Acho que todo mundo, em algum momento da vida, se deparou com a seguinte pergunta: “e se você tivesse a chance de fazer tudo diferente, você a aproveitaria?”. Isso acontecerá com Jack (Sam Claflin), que terá a oportunidade de reencontrar Dina (Olivia Munn), a mulher por quem ele apaixonou perdidamente há alguns anos, no dia do casamento de sua irmã Hayley (Eleanor Tomlinson).
O título Um Amor, Mil Casamentos, dirigido e escrito por Dean Craig, representa bem a situação pela qual Jack irá passar. Ele viverá o dia do casamento de Hayley de diversas maneiras – e, em todas elas, temos em comum o fato de que acompanharemos as muitas confusões amorosas, não só do protagonista, como dos convidados da festa.
O recurso narrativo em que uma personagem revive o mesmo dia diversas vezes não é novidade no cinema. A diferença é que, em Um Amor, Mil Casamentos, o filme utiliza esta situação como desculpa para desfilar em tela uma série de momentos cômicos e desastrosos, como se quisesse nos mostrar que, por mais que a gente planeje e/ou imagine algo, o acaso sempre está presente para bagunçar tudo que foi idealizado.
Por isso mesmo, apesar de ter um viés cômico muito forte – e que funciona, em alguns casos -, a verdade é que Um Amor, Mil Casamentos revela ser um filme muito fraco e que não consegue se sustentar somente nestes momentos. Sam Claflin parece que decidiu emular todos os trejeitos de Hugh Grant, em todo o papel de galã atabalhoado que esse ator fez. Além disso, muitas das situações que o longa mostra parecem ser forçadas para justamente enfatizar este lado cômico.