Não Atire: Críticas

Gostei muito do filme pela complexa trama que se desenrola na Bélgica dos anos 1980 cuja sinopse não consegue explicitar. Apesar da trama se desenrolar a partir da história de vida de um avô que perde a filha, o genro e uma neta brutalmente assassinados em um “assalto” a um supermercado por uma gangue, restando-lhe um neto de nove anos com sequelas graves causadas por um tiro na perna, que ele corajosamente ajuda a superar o trauma profundo, o contexto sócio político em que se dão os fatos é importante. A elucidação dos fatos é obscurecida e encoberta pela própria polícia, e a total falta de apoio do Estado às famílias das vítimas e sobreviventes. Enfim, políticos são omissos, há corrupção e o caso se arrastou por 25 anos sem que nenhum dos assassinos tenham sido presos, apesar da descrição de um dos criminosos ter sido apresentada à política pelo menino sobrevivente. O desfecho final acontece em uma reunião entre familiares das vítimas, políticos e autoridades, 25 anos depois dos assassinatos, e a fala final do avô além de um ato de amor e resistência, nos faz refletir acerca das desigualdades de poder e da precariedade da política das sociedades contemporâneas. Assista, vale a pena!

Difícil entender o contexto do filme perante as atitudes, tanto das famílias, como policiais, políticas e militares! Estamos diante da CIA, OTAN, e diante de um dos países considerado mais desenvolvidos da Terra, contudo ainda as pessoas têm medo do comunismo e do fascismo.