAFTA e no Oscar.

    Kirsten Dunst completa a trinca de ouro de "Ataque dos Cães". Kirsten é Rose, uma viúva que inicialmente vive com seu filho adolescente Peter, mas com a sua mudança de vida e até de status social, ela passa a ser confrontada por Phil (seu cunhado), o que de certa forma lhe causa muito desconforto e uma entrega ao alcoolismo, principalmente com a aproximação entre Peter e Phil. Kirsten é mais uma desse elenco que entrega uma atuação em altíssimo nível, com uma personagem sofrida, amargurada, carregada emocionalmente, que também se sentia insegura e amedrontada, dando um completo show em cena, uma aula de atuação. Destaque para a cena do jantar em que ela trava sentada no piano - uma maravilha de atuação! Kirsten Dunst foi indicada à Melhor Atriz Coadjuvante no Globo de Ouro, perdendo para Ariana DeBose, por "Amor, Sublime Amor". Está indicada no Critics, no SAG's, e assim como o Kodi e o Benedict, também estará no BAFTA e no Oscar.

    Jesse Plemons é George Burbank, irmão do Phil e casado com a Rose! Na minha opinião, Jesse entrega uma atuação ok, nada surpreendente, mas é notável que ele está abaixo do trio mencionado acima.

    A detalhista trilha sonora de Jonny Greenwood acompanha cada cena com muita harmonia, conseguindo nos aproximar de cada personagem e nos imergindo profundamente na trama (aquela típica trilha sonora que é o coração do filme). A fotografia de Ari Wegner é completamente sublime e genial. A própria Jane Campion faz um trabalho absurdo na direção do longa. Aqueles focos de câmeras mais abertos nos dava a exata dimensão de como era filmar em um cenário que se passava no ano de 1925, assim como os focos mais fechados dentro do estábulo e nos rostos dos personagens. A cenografia, edição, direção de arte, figurinos, tudo muito perfeito e feito com muito amor à arte cinematográfica.

    O longa de Jane Campion beira a perfeição, porém: o ritmo inicial do filme é lento e demora um pouco para engrenar, não chega a ser arrastado, mas confesso que me incomodou um pouco. Isso não quer dizer que o filme seja cansativo, apenas não consegui me envolver logo de cara, talvez pelo tom mais pacato inicialmente. Isso não tira o brilho dessa maravilhosa obra, apenas um certo pontinho que eu não poderia deixar de mencionar.

    O mais interessante do longa é a forma como ele te dá margens para algumas interpretações como:

    spoiler: Peter pode ser considerado uma vítima inicialmente, mas como o passar do tempo você o descobre como o verdadeiro vilão. Me pareceu uma espécie de comportamente psicopata, por sua forma de acariciar os animais e logo após matá-los. O que me leva a acreditar que ele possa ter matado o próprio pai para proteger a mãe, pelo fato do pai também ser um alcoólatra. Também acredito que o Peter premeditou a morte do Phil, até pela cena em que a Rose vê o Peter e o Phil partindo sozinhos para as montanhas, o que poderia a fazer acreditar que seu filho estivesse em perigo sozinho com o Phil, quando na verdade quem estava em perigo era o próprio Phil, porquê a Rose já sabia do que seu filho era capaz. A prória Rose ora poderia ser a vítima, ora poderia também ser a vilã, por nutrir um certo ciúme para com o seu filho, ou até por saber do que seu filho era capaz (por ela saber que ele era um psicopata) e talvez pelo seu próprio desejo que seu filho matasse o Phil. Phil por sua vez é o ser mais mascarado da história, que mais tem a esconder, que mais vive de aparências. Eu acredito que o Phil teve um certo romance com Bronco Henry, até pela forma amável em que ele sempre fala dele e pela a cena em que o Phil conta para o Peter que o Bronco Henry salvou a sua vida quando ambos dormiram juntos e pelados, ou até posso considerar que o Phil foi abusado. Na verdade o Phil era exatamente como o Peter quando era jovem, também tinha aquele jeito meio afeminado, o que de certa forma o fez criar aquela aparência de 'machão' e aquele jeito intolerante com o Peter, para esconder o seu verdadeiro segredo. Eu confirmei a minha tese exatamente na cena em que o Peter acha o local secreto do Phil, onde ele guarda as revistas de fisiculturismo. Na verdade o Peter tem aquele jeito frágil, afeminado e inocente, enquanto o Phil aquele jeito de 'machão', carrancudo e intolerante, mas um é exatamente o inverso do outro. Peter é de fato o letal e o Phil a vítima final. Com certeza o Peter matou o Phil no final quando o entregou o couro do boi contaminado, contaminando o corte na mão do Phil. Isso fica bem claro quando o Peter começa a fumar aquele cigarro na frente do Phil, como uma forma de comemorar a execução do seu objetivo. Objetivo esse em que a Rose também tem a sua parcela de culpa, por ajudar a sumir com todos os couros da fazenda (dando para os índios), uma forma que ela encontrou de ter o único couro do boi contaminado para que o Phil terminasse a corda do Peter. Está ai mais uma prova de que a Rose não era tão vítima quanto parecia.


    No Globo de Ouro "Ataque dos Cães" teve indicações nas categorias Melhor Trilha Sonora (Jonny Greenwood), Melhor Roteiro (Jane Campion), Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante que já mencionei acima, além das estatuetas por Direção para Jane Campion, Melhor Ator Coadjuvante para Kodi Smit-McPhee e a principal categoria da noite - Melhor Filme Drama. No Critics Choice Awards o longa está indicado nas categorias Trilha, Edição, Fotografia, Roteiro Adaptado, Elenco, Atriz Coadjuvante, Ator Coadjuvante, Ator, Diretor e Melhor Filme. No SAG Awards o longa aparece indicado em três categorias: Atriz Coadjuvante, Ator Coadjuvante e Ator.

    "Ataque dos Cães" é um dos grandes favoritos para essa época de premiações, com certeza o longa aparecerá em várias categorias no BAFTA e no Oscar. No Oscar eu aposto em indicações para trilha sonora, fotografia, os três atores já mencionados, direção e com certeza à Melhor Filme. E digo mais: o longa de Jane Campion é um dos fortes candidatos para levar o maior prêmio da noite, mesmo sem ainda ter conferido os demais concorrentes. [15/01/2022]
    Ricardo Gazetta
    Ricardo Gazetta

    3 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 13 de janeiro de 2022
    Interessante e com uma boa historia! O assunto não é novo, mas a tensão entre os personagens cria um clima de que "qualquer coisa pode acontecer"
    Lipe
    Lipe

    1 crítica Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 3 de janeiro de 2022
    Por aqui, a direção, fotografia e roteiro, casaram muito bem. Benedict Cumberbatch e Kirsten Dunst, estão fenomenais. Aborda temas bem desenvolvidos e se torna um longa de situações complexas, feito para questionar e pensar. Porém, o filme em um contexto geral, se torna apenas bom. Seu ritmo desde o início é lento, continuando assim até por metade do filme. Não tem poder para manter o espectador interessado. Tem bons momentos que prende a atenção, apenas de quem realmente está ligado na trama.
    Delberto Lyrio
    Delberto Lyrio

    1 seguidor 38 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 2 de janeiro de 2022
    Dois irmãos (Phil e George) dirigem uma fazenda em Montana (EUA), cuja principal atividade é a criação de gado. O ano é 1925. Um é durão (Phil) e o outro (George) mais sensível aos sentimentos. A chegada da noiva do irmão para viver na fazenda (juntamente com seu filho, após o término das aulas na faculdade), traz à tona conflitos, apresentando novos atritos (dramas), além daqueles que já se apresentavam entre os irmãos, criando oportunidades para entendermos melhor as razões e comportamentos dos protagonistas, em especial os de Phil. Li várias críticas relacionadas ao filme e algumas das perguntas feitas cujos críticos (não todos, mas a maioria) não conseguiram chegar a uma resposta, resultou em críticas desfavoráveis. O exercício de buscar respostas, com certeza influencia nas considerações que são feitas por filmes desta categoria. Algumas das perguntas relacionadas por tais críticos são: a) Qual a dificuldade existente na relação entre os irmãos; b) Porque Phil não sente simpatia pela noiva (Rose) do irmão?; c) Qual a razão da hostilidade de Phil para com Peter, o filho de Rose?; d) Qual a razão da ausência dos pais dos irmãos na trama, os quais vivem na cidade?; e) Como entender a atitude de Peter, o filho de Rose, no final da trama?; f) Qual a razão de Rose começar a beber?; g) Qual foi a relação entre Phil e Bronco Henry, um vaqueiro, já falecido, constantemente citado por Phil. Não posso ser incisivo quanto a estar certo nas respostas que apresento, mas são possibilidades reais. spoiler: Para a letra ‘a’, entendo que a resposta encontra-se na diferença de personalidades. Um não gosta tanto do jeito como o outro vive. Phil chama George, constantemente de gordo. Phil não é lá amigo do banho, por certo a razão é que, ficar com o cheiro de cowboy (vaqueiro) ajuda a se parecer mais com um macho alfa. George não se comunica muitos com os vaqueiros da fazenda, diferentemente de Phil. Phil não se relacionada muito bem como as pessoas ricas (seus pais, o governador). George dirige o carro da família, Phil anda a cavalo. Phil, nas entrelinhas, deixa claro a necessidade que tem da presença de George na fazenda. Para a letra ‘b’, entendo ser parte do que escrevi para a letra ‘a’, ou seja, seria uma oportunidade de perder a presença de seu irmão, o que para Phil seria terrível. Também fica implícita a antipatia que Phil tem por mulheres. Para a letra ‘c’, entendo que Phil vê em Peter, sua versão passada e isso lhe traz lembranças que ele procura negar nele. Para a letra ‘d’, entendo que, pela idade e por terem alcançado riqueza, eles decidiram viver na cidade, com luxo, bem como para evitar o contato com o filho Phil. Para a letra ‘e’, entendo que a resposta encontra-se na frase inicial do filme, onde Peter diz: “Quando meu pai faleceu, eu só queria a felicidade da minha mãe. Que tipo de homem eu seria se não ajudasse minha mãe”, ou seja, Peter colocou em prática o que ele disse e agiu para livrar sua mãe da ameaça que Phil representava para ela, não tanto para ele, pois já tinham até se tornado “amigos”. Para a letra ‘f’, entendo que Rose não soube lidar com as aflições relacionadas a presença de Phil e a ameaça que ele representava para seu filho. Para a letra ‘g’, entendo (esta é a mais fácil), que Bronco Henry foi quem teve uma relação homossexual com Phil.
    O final do filme é muito revelador, pois mostra todos muito confortáveis (não abatidos) diante da morte de Phil. Finalizando, poderia alguém fazer a seguinte pergunta: Se encontrei respostas para as perguntas, por que minha crítica não teve uma nota melhor? A resposta é simples, mas até certo ponto contraditória, pois, a pesar de ser um filme bem realizado, com ótima fotografia, excelentes interpretações e direção, é entretanto arrastado. Excelente atuação de Kodi que não é gay na vida real.
    Dennys R
    Dennys R

    36 seguidores 198 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 1 de janeiro de 2022
    Apesar de sua aparência ''áspera'', é na verdade um drama complexo.
    O filme consegue manter um clima de tensão a todo tempo, oque foi suficiente para me manter interessado mesmo com seu ritmo lento, que inclusive não me incomodou, pois percebi que precisaria me atentar em cada detalhe para montar o ''quebra-cabeça''.
    Seu desfecho foi muito inteligente e me fez ficar pensativo após terminar de assisti-lo. A experiência que tive foi algo totalmente diferente do que eu imaginava, nem melhor nem pior, apenas diferente...
    Eu gosto de filmes com reviravoltas que plantam pistas sutis e Ataque dos Cães é um ''prato cheio'' para quem também gosta desse formato.
    anônimo
    Um visitante
    3,5
    Enviada em 30 de dezembro de 2021
    Filme totalmente contemplativo.A imensidão silenciosa toma de conta da sessão,algo bem típico nas direções de Jane.É um trabalho muito parecido com aquele que foi feito em "O Piano''.Constrói uma boa interação entre os protagonistas e dar a cada um tempo suficiente para se apresentar com dignidade.Os grandes momentos são oferecidos por Cumberbatch,Kirsten Dunst e Jesse Plemons.Bom retorno de Jane Campion.
    Luana O.
    Luana O.

    678 seguidores 557 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 28 de dezembro de 2021
    Benedict Cumberbatch é a referência nesse filme, cenas marcantes, as expressões faciais, muito marcante. É um filme longo, mas a trama vai sendo costurada de forma a se observar cada cenário. Um roteiro denso e profundo, e a fotografia é impecável
    Felipe Ramalho
    Felipe Ramalho

    5 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 28 de dezembro de 2021
    Filme muito tedioso, mesmo com o elenco legal e boas atuações, acredito que pecaram muito no roteiro, esperava mais.
    Felipe F.
    Felipe F.

    3.525 seguidores 758 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 21 de dezembro de 2021
    Ataque dos Cães tem um final excelente, mas o seu miolo é difícil de engolir, sendo muito pacato, o faroeste dramático traz Benedict Cumberbacht numa ótima atuação, tem uma linda fotografia, e não é um filme fácil de se gostar. Queria ter gostado mais, bom filme apenas.
    Quer ver mais críticas?
    • As últimas críticas do AdoroCinema
    • Melhores filmes
    • Melhores filmes de acordo a imprensa
    Back to Top