Na íntegra sem espaços e sem preconceitos: h t t p s : / /
rezenhando . wordpress . com /2017/10/09/rezenha-critica-bonequinha-de-luxo-1961/
Na sessão nostalgia deste domingo a bola da vez foi o “clássico” Bonequinha de Luxo, que teoricamente é considerado uma lenda cinematográfica. Alguns filmes são como o vinho, quanto mais velhos, melhores, não é o caso deste, que ficou parado no tempo e datado por possuir muitos padrões de beleza e orientação que hoje podem ser consideradas preconceituosas ou absurdas. Descubram porquê na “rezenha” crítica de Bonequinha de Luxo.
O filme fala sobre uma garota chamada Holly Golightly que tem o sonho de casar-se com algum homem rico que possa sustentá-la. Ela nada mais é que uma acompanhante de luxo da época, hoje esta profissão nem existe mais, sobrou apenas àquela com o famoso “final feliz”.
Holly Golightly conhece um vizinho de apartamento chamado Paul Varjak, outro charlatão que faz as mesmas coisas que ela só que logicamente o contrário.
Contrariando os seus “objetivos de vida” ela se apaixona por Paul, mas esta história vai se arrastando até o fim do filme muito por conta deste conflito racional, insistindo em casar com alguém rico, e aí que muitas situações desastrosas ocorrem para finalmente no final, o amor triunfar.
O filme aborda algumas questões que hoje são inconcebíveis, não que seja culpa da obra, mas isso o deixa datado. Como por exemplo o padrão de beleza, a forma de submissão que as mulheres até então precisavam ser diante de seus maridos. Mas o “grito” e símbolo do feminismo que Holly tornou-se foi justamente por pregar a independência de sentimentos durante todo o filme, sobre não pertencer a ninguém a não ser a si mesma.
Uma “gafe” é cometida, um vinil que Holly está ouvindo para aprender a língua brasileira, entretanto na verdade é Português de Portugal, fora isso é bacana uma atriz de origem belga falando um inglês fluente expressar algumas frases em nosso idioma. “Fora esse fora” algumas frases hoje consideradas racistas permeiam pelo filme e que nem valem a pena citar aqui para não ter aqueles Mimimi’s de hoje, mas que ao assitir não temos que ficar incomodado, mesmo porquê estamos falando de um filme de 50 anos atrás onde de fato falar algumas coisas jogadas ao vento como no filme eram normal, hoje ainda é, só que existe muita gente hipócrita que nas redes sociais paga de santo, mas quando está sozinho, veste até a capa da Ku Klux Klan, mas isso é tema de outra “rezenha” em outra categoria.
Me decepcionei pois achei que o filme embarcaria em alguma crítica social já antecipando o que estaria por vir nas décadas seguintes. Não, ficou naquela superficialidade do que de fato era a personagem, apesar da cena final na chuva ser muito bem feita, não sei como conseguiram manter um gato quieto tomando chuva sem arranhar os atores ksksksksks…
Iria assistir de novo? Não.
Minha nota é 2/5.
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