Baseado na peça homônima, assim como no filme - também homônimo - de 1970, "The Boys in the Band", produção original Netflix dirigida por Joe Mantello (que interpretou Dick Samuels na série "Hollywood", cuja crítica você também pode ler aqui no Anota Filmes), se passa na cidade de Nova York, em 1968, durante a festa de aniversário de Harold (Zachary Quinto), que foi organizada por e ocorre no apartamento de Michael (Jim Parsons).
Na ocasião, estarão reunidos, além das duas personagens que citamos anteriormente, os amigos que eles possuem em comum: Donald (Matt Bomer), Larry (Andrew Rannells), Cowboy (Charlie Carver), Emory (Robin de Jesus), Bernard (Michael Benjamin Washington) e Hank (Tuc Watkins).
Por boa parte da festa, iremos acompanhar a alegria de amigos se reunindo para celebrar a vida, porém, a partir do momento em que Alan (Brian Hutchinson), um amigo de Michael, chega inesperadamente na festa, o clima do evento muda por completo e "The Boys in the Band" começa a entrar numa discussão sobre temas relacionados à homossexualidade, bem como à vivência de relacionamentos e de sentimentos de todos os que estão ali - o que traz à tona verdades, até então, escondidas; e feridas que ainda não cicatrizaram.
"The Boys in the Band" tem toda a pinta de filme baseado numa peça de teatro. Além da ação principal do filme se passar num mesmo ambiente, todo o roteiro se apoia na força dos diálogos, e na verborragia advinda de conversas longas, sobre temas os mais diversos. Por isso mesmo, em longas desse tipo, os atores têm uma matéria prima rica a se trabalhar. Entretanto, esse não é o caso de "The Boys in the Band". O filme tem um ritmo enfadonho e personagens que carecem de carisma, de nos deixar interessados em acompanhar com vontade o que se passa com eles. Não ajuda também ter, como protagonista, um Jim Parsons irritante e repetindo, praticamente, os mesmos cacoetes vistos em seu Henry Wilson, de "Hollywood".